Resumo do dia 28 de fevereiro de 2019
RESUMO DO DIA 28/02/2019
BRASIL
O principal índice de ações da bolsa, o Ibovespa, registrou queda de 1,77%. Esse resultado se deu por dois motivos: as incertezas que cercam a aprovação da proposta Previdenciária do Governo Bolsonaro, e o IBGE ter divulgado número abaixo do esperado para o PIB.
A queda do Ibovespa, rompeu uma Linha de Tendência de Alta (LTA), que vinha sendo construída desde a primeira semana de fevereiro. Com esse resultado, o índice acumulou resultado negativo de 1,86% em fevereiro, mas mantém a alta no ano de 8,04%.
As principais valorizações da Bolsa foram, OIBR4, com resultado de 4,65%. CSNA3, também performou de forma positiva e registrou uma alta de 3,15%. A empresa de Logística RUMO (RAIL3) teve resultado 1,35%.
Performando negativamente, tivemos algumas ações, porém chamaremos atenção aqui para as empresas de energia, EDP Brasil (ENBR3) e Eletrobras (ELET3), caindo 7,04% e 5,13%, respectivamente. A maior empresa de bebidas do mundo, Ambev (ABEV3) teve queda de 6,15%.
Rodrigo Maia, Presidente da Câmara dos Deputados, disse que o Governo precisa deixar claro quem será o interlocutor com os parlamentares, aquele que articulará as ações entre o Governo e o Congresso.
O Presidente Jair Bolsonaro admitiu estudar uma redução na idade mínima para a aposentadoria das mulheres, saindo de 62 anos para 60 e no Benefício de Prestação Continuada. O Governo precisará de muito “jogo de cintura” para passar reforma da Previdência no Congresso.
O IBGE divulgou o PIB trimestral e anual. Ambos os resultados foram menores do que o mercado esperava. No caso do PIB trimestral, foi divulgado um resultado de 0,1%, quando se esperava 0,2%. O PIB anual cresceu apenas 1,1%, esperava-se um um resultado positivo de 1,3%.
EUA
Apesar de o PIB do quarto trimestre de 2018 confirmar a previsão de 2,6%, a bolsa americana caiu na ansiedade de uma resolução concreta tanto com a China quanto na decisão dos próximos passos do Fed. O S&P500 caiu 0,28% e o Nasdaq 0,29%.
Trump se encontrou com o líder norte-coreano Kim Jong Un para conversas sobre um possível acordo de desnuclearização do país asiático, porém, a imprevisibilidade do presidente americano se mostrou novamente. Com um acordo superficial pronto para ambos assinarem como símbolo de um início de conversas, a imprensa recebeu uma notícia dos funcionários de Trump de que a sua coletiva de imprensa substituiria a cerimônia, e logo em seguida, a divulgação da informação de que o presidente americano havia abandonado as conversas. De acordo com ele, o norte-coreano tentou uma manobra de último minuto, assim como fez no último encontro e conseguiu que os americanos parassem seus exercícios militares na Coreia do Sul, mas dessa vez, Kim requisitou que os EUA suspendessem todas as suas sanções já impostas em troca da desativação de um dos seus maiores reatores nucleares. Apesar de Trump gostar da proposta do desligamento do reator de Yongbyon, suspender as sanções era algo indiscutível.
De acordo com o ex-secretário de defesa William Cohen, Trump fez a coisa certa. Levando em consideração a fragilidade do presidente após o depoimento de seu ex-advogado.
O chairman do Fed, Jerome Powell, voltou a discursar em relação ao futuro da política monetária dos EUA e renovou a posição cautelosa da FOMC, já que estão frentes a sinais globais conflitantes e uma inflação abaixo do esperado.
EUROPA
No mercado Europeu, chamamos a atenção para o principal índice do bloco, o EuroStoxx50, que teve alta de 0,47%. Nas últimas três semanas, o índice apresentou apenas três dias de queda, acumulou 4,39% em fevereiro e registrou alta de 9,37% no ano,
Para o principal benchmark mundial, o MSCI World, temos uma variação de 0,07% no dia. A valorização registrada em fevereiro foi de 2,83%, e no ano, de 11,05%.
Faltando um mês para o Brexit, a Primeira Ministra Britânica, Theresa May, enfrenta um grande desafio. Visto a pressão sofrida por May durante a semana, como já relatamos aqui, a mesma se viu na posição de ter que convocar nova votação parlamentar antes do grande dia, que ficou marcada para o dia 12 de março. Porém, essa votação significa muito mais do que os olhos podem ver. Essa medida é tomada como uma última tentativa de mobilizar o Parlamento a favor do Brexit, sendo essa votação, um grande termômetro, medindo se a saída do Reino Unido da União Europeia está mais perto de acontecer com um acordo, ou sem.
Dólar | R$ 3,74 | +0,09% |
DI Fut Jan/25 | 8,79% | 6 pbs |
Ibovespa | 95.584 pts | -1,77% |
S&P500 | 2.784 pts | -0,28% |
Fontes: Valor, Bloomberg, The Wall Street Journal, Reuters, The Economist, The Guardian, G1
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