Trump estuda excluir empresas chinesas da bolsa americana e os últimos destaques
BRASIL EM FOCO
No Brasil, a semana foi marcada por um fraco giro financeiro, com as tensões da guerra comercial voltando a preocupar os investidores. No fim do último pregão da semana, o Ibovespa registrou queda de 0,23%, a 105.077 pontos – na semana, acumulou ganhos de 0,25%. O dólar comercial, depois de uma semana de volatilidade acirrada por causa do clima conturbado lá fora, fechou praticamente estável, a R$ 4,1557 – nas cinco sessões passadas, subiu 0,05% e na sexta, a queda foi de 0,15%. O DI janeiro/2025 encerrou a 6,67%, ante 6,69% no ajuste anterior.
O presidente Jair Bolsonaro sancionou nesta sexta-feira (27/09), com vetos, a lei que altera regras para partidos políticos e eleições, chamada de “minirreforma eleitoral”. Entre os dispositivos vetados estão aqueles que recriavam a propaganda político-partidária; alteravam regras de elegibilidade pela Justiça Eleitoral; e abriam brechas para aumento do fundo partidário com a possibilidade anistia de multas aos partidos. As mudanças já aprovadas serão aplicadas a partir das eleições municipais de 2020. Os pontos vetados ainda serão analisados pelo Congresso, que decidirá se os mantém ou não, na terça (01/10). (Poder 360)
O Ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, no dia 26, esteve no Capital Markets Forum, promovido pela Bloomberg, onde defendeu a proximidade com os EUA e Israel, as privatizações, além de uma escolha pragmática em relação ao fornecedor de tecnologia 5G.
OBSERVATÓRIO INTERNACIONAL
Nos Estados Unidos, a expectativa de nova investida da Casa Branca contra a China derrubou os índices de Nova York. O S&P 500 recuou 0,53%, indo para 2.962 pontos e encerrou a semana com queda de 1,01%.
Nova escalada de tensões acerca da guerra comercial foi instaurada após relatos de que a administração do presidente Donald Trump estaria conduzido estudos considerando excluir empresas chinesas das bolsas de valores dos EUA e limitar a exposição dos americanos ao mercado chinês por meio de fundos de pensão do governo. Essas informações colocam mais incertezas sobre as conversas entre os países que estão marcadas para ocorrer entre os dias 10 e 11 de outubro. (Bloomberg)
No sábado, após essa nova polêmica, o Vice-Ministro do Comércio, Wang Shouwen, pediu “calma e racionalidade” dos dois lados e reiterou que a China abrirá mais setores da economia para investidores estrangeiros, e sua política de proteger os direitos de empresas estrangeiras no país não mudará. O vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, que lidera a equipe de negociação com os EUA sobre a Guerra Comercial, seguirá para os EUA após 7 de outubro. A nova rodada de negociações está marcada para ocorrer em Washington. (Reuters)
O final de semana foi um dos mais violentos em Hong Kong. A polícia disparou canhões de água, balas de borracha e gás lacrimogêneo contra manifestantes que jogavam bombas de gasolina no domingo. (Washington Post)
A nova ameaça dos EUA contra a China, de impedir que as empresas chinesas acessem o mercado financeiro americano ou que companhias americanas invistam no país, foi amenizada no final de semana com o pronunciamento de um oficial do Tesouro, que “no momento” essas restrições não serão implementadas. Nesta manhã, em Pequim, as autoridades afirmaram que vão continuar com o mercado aberto a investimentos estrangeiros. A bolsa em Hong Kong fechou em alta, enquanto em Xangai, a queda foi de quase 1%. Na Europa, as bolsas avançam e os futuros dos índices de Nova Iorque apontam para um dia de alta. (Bloomberg)
RESUMO DOS MERCADOS
Dólar Comercial | R$ 4,1557 | – 0,15% |
DI Fut Jan/25 | 6,67% | – 2 bps |
Ibovespa | 105.077 pts | – 0,23% |
S&P 500 | 2.962 pts | – 0,53% |
ÓRAMA NA MÍDIA
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