Ibovespa acima dos 95 mil pontos e os destaques da semana
Panorama Semanal de 14 a 18 de janeiro
Shutdown nos EUA, posse de armas, caso Battisti, Fabrício Queiroz, Brexit, guerra comercial, governo venezuelano e recorde do Ibovespa. Esses são alguns dos destaques da semana que se encerra.
O shutdown nos Estados Unidos já o mais longo da história, com consequências à população a partir da paralisação parcial dos serviços públicos, fortes divergências políticas sobre o “muro de Trump” e expectativas quanto ao “State of Union”, no próximo dia 29.
No Brasil, o presidente Jair Bolsonaro assinou decreto polêmico que facilita a posse de armas (autorização para guardar em casa). Após informações divulgadas sobre mudanças quanto ao porte, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, afirmou que não há projeto em estudo nesse sentido.
Ainda sobre Moro, mas em outro assunto, ele mandou exonerar a diretora da Funai Azelene Inácio. Nomeado, o presidente da Funai, o general da reserva Franklimberg Ribeiro de Freitas, enfrenta um processo na Comissão de Ética por conflito de interesses.
Na área ambiental, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse que o país seguirá no Acordo de Paris, agora com a concordância de Bolsonaro.
Esta semana, teve fim um capítulo da novela Cesare Battisti, encontrado na Bolívia onde estava foragido, e extraditado diretamente para a Itália. Ele tinha refúgio político no Brasil.
Outra novela com novos capítulos é a de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro apontado pelo Coaf por movimentação atípica de dinheiro. Primeiro, foi a dancinha no hospital, em vídeo que viralizou na internet. Ele deixara de depor dias antes, alegando problemas de saúde. Já a rádio CBN revelou que, quando trabalhou no gabinete de Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados, a filha de Queiroz, Nathália, não tinha faltas registradas. Ela, no entanto, trabalhava como personal trainer em horário comercial nesse mesmo período. O terceiro ato da semana, super controverso, foi a suspensão, pelo STF, da investigação sobre Queiroz na Justiça do Rio e o pedido de anulação das provas, por Flávio Bolsonaro.
Bolsonaro sancionou o Orçamento para 2019, com dois vetos parciais, que somam R$ 60 milhões (R$ 50 milhões no Incra e R$ 10 milhões para o CNJ).
No cenário global, além do shutdown, foco no Brexit. A primeira-ministra britânica, Theresa May, teve seu acordo rejeitado pelo Parlamento britânico, com indefinições sobre como será a saída da Grã-Bretanha da União Europeia. Desta forma, pode haver a imposição de controles na fronteira entre a Irlanda do Norte (parte da Grã-Bretanha) e a Irlanda, que é um membro da UE.
Outro tema político que ainda promete render é a legitimidade ou não do governo de Nicolás Maduro na Venezuela. Bolsonaro tenta organizar uma ação regional contra Maduro, na defesa do “governo legítimo” da oposição.
Na economia, destaque no mundo corporativo para a aliança global entre a Volks e a Ford.
A notícia de que o governo americano pode suspender tarifas impostas à China na guerra comercial também repercutiu bastante.
No Brasil, no pregão desta quinta-feira, com o otimismo dos investidores com as reformas, o Ibovespa fechou em alta de 1%, para 95.351,09 pontos, recorde histórico de fechamento. Já o dólar subiu pelo terceiro dia, cotado a R$ 3,74 no fechamento de quinta, uma alta de 0,35%.
Obrigada, bom fim de semana e até o próximo Panorama Semanal
*Dados atualizados até o dia 18/1, às 9h.