Petrobrás pretende emitir R$ 3 bilhões em debêntures e os últimos destaques
BRASIL EM FOCO
As incertezas em torno dos efeitos desse quadro de instabilidade global e dólar fortalecido reforçam a cautela sobre o tamanho do ciclo de corte de juros em 2019. O Dólar Comercial subiu 0,01% sendo vendido a R$ 4,1579 , já o DI para janeiro de 2025 bateu 7,31% o maior nível intra-diário em 2 meses. Com um dia de aparente trégua no cenário externo, o Ibovespa subiu 0,94% indo para 98.194 pontos.
Em uma operação avaliada em 290 milhões de euros (ou aproximadamente US$ 354 milhões), a Pilgrim’s Pride, subsidiária integral da JBS, assinou contrato para comprar a Tulip Company, que produz carne suína e alimentos preparados no Reino Unido. (Valor Investe)
A Petrobrás, que pretende emitir R$ 3 bilhões em debêntures, entrou em período de reserva. Com o objetivo de captar recursos para um programa de exploração e desenvolvimento da produção nos campos de petróleo da empresa, três séries de debêntures podem ser emitidas. As duas primeiras séries são de debêntures de infraestrutura, que têm isenção de Imposto de Renda (IR) para pessoa física. A primeira delas pagará o que for maior entre IPCA mais 3,60% ou NTN-B 2030 mais 0,10% e tem prazo de dez anos. A segunda tem prazo de 15 anos e oferece teto com IPCA mais 3,90% ou NTN-B 2035 mais 0,25%, o que for maior. A terceira, sem incentivo, está saindo a 108% do CDI, com prazo de sete anos. O tamanho de cada uma dependerá da demanda dos investidores. (Valor)
A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado aprovou nesta quarta-feira a PEC 98/2019, que determina a divisão dos recursos do megaleilão do pré-sal com estados e municípios. Conhecida como PEC da Cessão Onerosa, este é o primeiro projeto do chamado Pacto Federativo. A previsão do governo é arrecadar até R$ 106,6 bilhões caso todos os blocos sejam arrematados. Neste cenário, aproximadamente R$ 33 bilhões seriam descontados para pagamento da dívida com a Petrobras. Dos R$ 73 bilhões restantes, R$ 21 bilhões seriam transferidos a estados e municípios pelo texto que está no Congresso. A alteração na Constituição é necessária para que o governo não descumpra o teto de gastos. O relator da proposta, senador Cid Gomes (PDT-CE), aceitou emenda que permite que os recursos sejam usados para investimentos e aportes em fundos previdenciários, sendo vedado, contudo, utilização dos mesmo para pagamento de custeio, pessoal ativo, inativo e pensionistas. (Poder 360)
Com o evento na Argentina, aqui podermos ter um dia negativo, pois o investidor estrangeiro vê a região como homogênea. No entanto, os fundamentos são completamente diferentes, as reservas de quase US$ 400 bilhões, a inflação está baixa e as reformas estão encaminhadas. Para melhorar, acaba de sair o PIB do segundo trimestre, positivo em 0,4%. (Agência IBGE)
OBSERVATÓRIO INTERNACIONAL
Nos EUA, o dia foi de trégua na guerra comercial, com o S&P 500 fechou em alta de 0,65%, aos 2.887,94 pontos.
As queimadas na Amazônia podem ter efeitos que transbordam a esfera ambiental. Em entrevista ao jornal alemão Die Welt, a ministra alemã da Agricultura, Julia Klöckner, considera rever o apoio da Alemanha à ratificação do acordo entre a União Europeia (UE) e o Mercosul e afirmou que “o Brasil se comprometeu com o manejo florestal sustentável quando fechou o acordo com o Mercosul. Se o país não cumprir essa obrigação, não assistiremos a isso passivamente”. (Poder 360)
Nos países vizinhos, a situação com as queimadas também se estende para a política. A menos de dois meses das eleições gerais na Bolívia, o governo de Evo Morales, que busca a quarta reeleição, se esforça para que a crise ambiental não contamine o cenário político. E o Chile de Sebástian Piñera ofereceu, em uma visita a Brasília, quatro aeronaves para ajudar no combate às chamas na Região Norte, sendo assim o primeiro apoio explícito e pessoal que o governo Brasileiro recebe.
No final da noite, o ministro da Fazenda da Argentina, Hernán Lacunza, anunciou que vai adiar o pagamento de parte de sua dívida de curto prazo. O país também vai renegociar com o FMI (Fundo Monetário Internacional) a linha de crédito com o fundo no valor de US$ 57 bilhões. (UOL)
As preocupações com a disputa comercial entre EUA e China que impactaram os mercados essa semana vão continuar a dar o tom. Nessa manhã, a China disse que pode retaliar os EUA ao impor tarifas, porém, prefere voltar a conversar para evitar a escalada das tensões. As bolsas sobem na Europa e os futuros das bolsas americanas avançam mais de 1%.
RESUMO DOS MERCADOS
Dólar Comercial | R$ 4,1574 | 0,01% |
DI Fut Jan/25 | 7,31% | 17 bps |
Ibovespa | 98.194 pts | 0,94% |
S&P500 | 2.888 pts | 0,65% |