Educação financeira em alta e os últimos destaques

BRASIL EM FOCO 

No Brasil, o último pregão antes das reuniões do Copom e do Fed foi marcado tanto pela expectativa de corte de juros aqui e nos EUA quanto pela queda no preço do petróleo em virtude da rápida resposta saudita. O Ibovespa termina o dia com alta de 0,90%, aos 104.616 pontos. Dólar comercial cai 0,30%, negociado a R$ 4,0768. Já os juros futuros encerraram a sessão regular de terça-feira (17/09), às 16h, em queda com o DI para janeiro de 2025 cedendo de 6,97% para 6,85%.

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal) homologou na terça-feira (17/09) o acordo que destina R$ 1,06 bilhão – para o combate ao desmatamento e às queimadas na Amazônia: e R$ 1,6 bilhão – para a Educação. Esse dinheiro é do do Fundo da Lava Jato que repatriou R$ 2,6 bilhões referentes a uma multa paga pela Petrobras nos Estados Unidos (Poder 360)

Diante de um cenário de taxa básica de juros na mínima histórica, o presidente da B3, Gilson Finkelsztain, afirmou nesta terça-feira (17/09) que o investidor brasileiro está acordando para a realidade. Destacou ainda a importância da educação financeira para a compreensão da necessidade de tomar mais risco e, assim, ter retornos maiores. A B3 registrou mais de 1,3 milhão de cadastros de investidores pessoas físicas até agosto, um crescimento de 68% em relação ao mesmo período do ano passado. Nos últimos 12 meses, a bolsa ganhou cerca de 30 mil novos investidores por mês, em média.(Valor Investe)

OBSERVATÓRIO INTERNACIONAL

Nos EUA, os índices fecharam em alta com a queda no preço do petróleo e também em virtude do resultado da produção industrial. O S&P 500 teve alta de 0,26% aos 3.006 pontos.

O Fed reportou ontem um aumento de 0,6% na produção industrial em agosto. Se Comparado ao ano passado, o resultado da indústria registrou alta de 0,4%. (Fed)

Nos EUA, o Fed de Nova York interveio no mercado injetando US$ 53 bilhões para dar mais liquidez ao sistema. A intervenção se deu após um aumento por dois dias das taxas nos mercados de Fed Funds. Na manhã desta terça, a alta chegou a 5% com relatos apontando que as taxas aproximaram de 10% – patamar muito além da meta da autoridade monetária, que é de 2% a 2,25%. (Valor) Para entender melhor como essa complexa estrutura financeira funciona, vale a leitura desta outra matéria do Valor sobre o tema.

O ministro da Energia da Arábia Saudita, príncipe Abdulaziz bin Salman, disse na terça-feira à noite que os níveis de fornecimento de petróleo do país estão de volta aos níveis que estavam antes do ataque de sábado a algumas de suas instalações de produção. 50% da dos 5,7 bilhões afetados já foram restaurados. Ele acrescentou que o mercado de petróleo do país estará totalmente restabelecido no final de setembro.(Al Jazeera)

Com o anúncio do restabelecimento parcial do suprimento de petróleo saudita e depois da alta de quase 15% na segunda, o preço do petróleo recuou nesta terça. Os contratos do Brent para novembro caíram 6,47% na ICE em Londres, a US$ 64,55. Na Bolsa de Mercadorias de Nova York, os futuros do WTI para outubro caíram 5,65%, a US$ 59,34.(Valor)

O Vice Presidente dos EUA Mike Pence afirmou que os EUA estão preparados e “tomarão qualquer ação necessária” para defender seus interesses e seus aliados na questão dos ataques às instalações de petróleo da Arábia Saudita. O VP também apontou que as evidencias estão sendo avaliadas e o Secretário de Estado Mike Ponpeo irá à Arábia Saudita para se encontrar com autoridades e discutirem sobre a situação. (The Hill) 

A Espanha vem enfrentando uma crise de governabilidade domesticamente. O Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), liderado pelo primeiro-ministro interino, Pedro Sánchez, venceu as eleições de 28 de abril deste ano, mas sem maioria absoluta no Congresso. Ele não chegou a um acordo com o esquerdista Podemos que lhe garantisse os votos necessários para ser nomeado presidente do Governo nas duas convocações regulamentares. Quando isso acontece, cabe ao Rei Felipe VI convocar outra rodada de consultas aos partidos que obtiveram representação parlamentar.

O prazo formal termina na segunda dia 23 de setembro. Contudo, o Palácio de La Zarzuela, sede da monarquia espanhola, emitiu um comunicado no qual anuncia que, com base nas informações que ele obteve, “não existe um candidato que conte com os apoios necessários” até o momento. Se não houver um acordo até meia-noite de segunda para terça-feira, o Rei se veria obrigado a convocar novas eleições. O pleito ocorreria 47 dias depois da publicação da dissolução das Cortes, o que jogaria a eleição para 10 de novembro. (El País)

Hoje é uma “Super Quarta” com a dupla decisão de política monetária do Fed e do Copom e também  devem ser anunciados dados da inflação na Inglaterra.

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