Fundos de Investimento – O que são e como investir
O ano já é 2019 e você ainda não entende muito bem o que é fundo de investimento? Bem, vamos acabar logo com o suspense e já adiantar que um fundo de investimentos reúne recursos, captados de investidores (os cotistas), com o fim de obter ganhos com a aplicação do dinheiro em diversos ativos do mercado. A gestão de um fundo fica a cargo de uma equipe qualificada – são os gestores do fundo.
Indo além dessa definição simples e direta, preparamos um material completo para você entender em detalhes o que são fundos de investimento e como investir. Se você já conhece esse tipo de investimento e quer começar a investir, confira as opções de fundos de investimento disponíveis na Órama.
Para aqueles que buscam mais detalhes sobre esse tipo de investimento, aqui, você vai encontrar tudo o que precisa saber sobre fundos de investimento. Para começar, vamos explicar: o que são fundos de investimento, quais os diferentes tipos de fundos e como investir em fundos.
Você vai encontrar também as vantagens para investir em fundos de investimentos e outras informações básicas para investir nos diversos fundos oferecidos pelas instituições com mais confiança.
A seguir:
- O que é fundo de investimento?
- Quais os diferentes tipos de fundos?
- Como funcionam os fundos?
- Como investir em fundos?
- Cota e patrimônio líquido
- Custos e taxas
- Impostos
- As vantagens de se investir em fundos de investimento
- Os cuidados de se investir em fundos de investimento
- Curiosidades e dados da indústria de fundos
O que é fundo de investimento?
Fundo de Investimento é uma aplicação financeira, em que o total de dinheiro dos investidores (chamados de cotistas) é aplicado em diversos ativos financeiros com o objetivo de obter rendimentos e lucros. Esses ganhos são, então, distribuídos aos investidores.
Os ativos financeiros são títulos e valores mobiliários negociados nos mercados:
- monetário
- de crédito
- de câmbio
- de capitais
- de derivativos
- local ou global
Os fundos de investimento são configurados sob a forma condominial. Funciona mesmo como um condomínio. Ou seja, reúne vários investidores com participação no fundo, na mesma proporção das cotas adquiridas nas aplicações que realizaram.
Assim, cada aplicação do fundo de investimento é transformada em cotas, e cada uma dessas cotas representa uma fração do fundo. A soma de todo o dinheiro aplicado pelos investidores é igual ao valor do patrimônio do fundo.
Cota e patrimônio dos fundos de investimento
Agora que você já tem uma noção do que são fundos de investimentos, é preciso saber um pouco mais sobre as cotas e o patrimônio do fundo.
Quando você aplica dinheiro em fundos de investimento, este valor é convertido em cotas. Cada cota é uma fração do fundo. Por isso, quanto maior for a aplicação, maior será o número de cotas adquiridas. No entanto, independentemente do volume da aplicação, todos os investidores recebem o mesmo tratamento e são remunerados da mesma forma, de acordo com as regras do fundo.
O patrimônio líquido de um fundo é a soma de todas essas aplicações subtraídos os resgates, e é igual à somas de todos os ativos que constituem a carteira do fundo, menos as despesas e obrigações devidas pelo mesmo.
O valor da cota de um fundo de investimento é a divisão do patrimônio líquido pelo número de cotas. Por isso, a quantidade de cotas só aumenta quando há mais aplicações. Quando há resgates, o número de cotas diminui.
Já o patrimônio líquido pode valorizar ou depreciar, dependendo da precificação dos ativos financeiros que constituem a carteira do fundo.
Tipos de fundos de investimento
Os fundos de investimento são classificados conforme o seu regulamento, isto é, de acordo com definições sobre as modalidades de ativos financeiros, proporções e limitações que os os recursos dos cotistas poderão ser aplicados.
Segundo as instruções da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), os principais fundos de investimentos estão organizados de acordo com suas carteiras definidas na Instrução 555:
- Fundos de Renda Fixa
- Fundos de Ações
- Fundos Cambiais
- Fundos Multimercado
- Fundos de Previdência
Há também outros tipos de fundo sob a Regulamentação da CVM:
- Fundos Imobiliários: tratado separadamente na Instrução 472.
- Fundos de investimento em direitos creditórios (FIDCs). Também possuem regulamentação própria, na Instrução 356.
Na nova Classificação de Fundos Anbima, (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais), a divisão é baseada em três níveis, com o objetivo de fornecer informações mais detalhadas e facilitar a comparação com outras formas de investimentos disponíveis no mercado brasileiro.
Classe de Ativos é o primeiro nível dessa divisão e diz respeito aos ativos que são permitidos ao fundo de investimento. A classificação no primeiro nível deriva da classificação Comissão de Valores Mobiliários (CVM), conforme já descrito acima.
O segundo nível da classificação diz respeito ao Risco. Aqui, são três as categorias:
- Fundo indexados, aqueles cujos retornos seguem a variação de um indicador de referência.
- Fundos ativos, aqueles com meta de superar determinado indexador ou proporcionar retornos absolutos.
- Fundos de investimento no exterior, aqueles que estão expostos à variação cambial
No terceiro nível, leva-se em conta a Estratégia empregada. São quase 30 possibilidades definidas pela Anbima.
A classificação dos fundos ajuda na seleção daquele que é mais adequado frente aos diversos objetivos, preferências, faixa de renda e perfil de investidor (conservador, moderado ou arrojado).
Por que investir em fundos de investimento?
De modo geral, os fundos de investimento se distinguem das demais possibilidades de aplicações financeiras por quatro motivos:
- Diversificação – os fundos podem alocar os recursos em diversas classes de ativos, utilizar diferentes estratégias e definir o nível de risco nos quais vão operar.
- Facilidade de acesso – o investidor pode aplicar em vários ativos do mercado financeiro através de um único investimento, e com menos custos.
- Gestão profissional – a seleção dos ativos financeiros é realizada por profissionais experientes e qualificados. São os gestores do fundo. As equipes acompanham os mercados, os setores da economia e as notícias setoriais, locais e globais em busca das melhores oportunidades. Também fazem análises de risco e retorno, e os ajustes necessários nas posições da carteira do fundo, se for preciso.
- Transparência – os fundos de investimento funcionam sob a regulamentação da CVM e sob o código de autorregulação da Anbima. As informações de patrimônio e a cota dos fundos são divulgadas diariamente. Também estão disponíveis para consulta dos cotistas as alterações de regulamento do fundo e as carteiras de determinado período.
Como investir em fundos?
Nunca foi tão fácil investir em fundos de investimento.
Hoje, todos têm acesso a uma grade de fundos de investimento super completa, com todas as modalidades disponíveis, nas plataformas de distribuição online, como é a Órama.
É muito simples para o investidor encontrar o fundo de investimento que ele procura. Seja de acordo com seus objetivos, com o valor disponível que tem para aplicar, pela preferência por classe de ativos ou pelo seu perfil de investidor.
Na plataforma da Órama, tem uma lista extensa dos fundos de investimento, cada um deles com todas as informações obrigatórias, além de dados para análises e comparações, bem como gráficos que vão ajudar na escolha mais adequada na hora de investir.
Custos e taxas
É importante saber que todos os custos e as taxas que incidem sobre um fundo de investimento são deduzidos no momento do cálculo da cota. Assim sendo, a rentabilidade de um fundo, quando divulgada, já é líquida de custos e taxas.
Isso é bem legal, porque permite que você compare a rentabilidade líquida entre os fundos de investimento de uma mesma classificação. Possibilita também compará-los com o indicador de referência, na hora de escolher ou avaliar o produto em que você aplicou.
As principais taxas que incidem sobre um fundo de investimento são a taxa de administração e a taxa de performance.
Taxa de administração
A taxa de administração remunera a gestora pelo seu trabalho de análise e seleção de ativos. Embute também os custos operacionais devidos ao administrador do fundo.
A taxa de administração é definida no regulamento do fundo.
Taxa de performance
A taxa de performance é um percentual cobrado quando o fundo alcançar os objetivos propostos. Na verdade, é como se fosse um prêmio pela boa gestão dos recursos. A taxa de performance é uma taxa alinhada aos interesses dos cotistas.
Nem todos os fundos cobram taxa de performance. Não faz muito sentido a cobrança de tal taxa em fundos indexados ou de gestão passiva.
A taxa de performance é determinada no regulamento do fundo de investimento.
Taxa de entrada
A taxa de entrada é pouco utilizada no mercado brasileiro. Quando cobrada, incide no momento da aplicação, com o objetivo de fazer frente às despesas de captação e marketing.
Taxa de saída
Já a taxa de saída é mais comum no mercado brasileiro, porém apenas alguns fundos de investimento dão esta opção ao cotista.
A taxa de saída é cobrada quando o cotista quer antecipar o resgate do seu dinheiro e está disposto a pagar um “pênalti” para não seguir o prazo do resgate normal, definido no regulamento do fundo de investimento.
Impostos
O investidor precisa também estar atento aos impostos que incidem sobre os ganhos dos fundos de investimento.
A tributação dos fundos referenciados, renda fixa, multimercado e cambial é bem diferente da tributação dos fundos de ações. A começar que, sobre os rendimentos nesses fundos (referenciados, renda fixa, multimercado e cambial), incide o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), tornando os de curtíssimo prazo menos atraentes. O IOF incide sobre os rendimentos nas aplicações com prazo até 30 dias. A partir do trigésimo dia, a aplicação nesses fundos é isenta de IOF.
A alíquota de imposto de renda é regressiva e inversamente proporcional ao tempo em que se mantém a aplicação no fundo de investimento. Quanto maior o tempo que o dinheiro ficar aplicado, menor será a alíquota sobre os rendimentos e ganhos de capital: para aplicações com menos de seis meses, a alíquota é de 22,5%; se o dinheiro ficar investido por um período superior a seis meses e inferior a um ano, a alíquota é de 20%; no caso de aplicações superiores a um ano e inferiores a dois, o imposto cai para 17,5%; e para aplicações com prazos superiores a dois anos, paga-se 15% de IR.
O imposto, assim como no caso de fundos de ações, incide sempre sobre os rendimentos ganhos com a aplicação, e não sobre o principal.
Contudo, fundos referenciados, renda fixa e multimercado têm resgate de IR antecipado compulsório. A cada seis meses, sempre no último dia útil do mês de maio e no último dia útil do mês de novembro, é deduzido o percentual de 15% sobre os ganhos realizados no período. Essa antecipação é conhecida no mercado como come-cotas e pode gerar muitas dúvidas nos investidores.
Saiba mais sobre como funciona o come-cotas aqui.
O único imposto que incide sobre os fundos de ações é o IR (imposto de renda) sobre ganhos de capital. Mesmo que você deixe seu dinheiro aplicado por um prazo inferior a 30 dias, nessa categoria de fundos não há cobrança de IOF. O IR cobrado incide sobre os ganhos realizados com a aplicação, e a alíquota é de 15%.
Há também os fundos de investimento isentos de imposto. São os fundos que investem em debêntures de infraestrutura e fundos imobiliários.
As vantagens de investir em fundos de investimento
As principais vantagens de se investir em fundos, em relação às diversas outras opções de investimento são:
- Resultados alcançados
- Comodidade
- Diversificação
- Liquidez
- Gestão profissional
Os cuidados ao se investir em fundos de investimento
Como o investidor não tem qualquer ingerência sobre a escolha dos ativos que compõem a carteira do fundo, alguns apontam esta como sendo uma desvantagem ao investir em fundos de investimento.
Por isso que é importante ler cuidadosamente o regulamento antes de aplicar em fundos de investimento. O regulamento é o documento que contém todas regras que definem em quais classes de ativos o fundo pode estar exposto e quais as estratégias utilizadas. Portanto, é possível saber a priori como o dinheiro aplicado no fundo vai ser investido. Quem não estiver de acordo não aplica. Há dezenas de outras possibilidades.
Há quem prefira fazer os próprios investimentos, sem a participação de gestores.
Gestores de recursos
O gestor é, justamente, o responsável pela seleção dos ativos que compõem a carteira dos fundos de investimentos. Somente ele pode negociar e adquirir os produtos em nome do fundo, sempre de acordo com a política de investimento determinada no regulamento, ou seja, seguindo um mandato.
Há gestores “estrelas”, que concentram as decisões de seleção de ativos, e outros gestores que trabalham em grupo, com especialidades complementares, e tomam as decisões em conjunto. Em ambos os casos, sempre contam suas equipes especializadas, de pesquisa e análise, de gerenciamento de risco e de operações.
O gestor pode pertencer a um conglomerado financeiro ou ser independente. Deve ainda ser um profissional autorizado pela CVM.
A Órama distribui em sua plataforma fundos de investimento de vários gestores, cada qual com suas características. Os fundos são selecionados por uma equipe especializada. Além da estratégia, do retorno esperado e das características de cada fundo – como a liquidez, por exemplo – é importante estar atento às taxas e custos cobrados por aí, além de possíveis impostos.
Confira a lista de fundos de investimento disponíveis na Órama, aqui.
Curiosidades sobre a indústria de fundos de investimento
Agora que você já sabe o que é um fundo de investimento, como funciona e os tipos de fundos existentes, além de regras sobre o funcionamento e detalhes sobre taxas e ganhos, vamos listar algumas curiosidades sobre essa indústria de fundos, que não para de crescer no Brasil e no mundo.
- O primeiro fundo criado no Brasil, em 1957, foi um fundo de ações.
- Os chamados fundos 157 foram criados em 1967. Os contribuintes podiam utilizar parte do imposto devido para investir em fundos de ações.
- Com as crises econômicas dos anos 1970, os fundos de investimento foram esquecidos.
- Os fundos de renda fixa foram criados somente no ano de 1984.
- A estabilidade econômica alcançada com o sucesso do Plano Real (1994) reativou a indústria de fundos de investimento no Brasil.
- No início de 1999, o Banco Central separou totalmente as atividades dos bancos e dos fundos (chinese wall).
- Em 2002, ocorreu o evento de marcação a mercado dos fundos de investimento.
- Em dezembro de 2018, existiam mais de 17.000 fundos de investimento no Brasil, e o valor total investido supera R$ 4,6 trilhões. Em 2008, esse valor era de R$ 1,1 trilhão.
- O patrimônio da indústria de fundos atualmente está dividido da seguinte forma: 44% em fundos de renda fixa, 21% em fundos multimercado e 6,5% em fundos de ações. Há também 17,5% em fundos de previdência.
- Em 2018, foi lançado o primeiro fundo de criptoativos do Brasil.
Para finalizar
Demos aqui uma visão geral e simplificada sobre os fundos de investimento. Você vai perceber que, à medida que entramos nesse universo, podemos nos aprofundar nos detalhes, características, conceitos e regras.
A plataforma da Órama oferece uma série de informações e ferramentas de última geração, voltadas para a educação financeira, capazes de orientar seus usuários para que façam as escolhas mais adequadas e cuidem bem de seu dinheiro. Nossos consultores também estão à disposição.
Bons investimentos!
Obs: Olha que infográfico legal!
muito bom e obrigado pelas informaçoes irei analisar melhor muito obrigado mesmo!