Nova agenda de reformas microeconômicas e os últimos destaques
BRASIL
O mercado local oscilou mas descolou de seus pares no exterior, fechando com alta de 0,18%.
Nesta tarde, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, disse que o projeto da reforma da previdência deve ser votado até o começo de julho. Ele aproveitou também para elogiar o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o secretário de Previdência, Rogério Marinho, pelo texto “muito bem escrito”.
Pode-se destacar a alta dos papéis de ações varejistas. Além do desempenho positivo de ações pontuais, o movimento é fruto dos avanços do índice, principalmente, com a perspectiva de taxas de juros mais baixas.
Após visita extra oficial, Jair Bolsonaro afirmou a jornalistas que não pretende assinar decreto para deixar o Coaf para o Ministério da Justiça. Segundo ele, o Parlamento é soberano na decisão.
O governo federal fechou as contas de abril com superávit de R$ 6,5 bilhões. Esse valor é o menor para o mês em termos reais desde 1998. O resultado é a soma do que entrou no Tesouro Nacional e no Banco Central, menos os gastos com Previdência Social. A previsão é que o governo feche com déficit maior do que o do ano passado.
O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, afirmou que o Governo começará a ter problemas, caso o crédito extraordinário para o cumprimento da regra de ouro não seja aprovado até dia 15 de junho.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, lançou uma agenda de reformas microeconômicas inclui medidas para permitir a abertura de contas em dólar no país e também facilitar a abertura de contas em reais no exterior. Dentro da rodada de liberalização cambial, também há uma nova lei que poderá reformular os princípios do mercado de moeda estrangeira implantado na década de 1920.
O dólar caiu 1,28%, cotado a R$ 3,97.
Hoje sai o PIB do primeiro trimestre. A expectativa do mercado é de um PIB negativo entre 0,1% e 0,2%. Se vier muito diferente deste número, podemos ver um movimento de realização no mercado.
INTERNACIONAL
Os mercados acionários asiáticos fecharam em baixa. O índice da bolsa Nikkei, do Japão, caiu 1.3%. Nos EUA, os índices também fecharam em campo negativo. O S&P500 recuou 0,69%.
As ações americanos voltaram a sofrer queda devido às tensões comerciais. A mídia estatal Chinesa reportou que o país cogita a possibilidade de usar minerais de terras raras para a produção de aparelhos eletrônicos, como arma na disputa econômica. Essa notícia, gerou um fluxo para os Treasuries americanos e, com isso, o rendimento desses títulos caíram e a inversão da curva de juros ficou mais acentuada. Essa inversão sustentada por um longo período de tempo, é vista por analistas como sinal de recessão nos EUA.
As bolsas da Europa fecharam em baixa, com a percepção de que a guerra comercial envolvendo China e Estados Unidos ainda irá perdurar, aumentando as chances de uma recessão global e prejudicando o crescimento das economias. As incertezas sobre o Brexit e o pedido da Comissão Europeia para que a Itália explique a deterioração de suas contas públicas também puxaram os índices europeus para baixo.
Ao contrário das expectativas, o presidente da Câmara dos Comuns do Reino Unido, John Bercow, planeja continuar no cargo, o que pode não agradar os parlamentares a favor da separação britânica da União Europeia, que acreditam que ele quer impedir uma saída sem acordo, segundo o jornal Guardian.
Nesta manhã as bolsas caem na Ásia, mas sobem na Europa e os futuros do índices acionários americanos abrem em alta.
Hoje, sai o PIB americano que pode trazer informações sobre qual será a direção da taxa de juros do Fed.
Dólar | R$ 3,97 | -1,28% |
DI Fut Jan/25 | 8,22% | -12 pbs |
Ibovespa | 96.566 pts | +0,18% |
S&P500 | 2.783 pts | -0,69% |
Fontes: Valor, Bloomberg, The Wall Street Journal, Reuters, The Economist, The Guardian, Sputnik