Mercado movimentado, eventos importantes no Brasil e os últimos destaques

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BRASIL

O Ibovespa voltou à casa dos 96 mil pontos, com alta de 0,50%. O DI para janeiro de 2025 perdeu 6 pbs, indo a 8,68%. O dólar registrou queda de 0,50%, indo a R$3,94. No ano, a moeda americana tem valorização de 2,33% frente ao real.

Esta semana será marcada por eventos importantes para a economia brasileira. O principal acontecimento é o início das conversas na comissão especial da Câmara, que por sua vez, tem papel de extrema importância no andamento da reforma da Previdência. Tem também, reunião do COPOM para definir o patamar da taxa Selic, que se mantém inalterada desde março de 2018, a 6,50%.

As empresas divulgarão balanços financeiros, o que pode gerar ainda mais volatilidade para o índice Ibovespa. As principais são, BR Distribuidora, Gerdau, Magazine Luiza, Marfrig, Vale, Banco do Brasil e Cyrela.

De acordo com o Valor Econômico, o Presidente Jair Bolsonaro assinará amanhã o decreto que facilitará a compra de armas e munições para atiradores esportivos. Envolvido neste caso está a Taurus, única fabricante de armas e munições nacional. O Presidente pretende quebrar o monopólio no setor de defesa bélica.

 

INTERNACIONAL

As bolsas americanas fecharam em alta na sexta. O S&P500 subiu 0,96% e o Nasdaq  valorizou 1,58%, ambos registrando novos recordes. O Dow Jones subiu 0,75%. O EuroStoxx 50 registrou alta de 0,4%.

Os lucros do primeiro trimestre divulgados pelas grandes empresas americanas de tecnologia foram mistos, mas trouxeram ânimo ao mercado. O Facebook gerenciou a repressão regulatória, mas as margens encolheram. As vendas dos iPhones caíram de novo. A Alphabet, da família Google, encolheu o valor de mercado em 7,5%, após anunciar desaceleração na venda de anúncios. O lucro da Amazon dobrou, mas o crescimento das vendas reduziu. A Microsoft se juntou ao clube do um trilhão.

No domingo, porém, Trump tuitou que não está satisfeito com o ritmo do progresso das conversas com a China e ameaçou taxar as importações de US$ 200 bi de produtos chineses em 25% (em vez de 10%) a partir da próxima sexta.

As negociações entre os líderes do comércio das duas potências deveriam continuar nesta semana em Washington, mas os chineses estão considerando adiar a viagem.


Com base nos cálculos da Bloomberg Economics, a tarifação no nível atual imposta terá impacto negativo de 0,5 ponto percentual no crescimento do PIB da China neste ano. Com o aumento da taxação para 25% sobre os US$ 200 bilhões de produtos chineses, o impacto será de 0,9 ponto percentual.

No panorama mensal divulgado no mês passado, o FMI chama a atenção para a escalada das tarifas, que poderá reduzir ainda mais o crescimento.

Para uma semana que deveria ser calma, o mercado nesta manhã está expressando o que pode acontecer se China e EUA não chegarem a um acordo comercial. O Shanghai Composite desvaloriza 5,6% . O Hang Seng de Hong Kong cai 2,9%.

Os contratos futuros dos índices S&P500 e Nikkei estão em queda na bolsa de Chicago. O VIX registra pico de alta de 20%.

O yuan chinês deprecia, cotado a US$ 6,77 e reflete nas cotações do dólar australiano e neozelandês. O iene japonês se valoriza frente ao dólar, cotado a US$ 110,72.

Assim, a semana começa agitada e poderá trazer perdas para fundos de ações e multimercado no curto prazo. Porém, boas oportunidade surgem nessas janelas.

 

Dólar R$ 3,96 +0,92%
DI  Fut Jan/25 8,68% -6 pbs
Ibovespa 96.007 pts +0,50%
S&P500 2.917 pts +0,21%

Fontes: Valor, Bloomberg, The Wall Street Journal, Reuters, The Economist, The Guardian, Sputnik

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