Bom desempenho da B3 e os últimos destaques.
BRASIL EM FOCO
Mesmo com a queda da Selic, as incertezas do ambiente externo ainda impactam bastante a percepção dos investidores que buscaram realizar lucros quando o Ibovespa se aproximou da máxima histórica. Esse movimento aconteceu ontem. O índice da bolsa chegou a subir 1,40%, aos 106.001 pontos, e acabou invertendo a trajetória de alta terminando o pregão em queda de 0,18%, aos 104.339 pontos. O dólar comercial disparou e teve alta de 1,43% sendo cotado a R$ 4,1623.
No mercado de juros, a atuação do Copom teve maior efeito com queda de taxas ao longo de toda a curva. Nos vértices mais curtos, o efeito foi ainda maior e o DI para janeiro de 2021 recuou de 5,22% para 5,01%, depois de ter perdido o nível de 5% ao longo do dia. Enquanto o DI para janeiro de 2025 caiu de 6,83% para 6,79%.
Todos os indicadores setoriais da B3 estão com desempenhos melhores do que o Ibovespa, que avançou 18,72% no acumulado do ano até ontem. Contudo, os grandes destaques são justamente aqueles ligados à atividade brasileira. O Índice Imobiliário (Imob) ganha 35,54% no mesmo período, enquanto o Índice de Consumo (Icon) avança 40,30%. (Valor)
O relator da Previdência no Senado, Tasso Jereissati (PSDB-CE), apresentou nesta quinta-feira (19/09) seu parecer sobre as propostas de mudanças no texto. Ele apenas retirou um trecho da matéria e com isso fez com que o texto não tenha que ser votado novamente na Câmara dos Deputados. A única alteração aceita diz respeito às regras de cálculo de aposentadorias para servidores que têm direito a vantagens pecuniárias que foram transportadas para a chamada PEC paralela. (Poder 360)
Ainda no Senado, o presidente da casa, David Alcolumbre, afirmou que não há espaço para se criar imposto para bancar a desoneração da folha e nem para reduzir impostos. A proposta é focar na simplificação e descentralização dos recursos do governo federal para os estados. (Valor)
OBSERVATÓRIO INTERNACIONAL
Nos EUA, os índices chegaram a subir próximos das máximas históricas, mas acabaram o pregão de lado. O S&P 500 terminou o dia estável, aos 3.006,79 pontos.
Ontem, o Fed de Nova York executou uma nova operação de recompra reversa de título, que teve mais uma vez demanda superior à oferta. A procura foi de US$ 83,875 bilhões, superando a oferta em quase US$ 9 bilhões. Na tentativa de acalmar o mercado interbancário, a instituição anunciou uma nova operação para hoje, com oferta de até US$ 75 bilhões, mesmo montante das outras três intervenções realizadas nesta semana. (Valor)
A guerra comercial e as incertezas em relação ao petróleo no Oriente Médio foram consideradas na revisão para baixo das expectativas de crescimento do mundo. O relatório da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) publicado nesta quinta-feria (19) prevê um crescimento do PIB global na casa dos 2,9% para 2019 e de 3,6% para 2020. Se esse valor se confirmar, 2019 passa a ter o menor crescimento desde 2008 (Poder 360)
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Javad Zarif , reiterou na quinta-feira que o seu país não teve relação com os ataques às instalações da Arábia Saudita e que qualquer resposta militar dos EUA ou da Arábia Saudita em seu país levaria a República Islâmica a uma “guerra total”. (Bloomberg)
O depoimento do empreiteiro José Adelmário Pinheiro Filho, o Léo Pinheiro, ex-presidente global do grupo OAS, traz informações sobre seus negócios nos tempos do Governo do ex-presidente Lula, e menciona ao menos três líderes da América Latina, entre eles Evo Morales, Michelle Bachelet e Ollanta Humala.
Segundo Pinheiro, Lula lhe pediu para que assumisse uma obra de trecho da rodovia Tarija-Potosí na Bolívia que estava com problemas e era de responsabilidade de outra empreiteira brasileira, a Queiroz Galvão, para evitar um desgaste diplomático entre os países. Pinheiro disse ter explicado que esse projeto era inviável economicamente, mas falou ter ouvido de Lula que Morales “estaria disposto a compensar economicamente a empresa” com outro contrato para que assumisse a obra problemática. O empreiteiro afirmou ainda que Lula prometeu a liberação de um financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) se a OAS assumisse o projeto. Como Evo Morales ainda está no governo da Bolívia, o assunto repercutiu no cenário político por lá, com a oposição a Morales cobrando investigações sobre os fatos (El País)
O Banco do Povo da China (PBoC) informou nesta sexta-feira que a taxa de empréstimo prime (LPR, na sigla em inglês) com prazo de um ano caiu para 4,2% em setembro, ante 4,25% em agosto, Na China, a nova taxa de referência é precificada mensalmente com base em cotações de 18 bancos comerciais. O PBoC anunciou ainda que a LPR de cinco anos permaneceu inalterada, em 4,85% em setembro, o que reflete a promessa de Pequim de manter as taxas de hipoteca sob controle, a fim de evitar bolhas imobiliárias. (Valor)
RESUMO DOS MERCADOS
Dólar Comercial | R$ 4,1623 | 1,43% |
DI Fut Jan/25 | 6,79% | – 4 bps |
Ibovespa | 104.339 pts | – 0,18% |
S&P 500 | 3007 pts | – |