Divergências sobre a reforma tributária e os últimos destaques
BRASIL EM FOCO
Em uma semana turbulenta, os movimentos dos mercados aqui no Brasil foram muito influenciados pelo o noticiário externo indicando uma desaceleração da economia global, uma possível retomada da esquerda na Argentina e pelas manifestações em Hong Kong. O Ibovespa subiu 0,75%, a 99.805 pontos, mas fechou a semana acumulando 4,03% de perda. O dólar comercial, teve alta de 0,33%, sendo vendido por R$ 4,0026 – na semana, subiu 1,59%. O DI para janeiro de 2025 caiu no fim do pregão regular para 6,86%, mas fechou a semana ligeiramente acima dos 6,85% do fim da sexta-feira passada.
Em nota técnica, o Ministério da Justiça afirmou que o projeto sobre abuso de autoridade, aprovado pela Câmara na última quarta-feira poderá “inviabilizar” o trabalho da Polícia Federal e do Ministério Público. O projeto foi enviado para a sanção presidencial que pode aprovar ou vetar em até 15 dias. (G1)
As divergências a respeito da reforma tributária já iniciaram. A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) divergiu da posição da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP) – que representa as grandes cidades – e decidiu apoiar a incorporação do Imposto Sobre Serviços (ISS) ao Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), mas pretende aproveitar a discussão para ampliar as receitas administradas pelos prefeitos. (Valor)
Os dados do Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia) indicam que desmatamento na Amazônia cresceu 15% nos últimos 12 meses, em relação ao período anterior. Só em julho deste ano, a floresta perdeu 1.287km² de mata, um aumento de 66% em relação ao mesmo mês de 2018. (Poder 360)
Jair Bolsonaro foi achincalhado em horário nobre na televisão aberta da Alemanha. O presidente brasileiro foi criticado principalmente pela sua política ambiental e o desmatamento na Amazônia por quase cinco minutos de vídeos com montagens. (Poder 360)
OBSERVATÓRIO INTERNACIONAL
O S&P 500 subiu 1,44%, aos 2.888,68 pontos, mas não foi o suficiente para compensar as perdas durante a semana que ficaram em 1,03%
A agência de classificação de risco, Fitch Ratings, rebaixou na sexta-feira (16) a nota de crédito de longo prazo da Argentina. A nota foi reduzida de B para CCC, sendo considerada de risco alto de inadimplência e baixo interesse. A justificativa da Fitch foi que a vitória de Alberto Fernández nas eleições primárias elevou a incerteza política do país. (G1)
Sobre a relação da China com Hong Kong, é interessante analisar o papel de intermediário com o sistema financeiro internacional que a Região Administrativa Especial possui. Em 2017, as empresas da China continental captaram 47 bilhões de dólares em ações e 66 bilhões de dólares em títulos de dívida emitidos por empresas no mercado de Hong Kong. O investimento direto chinês em Hong Kong totaliza 620 bilhões de dólares – 70% a mais do que o Produto Interno Bruto (PIB) do território. Além disso, cerca de 60% do investimento externo da China – incluindo projetos no âmbito da Iniciativa do Cinturão e Rota (BRI)– são canalizados através de Hong Kong. Essas interações fazem com que a saída para a crise se torne mais complexa e que toda atuação do governo de Pequim seja calculada. (Poder 360)
A semana começa mais tranquila, após comentários do presidente Trump, no fim de semana, que as conversas seguem com a China, embora tenha sinalizado que ainda não está pronto para assinar o acordo. As bolsas sobem na Ásia e na Europa. O viés dos futuros das bolsas americanas também é de alta.
RESUMO DOS MERCADOS
Dólar Comercial | R$ 4,0026 | 0,33% |
DI Fut Jan/25 | 6,86% | -8 bps |
Ibovespa | 99.805 pts | 0,75% |
S&P500 | 2.889 pts | 1,44% |
ÓRAMA NAS MÍDIAS
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