Reunião do Copom – a primeira de 2019
A decisão do COPOM (Comitê de Política Monetária do Banco Central) de manter a taxa de juros inalterada em 6,5% a.a. já era largamente esperada pelo mercado. O que parece algo novo é a ênfase mais “dovish” contida no comunicado divulgado após a reunião, na linha das recentes entrevistas de membros da diretoria do nosso BC.
Nas últimas semanas, simulei alguns cenários para o IPCA de 2019. Pelas minhas contas, o quadro permanece muito favorável, por conta ainda do elevado desemprego e da enorme capacidade ociosa, o que dificulta aumentos de preços, sobretudo nos serviços, que durante algum tempo foram os vilões, junto com alimentos.
Assim sendo, não descarto que tenhamos uma inflação acumulada no ano bem abaixo do centro da meta (4,25%), uma figura entre 3,25%-3,75%. Se minhas simulações se confirmarem na prática, haveria possibilidade do COPOM retomar a trajetória cadente da Selic, em 2020. Essa hipótese ganharia peso no caso da aprovação das reformas estruturantes prosperarem a contento, ao longo do ano.
Diante dessas considerações, estratégias que envolvam posições aplicadas em juros (prefixadas) podem ser interessantes, uma vez que elevações de juros só devem acontecer quando a economia voltar a ganhar empuxo, o que não está no radar de curto prazo.
Alexandre Espirito Santo
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