O que é e por que fazer um Plano de Previdência Privada?

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A implementação da Reforma da Previdência é, sem sombra de dúvida, um dos principais desafios do país neste momento. Além de afetar a economia brasileira e os gastos públicos, as novas regras para a aposentadoria vão afetar diretamente a vida de milhões de brasileiros. A sua vida.

Então, se antes a previdência privada já era uma aplicação importante para complementar a aposentadoria oficial (INSS), agora ela é fundamental, se quisermos ter uma carteira de investimentos bem planejada.

Desta forma, neste post, vamos explicar, entre outros aspectos, o que é, como funciona, a quem se destina, as principais vantagens e as desvantagens da previdência privada.

Aqui, você vai ver:

1- O que é previdência privada

2- Como funciona a previdência privada

3- Quais os tipos de planos de previdência privada?

4- Vale a pena ter um plano de previdência privada?

5- A portabilidade da previdência privada

6- As taxas da previdência privada

7- Alguns cuidados com a previdência privada

1- O que é previdência privada

A previdência privada é um tipo de investimento muito peculiar. É impossível falar de previdência privada sem usar as palavras futuro, aposentadoria, planejamento e disciplina.

Operacionalmente, os planos de previdência privada funcionam de forma bem parecida com fundos de investimento. Têm uma carteira de ativos, os gestores que fazem a gestão dos recursos aplicados, as taxas e os impostos.

Mas há regras específicas, já que um plano de previdência privada funciona também como um seguro. Um seguro para o futuro, para complementar sua aposentadoria oficial.

Do ponto de vista prático, do investidor, a previdência privada é considerada um importante componente do planejamento financeiro individual. A previdência privada favorece a disciplina financeira, ao fazer o cálculo de quanto é necessário separar cada mês, a fim de se aposentar com uma determinada renda a partir de uma data prevista.  

Os investimentos em um plano de previdência devem ser considerados sagrados, pois têm um propósito específico. Trata-se daquela parcela dos investimentos que é intocável, aconteça o que acontecer, exceto para as emergências. Para que esse tipo de investimento se torne realmente um compromisso, é possível que os aportes sejam feitos todos os meses, em datas certas, religiosamente, via débito automático.

Desta forma, os impulsos, as tentações e os obstáculos ficam menores do que a disciplina de investir na aposentadoria, de garantir um futuro tranquilo.  A ideia básica é poupar agora, com o intuito de melhorar a renda lá na frente, com recursos compatíveis ao seu padrão de vida.

Como estamos falando de tempo, quanto mais cedo você começar a se planejar e a poupar para o futuro, melhor. E uma das maneiras de se preparar para a aposentadoria é, justamente a previdência privada, considerada uma defesa do presente contra as armadilhas do futuro.

2- Como funciona a previdência privada

Quando você contrata um plano de previdência privada, vai fazendo aportes no investimento. Podem ser aportes programados e/ou aportes pontuais. A finalidade desse dinheiro deve ser sempre o futuro, a aposentadoria. A previdência privada deve ser vista como um investimento de longo prazo.

Quando chegar o momento programado, depois de você ter acumulado os recursos ao longo do tempo, há algumas opções de resgatar a previdência privada.

– Receber o total em parcelas mensais durante um período determinado;

– Receber parcelas mensais vitalícias;

– Receber tudo em uma única parcela.

A forma de resgatar e receber o dinheiro é uma decisão individual, que depende de vários fatores, comportamentais, inclusive. Aqueles investidores com menos disciplina financeira, por exemplo, podem optar pelas parcelas mensais vitalícias, a chamada renda vitalícia, enfim, o dinheiro com o qual você pode contar todo mês.

Você acaba de perceber aqui uma das diferenças em relação à previdência oficial (INSS), que funciona apenas na forma de recebimento de parcelas mensais vitalícias, sem que o contribuinte possa optar por outros tipos de resgate.

Agora que já entendemos o funcionamento genérico de um plano de previdência privada (aportes ao longo do tempo e resgate na aposentadoria), vamos ver com mais detalhes os tipos de previdência privada que existem.

3- Quais os tipos de planos de previdência privada?

E na hora de escolher o melhor plano de previdência privada, o que fazer?

O primeiro passo é selecionar as empresas que oferecem este tipo de produto e avaliar sua credibilidade e capacidade de gestão dos recursos.

Mas, independentemente das empresas que oferecem previdência privada, há dois tipos de planos no mercado, que se diferenciam basicamente de acordo com os tratamentos tributários. São eles o PGBL e o VGBL.

Quando você investe em PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre), pode abater até 12% da renda bruta anual (para quem faz a declaração completa de Imposto de Renda), sem que ela seja tributada na fonte.  Mas, atenção, isso não quer dizer que o PGBL não tenha tributação. A tributação vai ocorrer, sobre todo o montante, mas apenas no momento do resgate, depois de rentabilizar ao longo dos anos.

O outro tipo de plano de previdência privada é o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre), caso os recursos já tenham sido tributados na fonte ou a declaração de Imposto de Renda seja a simplificada. Com o VGBL, a tributação se dá apenas sobre os rendimentos.

A escolha entre PGBL e VGBL vai depender de qual dos dois é mais adequado ao seu perfil e objetivos, além da forma da declaração do Imposto de Renda (simplificada ou completa). Muitas vezes, especialistas podem ajudar a escolher o melhor tipo para cada investidor.

4- Vale a pena ter um plano de previdência privada?

Muitas pessoas alegam que planos de previdência privada não são bons investimentos e que é mais vantajoso investir em outros tipos de produtos, como fundos de investimento, ações e títulos, desde que se tenha disciplina para montar uma carteira balanceada e com o foco também na aposentadoria, criando uma reserva para o futuro.

Como já vimos, porém, a disciplina é uma das grandes vantagens da previdência em relação aos demais tipos de investimento. É um produto desenhado para a aposentadoria. Um seguro. Ter o valor debitado automaticamente da conta é garantia de que você está cuidando do seu futuro com seriedade e planejamento.

Mas a disciplina, embora importante, não é a única vantagem dos planos de previdência privada.

O benefício tributário deve ser levado em conta.  O abatimento de até 12% da renda bruta anual na declaração completa de Imposto de Renda é uma vantagem do PGBL, pois o adiamento do imposto pode ser bem utilizado ao longo do tempo.

Poder escolher o regime tributário mais adequado é outra vantagem. Uma lei sancionada em 10 de janeiro de 2024 prevê que o investidor tenha a possibilidade de escolher entre o progressivo e o regressivo no momento da obtenção do benefício ou do primeiro resgate de valores, e não mais no ato da contratação do plano. Vale lembrar que a tabela progressiva parte de 15% retidos na fonte, podendo chegar a 27,5%, enquanto a regressiva vai de 35% a 10%, de acordo com o período de tempo que o dinheiro fica aplicado. 

Quer outra vantagem? Como é tratado como um seguro, o plano de previdência não entra em inventário, nem está sujeito ao imposto sobre a herança. Assim, é possível facilitar a vida de seus beneficiários até a execução da partilha de bens, que muitas vezes leva anos. Com o VGBL, ainda se pode determinar o valor que será destinado a cada beneficiário, mantidas as restrições legais.

Por fim, os planos de previdência permitem a portabilidade, vantagem que veremos a seguir.

5- A portabilidade da previdência privada

A portabilidade na previdência privada permite que o investidor faça uma transferência de um plano de uma instituição para outra, caso os fundos da carteira daquele plano não estejam correspondendo às expectativas de performance. Ou seja, se o plano estiver apresentando uma baixa rentabilidade, com cobrança de altas taxas, por exemplo.

Não dá para deixar de lado – se estiver rendendo abaixo do esperado ou correndo um risco alto – um investimento que tem por objetivo garantir uma aposentadoria tranquila.

Assim, na hora de decidir fazer a portabilidade, o investidor deve avaliar o retorno em relação ao nível de risco. O objetivo é saber se você está obtendo um baixo retorno para determinado nível de risco ou, ao contrário, correndo um alto risco para um dado nível de rentabilidade.

Um detalhe: apesar de ser fácil fazer a migração da previdência privada, não dá para alterar o regime tributário do plano.

Se não estiver satisfeito com seu plano de previdência atual, o primeiro passo é escolher para onde quer migrar. O seu pedido de portabilidade é feito pela nova empresa, e a atual é obrigada, pela legislação, a aceitar sua saída. Não há ônus com a portabilidade.

6- As taxas da previdência privada

Além do pagamento do Imposto de Renda (tabela progressiva ou regressiva), há basicamente duas taxas na previdência privada: a taxa de carregamento e a taxa de administração – que devem ser levadas em conta na hora de calcular a rentabilidade.

A taxa de carregamento é cobrada sobre cada aporte feito. Atualmente, muitos planos de previdência privada já não cobram essa taxa, considerada polêmica por especialistas e investidores. É muito importante comparar essa cobrança na hora de escolher um plano, porque ela altera diretamente a rentabilidade do plano de previdência privada contratado. Se o seu plano não for isento desta taxa, é bom que cobre uma taxa baixa.

A taxa de administração é como nos fundos de investimento. É cobrada anualmente sobre o total aplicado, para remunerar os trabalhos dos profissionais que fazem a gestão dos recursos. Também nesse caso, é preciso comparar as taxas de administração.

7- Alguns cuidados com a previdência privada

Lembramos que a previdência privada deve ser apenas um dos produtos de sua carteira de investimentos (quanto mais diversificada, melhor). Assim, com uma carteira diversificada, caso você precise do dinheiro para alguma emergência, terá aplicações de curto e médio prazo, mais líquidas, para tal necessidade.

Um detalhe importante: a atenção deve ser redobrada se você optar por planos de previdência mais arrojados, pois há riscos de se perder dinheiro.

A Órama oferece planos de previdência privada adequados ao seu perfil, sempre com o objetivo de garantir uma aposentadoria tranquila, com uma renda compatível ao seu padrão de vida.

Se ficou com alguma dúvida específica, entre em contato com nosso atendimento.

Bons Investimentos!

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