As repercussões no mercado global e os últimos destaques
BRASIL
O Ibovespa encerrou com alta de 0,42%, acima de 104.000 pontos com os sinais positivos vindos do Congresso, na véspera de feriado na cidade de São Paulo.
No mercado de câmbio, o clima de confiança que se instaurou nos últimos dias em relação à aprovação da reforma da Previdência ajuda a manter o dólar próximo de R$ 3,80.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), prevê o início da votação do projeto de reforma da Previdência em plenário para o fim da tarde de hoje. Ele afirmou estar confiante na vitória e acredita que o resultado da votação “vai surpreender a todos”.
Para que não haja atraso na votação ou queda na economia proposta, a equipe econômica tentar conter o PSL, que defende as regras diferenciadas para os policiais.
A líder do governo no Congresso, Joyce Hasselmann, e o delegado Waldir também acreditam que reforma será votada esta semana. Eles se empenham para construir o consenso entre as bancadas, para que não haja apresentação de destaques e manter o compromisso com o texto original do relator da comissão especial.
Rodrigo Maia afirmou que a aprovação será uma vitória do Congresso e que a construção do texto foi realizada pelo Parlamento. Disse que o governo algumas vezes atrapalhou e ainda não conseguiu construir uma maioria parlamentar. Ainda destacou que, pela primeira vez, a Câmara e também o Senado construíram soluções para recuperação econômica do país.
Na Pesquisa DataFolha saiu hoje, o número de brasileiros que apoiam a reforma da Previdência subiu de 41% para 47% entre abril e julho. O percentual dos que se opõem às mudanças nas regras de aposentadoria e pensões caiu de 51 para 44 no mesmo período.
Entre em vigor hoje a nova lei dos cadastros positivos que prevê a inclusão automática de consumidores e transferência de informações sobre créditos. O pleno funcionamento do sistema ainda depende de regulamentação e normas complementares do Banco Central e também de decreto presidencial.
INTERNACIONAL
A perspectiva de mudança de ritmo no ciclo de corte de juros nos EUA após a divulgação de dados do mercado de trabalho mais expressivos e o indicador do setor industrial na Alemanha mais fraco continuaram repercutindo nos mercados globais. O S&P500 recuou 0,48% e o NASDAQ caiu 0,78%.
O petróleo recuou com as incertezas sobre o futuro econômico global pairando sobre os mercados. O WTI foi negociado próximo a US$ 57.
Os membros do Partido Conservador britânico escolhem o primeiro-ministro, sucessor de Teresa May, na próxima segunda-feira. O favorito Boris Johnson e Jeremy Hunt aparecerão em eventos durante toda semana, inclusive hoje à noite se enfrentarão em debate na televisão.
Nesta semana, o destino do acordo nuclear de 2015 será o foco de missões diplomáticas. Os Estados Unidos estão convocando uma reunião da Agência Internacional de Energia Atômica(AIEA)10 em protesto ao urânio enriquecido além dos limites estabelecidos no pacto. Trump quer estabelecer novas sanções contra o Irã por quebrar o acordo, mas as autoridades europeias indicaram que não haverá nenhuma ação até 15 de julho quando os ministros da União Europeia se reúnem em Bruxelas para tratar, entre várias questões, do Irã.
Na Ásia, tensões entre o Japão e Coréia do Sul reforçaram os ventos contrários no âmbito comercial e acrescentou desafios à indústria de tecnologia.
A ata da reunião do comitê de política monetária americano (FOMC) sai na quarta-feira. A do Banco Central Europeu, na quinta.
As bolsas operam sem direção definida na Ásia, com destaque negativo para as ações do setor de tecnologia. Na Europa, as bolsa recuam e os futuros dos índices de Wall Street operam com viés de queda.
Dólar | R$ 3,809 | -0,33% |
DI Fut Jan/25 | 6,94% | -9 pbs |
Ibovespa | 104.530 pts | +0,42% |
S&P500 | 2.976 pts | -0,48% |
Fontes: Valor, Bloomberg, The Wall Street Journal, Reuters, The Economist, The Guardian, Sputnik