Resumo do dia 27 de fevereiro de 2019
BRASIL
O Ibovespa, principal índice de ações do mercado brasileiro, operou mais um dia em baixa, de 0,30%, onde marcou 97.307,32 pontos. A semana acumula queda de 0,59%. O índice encontra resistência muito forte no patamar de 98 mil pontos, apenas andando de lado nas duas últimas semanas. O principal motivo é a incerteza sobre a aprovação da proposta da nova Previdência, enviada ao Congresso.
As ações que mais se destacaram na quarta-feira, foram ELET3, atingindo uma alta de impressionantes 8,04%, alcançando o preço de R$40,20. Seguindo essa tendência, temos RADL3, subindo 7,47% e ODPV3, marcando 5,76%. As que se destacaram negativamente, foram SUZB3, desvalorizando 4,33% e CSNA3, caindo 3,87%.
A agência de Rating Moddy’s rebaixou a classificação de risco das debêntures de infraestrutura da Vale de Baa3 para Ba1. Com isso, a empresa perde o grau de investimento. A agência afirmou que não estão claras as informações de prejuízos da empresa em relação ao acidente.
No outro lado, temos a Petrobras, que pela primeira vez em 6 anos, não apresentou prejuízo. Após apuração dos números, a empresa divulgou lucro líquido de R$25,8 Bilhões, algo que não acontecia desde o início da operação Lava-Jato.
Juan Guaidó, autodeclarado presidente interino da Venezuela, chegou ao Brasil nesta madrugada, para uma reunião com o Presidente Jair Bolsonaro e com o Ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo.
Hoje o IBGE divulgará o PIB trimestral, espera-se uma superávit de 0,2%, menor do que o divulgado anteriormente, 0,8%, mas ainda assim, positivo.
EUA
O mercado ficou praticamente estagnado à espera de alguma notícia concreta. O S&P500 caiu 0,05% e o Nasdaq subiu 0,07%.
Jerome Powell renovou a postura cautelosa do Fed, aguardando dados econômicos para tomar suas próximas decisões.
O líder americano nas negociações com a China, Robert Lighthizer, declarou que “apenas mais importações americanas” não seriam suficientes para fechar o acordo e afirmou que espera um maior comprometimento chinês nos campos de propriedade intelectual e na garantia de que o acordado será cumprido pelo país oriental, já que, de acordo com ele, os EUA “estão cientes do histórico da relação comercial com a China e dos desapontamentos que foram resultados de promessas não cumpridas”.
Trump se reuniu com Kim Jong Un, mas o nome do dia nos EUA foi Michael Cohen. O ex-advogado depôs diante do Congresso e lançou tudo, menos elogios ao seu ex-chefe e atual presidente Donald Trump. Possivelmente afetando diretamente as chances de reeleição do republicano em 2020. De declarações financeiras falsas para fraudar empréstimos, ao conhecimento de que e-mails sigilosos da campanha presidencial do partido democrata (Hillary Clinton) seriam vazados no WikiLeaks,.
Em relação a ligação de Trump com a Rússia, durante sua campanha de eleição em 2016, Cohen disse que não pode confirmar mas ouviu uma vez Donald Trump Jr, filho do presidente, sussurrar ao pai as palavras “o encontro já está marcado”. Uma das suspeitas levantadas pelo procurador especial da república, Robert Mueller, seria o acontecimento dessa reunião entre o Trump Jr e russos. Apesar de não ter certeza desse encontro, o ex-advogado confirma que Trump pretendia inaugurar uma Trump Tower em Moscou e apenas desistiu da ideia quando venceu as eleições; que de acordo com Cohen, ele nunca esperava vencer.
O depoimento durou mais de 5 horas e essas foram apenas algumas das muitas acusações feitas por Michael Cohen.
EUROPA
Após abrir subindo na última quarta-feira, o principal índice europeu, o EuroStoxx50, fechou o dia em queda de 0,20%, levado pelas incertezas que cercam o bloco. O MSCI WORLD, índice que mede o humor mundial, operou positivamente, com modesto, 0,02% de alta. No CRB Commodity, índice mundial de commodities a performance foi positiva de 1,01%.
O Governo Britânico já trabalha com a forte possibilidade de adiar o Brexit, com a grande resistência por acordos, Theresa May se vê num “beco sem saída”, tanto no sentido de pressão, quanto no sentido de realizar um Brexit no-deal, o que seria uma grande vitória. A primeira-ministra está sendo resistente até onde a força dela aguenta. O que era pra ser doce para May, está saindo com gosto salgado e amargo.
| Dólar | R$ 3,74 | -0,65% |
| DI Fut Jan/25 | 8,73% | -5 pbs |
| Ibovespa | 97.307 | -0,30% |
| S&P500 | 2.792 pts | -0,05% |
Fontes: Valor, Bloomberg, The Wall Street Journal, Reuters, The Economist, The Guardian, G1