Aprovado projeto de lei que classifica nomeação de parentes de autoridades como nepotismo e os últimos destaques
BRASIL EM FOCO
O otimismo de ontem durou pouco. Com o noticiário externo com resultados negativos na China e Alemanha, e a crise política na Argentina, o Ibovespa registrou queda de 2,94% aos 100.263 pontos com todos os papéis negociados na bolsa no vermelho. O dólar comercial disparou 1,76% a R$4,0386 e os futuros também reagiram com o DI janeiro/2025 fechando pregão regular em 6,96%,
O presidente Jair Bolsonaro, que apoia publicamente a candidatura à reeleição de Maurício Macri, disse, ontem que “bandidos de esquerda começaram a voltar ao poder” na Argentina, ao comentar a vitória da chapa de Alberto Fernández e Cristina Kirchner nas eleições primárias. (G1)
A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara aprovou nesta quarta-feira um projeto de lei que classifica a nomeação de parentes de autoridades para cargos de ministro de Estado e embaixador como nepotismo. Esse projeto pode barrar a indicação de Eduardo Bolsonaro para a Embaixada nos EUA. O texto ainda precisa ser apreciado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) antes de ir para o plenário da Camada dos Deputados. (Valor Investe)
Contudo, quem preside a CCJ é o deputado federal Felipe Francischini (PSL-PR). que já declarou publicamente que a indicação de Eduardo para a embaixada não é um caso de nepotismo e que o filho do presidente tem qualificações suficientes para representar o país.(UOL)
Além disso, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), declarou que não há “nenhuma chance” de o projeto de lei que trata do nepotismo, virar pauta no plenário antes da sabatina do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para o cargo de embaixador nos Estados Unidos. (UOL)
O governo deve apresentar a sua proposta de reforma tributária nas próximas semanas. Os debates giram em torno de três pilares principais: a unificação dos impostos federais, a alteração da tabela do imposto de renda e a criação de um tributo sobre transações financeiras. Para entender melhor a complexa estrutura tributária do Brasil hoje, vale a leitura! (Nexo)
OBSERVATÓRIO INTERNACIONAL
Nos Estados Unidos, as bolsas também reagiram ao cenário de maior desaceleração global. O S&P 500 teve queda de 2,93% ao fim do pegão aos 2.841 pontos.
Na Argentina, a situação política continua complicada. Em uma tentativa de reverter nas eleições de 27 outubro, o quadro de derrota da prévias de domingo, Maurício Macri anunciou ontem uma série de medidas econômicas destinadas aos trabalhadores e às pequenas e médias empresas. As medidas envolvem tanto bônus e pagamentos extras a trabalhadores, aumento do salário mínimo e o congelamento do preço da gasolina por 90 dias. (G1)
O Peso Argentino segue se desvalorizando, com o dólar fechando em alta de 7,43%. (Valor)
Na China, a produção industrial subiu 4,8% em relação ao ano anterior, as vendas no varejo cresceram 7,6% e o investimento em ativos fixos desacelerou para 5,7% nos primeiros sete meses. Enquanto alguns efeitos sazonais provavelmente comprimiram os dados, todos os resultados foram inferiores aos previstos por economistas em uma pesquisa da Bloomberg. (Bloomberg)
A desaceleração atingiu também a Alemanha. A resiliência econômica do país está em xeque, alimentando temores de uma recessão e aumentando a pressão sobre o governo para entregar um pacote de estímulo fiscal. Os dados econômicos divulgados ontem revelam que a economia alemã encolheu 0,1% no segundo trimestre de 2019, tendo crescido 0,4% no primeiro trimestre. A desaceleração global foi amplificada internamente pelos conflitos comerciais e pela incerteza do Brexit. (CNBC)
Nesta manhã, as autoridades chinesas afirmaram que as tarifas adicionais que os EUA planejavam impor violavam o consenso acordado pelos líderes dos dois países em Osaka. As bolsa caem na Ásia e na Europa. Os futuros das bolsas americanas apontam também para uma sessão negativa. O ouro é cotado a US$ 1.525 e os juros dos títulos do Tesouro dos EUA estão abaixo de 1,55%.
O mercado vai ficar de olho nos dados de vendas do varejo e produção industrial de julho que serão divulgados nos EUA. No Reino Unido, as vendas no varejo subiram 0,2%, puxadas pelas promoções online.
RESUMO DOS MERCADOS
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