Bolsas em queda e os últimos destaques
BRASIL
Na ausência de novidades sobre a reforma da Previdência, a bolsa brasileira seguiu o movimento de vendas do exterior. O Ibovespa caiu 1,04% e o dólar avançou, cotado a R$ 3,97.
As atividades na comissão especial deverão ser retomadas hoje. O mercado vai ficar atento às mudanças da proposta enviada à Câmara dos Deputados. É muito importante que seja alcançada uma economia na ordem de R$ 1 trilhão para o equilíbrio das contas públicas e controle da dívida pública.
O Governo fechou questão sobre o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras). O órgão será mantido no ministério da Justiça, sob o comando do ministro Sérgio Moro.
No âmbito político, destaque para os panos quentes que o presidente Jair Bolsonaro colocou nas trocas de farpas recorrentes entre as alas de militares e olavistas.
INTERNACIONAL
Ao que parece, a reunião entre EUA e China em Washington deverá acontecer e ajudou a recuperar parte das perdas dos mercados.
O S&P500 que caiu quase 2% após a abertura de mercado, encerrou o dia com queda de 0,45%. O Nasdaq, que abriu em queda de mais de 2%, fechou negativo 0,50%. O Dow Jones caiu 0,25%.
Por outro lado, a busca por segurança, levou à valorização dos títulos do Tesouro americano de 10 anos. O yield caiu 6 bps, para 2,47%. Os títulos alemães recuaram 5 bps, para -0.02%. O dólar se mantém forte frente às demais moedas. O ouro avançou um pouco, cotado a US$ 1,280 a onça.
Na Europa, as ações caem novamente. O índice EuroStoxx50 recua 0,78%. O euro cotado a US$ 1,1195 e a libra esterlina negociada a US$ 1,3076.
Nesta manhã, os futuros dos índices S&P500, DJIA e Nasdaq todos recuam, mesmo com a confirmação que vice premier chinês Liu He participará das negociações em Washington nesta semana. As bolsas na China e Hong Kong fecharam em alta.
Os recordes registrados recentemente nas bolsas tinham como pilares o posicionamento mais cauteloso do Fed, os lucros das empresas no primeiro trimestre maiores do que os esperados e que Estados Unidos e China estavam chegando a um acordo comercial. Com o desequilíbrio de um deles, o mercado agora vai aguardar os próximos passos das negociações entre as duas potências para definir uma direção.
Na Turquia, a lira se desvalorizou, cotada a 6,2 por dólar e o índice do mercado de ações registrou queda de 2,5%, após os investidores concluírem que a decisão de recontar os votos municipais reitera a influência do presidente Erdogan sobre as instituições independentes.
O Brexit está de volta à pauta. Theresa May e a oposição do Partido Trabalhista devem se encontrar hoje para negociar como vão gerenciar as tratativas do acordo de saída do Reino Unido da União Europeia. Caso não cheguem a um consenso, o Reino Unido poderá encarar outro referendo ou uma eleição, deixando a situação da primeira-ministra ainda mais vulnerável.
Dólar | R$ 3,97 | +0,33% |
DI Fut Jan/25 | 8,67% | -1 pbs |
Ibovespa | 95.009 pts | -1,04% |
S&P500 | 2.932 pts | -0,45% |
Fontes: Valor, Bloomberg, The Wall Street Journal, Reuters, The Economist, The Guardian, Sputnik