Incertezas globais, nacionais e os destaques da semana
Panorama Semanal de 8 a 12 de abril*
A semana que se encerra foi mais uma daquelas marcadas pelas incertezas tanto na economia mundial quanto no cenário nacional, sobretudo no que diz respeito à Reforma da Previdência. No Rio de Janeiro, foi decretada calamidade pública após a tragédia decorrente das fortes chuvas, com uma dezena de mortos, deslizamentos e danos pela cidade.
A articulação política continua sendo uma preocupação no processo de tramitação e aprovação da Reforma da Previdência no Congresso. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, disse que vai trabalhar pela aprovação da proposta, mas não participará da articulação. Maia também disse que o Executivo precisa organizar o diálogo com o Congresso.
Já o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que não tem “temperamento” para articular.
Para além da Reforma da Previdência, Guedes disse que o governo vai anunciar uma proposta de Reforma Tributária no nível federal, com a unificação de três ou quatro impostos. Em reunião com prefeitos, ele prometeu ainda que o preço do gás de cozinha cairá pela metade em dois anos e acenou com a divisão de uma parcela maior da arrecadação de petróleo em 2020.
Ainda na área de petróleo, destaque para o acordo fechado entre o governo e Petrobras sobre a cessão onerosa. A estatal receberá um bônus de cerca de R$ 33 bilhões.
Na quinta-feira, Guedes afirmou em Nova York que o governo já vendeu US$ 12 bilhões em privatizações e que deve superar a meta.
Outro fato relevante foi o evento que marcou os 100 dias de governo do presidente Jair Bolsonaro, com a assinatura de 18 atos, entre os quais o projeto de lei que prevê a autonomia do Banco Central.
Na divulgação de indicadores oficiais, o foco ficou na inflação oficial medida pelo IPCA, que avançou para 0,75% em março.
Na Educação, na tentativa de aplacar polêmicas numerosas, Bolsonaro nomeou um novo ministro, Abraham Weintraub, ex-secretário-executivo da Casa Civil, economista e professor.
La fora, se mantém um certo clima de pessimismo quanto ao crescimento econômico global, considerado vulnerável. O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu a projeção da alta mundial de 3,5% para 3,3% este ano. A previsão do organismo para a economia brasileira em 2019 caiu de 2,5% para 2,1%.
O governo americano reiterou a cobrança de sobretaxas sobre US$ 11 bilhões em importações de países da Europa. As manchetes internacionais também destacaram as eleições israelenses, com a permanência do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o adiamento do prazo para a definição do Brexit.
Nessa pegada – na semana em que foi divulgada a primeira imagem de um “buraco negro” -, o Ibovespa se desvalorizou 1,25% e fechou abaixo dos 95 mil pontos no pregão desta quinta-feira. Pressionado, o dólar comercial avançou 0,86%, cotado a R$ 3,857.
Obrigada, bom fim de semana e até o próximo Panorama Semanal.