Parecer da reforma da Previdência adiado e os últimos destaques
BRASIL
O Ibovespa fechou o pregão com recuo de 0,36%, aos 97.467 pontos.
O parecer da reforma da Previdência, que deveria ser apresentado no domingo à noite a Rodrigo Maia, foi adiado para quinta-feira. O relator da proposta, Samuel Moreira, comentou que irá sugerir uma regra de transição alternativa e também que nesse parecer estará incluído o regime de capitalização, algo que tem gerado divergência entre o Congresso.
O ministro da Justiça, Sérgio Moro, durante entrevista coletiva, afirmou que não orientou os procuradores da Operação Lava Jato. Sobre a troca de mensagens com membros da Lava Jato, ele disse que “juiz conversa com procuradores, juiz conversa com policial. Isso é absolutamente normal.” O porta-voz da Presidência anunciou que o presidente irá aguardar o retorno de ministro à Brasília para conversar pessoalmente. A princípio, essa conversa será hoje.
A oposição já se uniu para impedir a tramitação dos projetos na Câmara. Até mesmo aliados emitiram críticas ao ministro da Justiça. O cronograma de votação de matérias de interesse do governo no Congresso poderá ser impactado.
Outro destaque do dia foi para o setor bancário. A notícia de que a equipe econômica do Governo estuda aumentar a tributação sobre os bancos para aumentar a arrecadação dos cofres públicos, impactou os preços das ações do segmento.
A projeção de crescimento do PIB voltou a cair, conforme Relatório Focus. A mediana do mercado foi reduzida de 1,13% para 1,00%. Do mesmo modo, a projeção da taxa de juros para o final de 2020 diminuiu de 7,25% para 7,00%.
O dólar avançou ligeiramente e foi negociado a R$ 3,89. Os juros se mantiveram estáveis.
INTERNACIONAL
Os mercados asiáticos fecharam em alta. As bolsas europeias avançaram e o índice Euro Stoxx 600 subiu 0,21%. Os índices acionários americanos também fecharam o dia em alta. O S&P 500 subiu 0,47%.
A notícia que o México se comprometeu a tomar medidas fortes para desacelerar a migração na fronteira do Sul, trouxe certa tranquilidade para os mercados. Caso o México não tivesse tomado essa providência, as tarifas comerciais estavam planejadas para incidir sobre os produtos exportados para os EUA nesta segunda-feira.
Trump em entrevista à CNBC, afirmou que irá impor novas tarifas contra a China, caso o presidente Xi Jinping não se reúna com ele durante o encontro dos líderes do G-20, que ocorrerá na próxima semana no Japão.
Na China, as exportações aumentaram 1,1% em maio, ante o mês anterior. Analistas estavam aguardando uma queda de 3,8%. As importações do país tiveram queda de 8,5% no ano, desempenho também mais suave do que o mercado aguardava.
O otimismo entre as pequenas empresas americanas avançou para o nível mais alto dos últimos sete meses, em maio. As companhias aumentaram os planos de investimentos, o que sugere que os empresários ainda estão confiantes com o crescimento econômico do país.
As bolsas sobem na Ásia e na Europa. Os futuros dos índices da bolsa de NY acompanham o movimento de alta.
Dólar | R$ 3,89 | +0,21% |
DI Fut Jan/25 | 7,77% | +3 pbs |
Ibovespa | 97.467 pts | -0,36% |
S&P500 | 2.886 pts | +0,47% |
Fontes: Valor, Bloomberg, The Wall Street Journal, Reuters, The Economist, The Guardian, Sputnik