Selic em 6,5% ao ano e os últimos destaques
BRASIL
Após dois dias seguidos de queda, o índice Ibovespa volta a subir, 1,28%, por conta das notícias corporativas e do clima mais tranquilo na audiência da Comissão Especial, onde o ministro Paulo Guedes apresentou e defendeu a proposta da reforma da Previdência.
O dólar volta ao patamar de R$3,93, com queda de 0,91%, visto o horizonte político interno mais benigno.
O mercado teve acesso a alguns resultados corporativos e agradou ao investidor. O Banco Daycoval apresentou lucro líquido no primeiro trimestre de R$215 milhões. A SulAmerica, lucro de R$223 milhões, o que representa 57,5% de crescimento, se comparado com o primeiro trimestre de 2018.
O Copom, como esperado, manteve a Selic em 6,5%. A justificativa do BC foi que os indicadores recentes da atividade econômica sugerem que o arrefecimento observado no final de 2018 continuou no início de 2019. O cenário do Copom contempla retomada do processo de recuperação gradual da atividade econômica. O Comitê completou ainda dizendo que o cenário externo continua desafiador, visando o risco atrelado à normalização das taxas de juros de grandes potências mundiais.
O debate na Comissão Especial da Câmara dos Deputados durou em torno de 8 horas, com deputados expondo seus pontos sobre a reforma da Previdência. O Ministro Paulo Guedes, no fim da sessão, revelou uma certa deficiência na comunicação do Governo. “Temos um problema de comunicação mesmo. O grupo que está chegando não sabe nem onde fica a agência de publicidade do governo. Até o governo contar a verdade dele, o tempo está passando. Contamos com a serenidade dos senhores”. Disse o Ministro da Economia.
Paulo Guedes disse ainda que não faz parte de nenhum partido, “meu partido é o Brasil”, disse para mostrar que pretende passar a melhor reforma possível para os cofres do país. “O modelo de repartição quebrou no mundo inteiro. Se vocês [Deputados] fizerem uma reforma de R$ 600 ou 700 bilhões, acabou, vai ser esse sistema mesmo. Se fizer um R$ 1 trilhão, passamos para o segundo capítulo.”, complementou.
INTERNACIONAL
O mercado continua desconfiado sobre como vai ser o final do embate entre as duas maiores potências do mundo, por isso as bolsas seguem sem rumo definido. Nos EUA, o índice Nasdaq foi o que mais caiu, -0,26%. O S&P500 caiu 0,16%, mas o Dow Jones fechou positivo 0,01%.
Na Europa, foi um dia positivo para o mercado acionário. O EuroStoxx subiu 0,47%, o CAC 40 registrou alta de 0,40% e o DAX, 0,72%. Porém, nesta manhã estão em queda.
A aversão ao risco levou os investidores à procura de títulos soberanos como portos seguros. As treasuries americanas, bunds alemães e títulos japoneses estão se valorizando.
O CEO Jamie Dimon, do JP Morgan Chase, disse que há 80% de chance de os Estados Unidos e a China chegarem a um acordo. Os economistas da Goldman Sachs concordam, porém, estimam que a probabilidade de firmarem qualquer acordo até sexta-feira é de 10% e que a chance dos EUA cumprirem com a ameaça de aumentar a tarifa é de 60%.
A administração Trump acusa Pequim de voltar atrás em compromissos feitos durante a negociações, como por exemplo, revisões nas leis chinesas. A delegação chinesa com o negociador Liu He já está em Washintgon para as negociações, mas o tempo começa a ficar mais apertado e as ações caem na Ásia e os futuros nos EUA recuam.
Nesse ambiente de incerteza, o iene japonês se valoriza e é negociado a 109,88 por dólar. O yuan chinês é depreciado, cotado a 6,81 por dólar.
Dólar | R$ 3,93 | – 0,91 % |
DI Fut Jan/25 | 8,61% | -1pbs |
Ibovespa | 95.596 pts | +1,28% |
S&P500 | 2.879 pts | -0,16% |
Fontes: Valor, Bloomberg, The Wall Street Journal, Reuters, The Economist, The Guardian, Sputnik
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