Possível queda na projeção para a Selic no final do ano e os últimos destaques
BRASIL EM FOCO
O acirramento da guerra comercial entre Estados Unidos e China impactou os mercados de forma generalizada. O dólar encerrou em alta de 1,68%, aos R$ 3,9566. O DI janeiro/2025 retomou o patamar de 7,050%, que no ajuste anterior estava em 6,91%. O Ibovespa caiu 2,51%, aos 100.098 pontos e na mínima, o índice tocou os 99.630 pontos.
O Boletim Focus, que considera a mediana das estimativas para a taxa básica de juros no fim de 2019, mostrou queda na projeção para a Selic, no fim do ano, de 5,5% na leitura anterior para 5,25% agora. (Valor)
No primeiro dia após o recesso parlamentar, a sessão da Câmara os Deputados foi encerrada por falta de quórum. O cancelamento interfere no prazo de contagem para a realização da votação do segundo turno da reforma da Previdência. que precisa de 5 sessões entre os turnos. Sem a sessão de segunda, não será possível cumprir o prazo até a tarde de hoje, data que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), marcou para a votação do segundo turno. Para manter o cronograma, a Câmara deverá votar um requerimento de quebra de intervalo. (G1)
Com a retomada dos trabalhos no Congresso e a provável aprovação da reforma da previdência, a próxima na lista de prioridades é a reforma tributária. Ainda não há um texto definitivo com as propostas elaboradas pela Câmara e Senado já tramitando. O executivo busca elaborar a sua própria versão. Além dessas, para o semestre que se inicia, o Congresso também deve votar a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), medidas provisórias que terão nova regra de tramitação, a nova lei de licitações e o pacote anticrime. Se confirmada a indicação para a Embaixada nos EUA, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) também deve ser sabatinado pelo Senado. Outra pauta importante do período será a investigação sobre crimes cibernéticos e notícias falsas. (Nexo)
O S&P 500 terminou o dia em forte queda de 2,98% aos 2.845 pontos com a disputa comercial no centro dos noticiários globais.
Em resposta ao anúncio do presidente Donald Trump, de novas tarifas sobre produtos chineses, Pequim permitiu que o yuan fosse negociado abaixo do nível considerado “sensível politicamente” de 7 yuans por dólar, pela primeira vez em 11 anos, ampliando a banda na qual a moeda pode flutuar. (Valor)
A China, contudo, está lutando em duas frentes. Além das tensões comerciais com os EUA, a questão em Hong Kong também vem demandando atenção. Uma greve geral paralisou parte dos transportes, levou ao cancelamento de mais de 200 voos e gera reflexos no mercado financeiro. (Valor)
Nesta manhã, os mercados na Ásia operam novamente no vermelho, mas o viés na Europa e dos futuros dos índices das bolsas americanas é positivo.
Dólar Comercial |
R$ 3,9566 |
1,68% |
DI Fut Jan/25 |
7,05% |
14 bps |
Ibovespa |
100.098 pts |
-2,51% |
S&P500 |
2.845 pts |
-2,98% |