EUA, China, petróleo, eleições e os destaques da semana
Petróleo e guerra comercial lá fora, incerteza eleitoral aqui dentro. E assim se encerra mais uma semana.
A briga entre Estados Unidos e China segue gerando tensão. A China decidiu aplicar tarifas de 5% a 10% sobre produtos americanos, num total que chega a US$ 60 bilhões. As sobretaxas valem a partir do dia 24 deste mês, mesmo dia da entrada em vigor das tarifas americanas – anunciadas anteriormente – sobre os itens chineses.
Antes do anúncio da medida chinesa, o presidente Donald Trump ameaçou com novas taxas se a China retaliasse. E o país oriental anunciou que vai ampliar a representação contra os EUA na OMC. A confusão é tamanha que, pelo Twitter, Trump disse que a decisão chinesa de sobretaxar os produtos tem o objetivo de interferir nas eleições americanas.
Nessa história toda, a boa notícia é que a China planeja reduzir a tarifa média sobre os itens importados de diversos países a partir de outubro.
Em outra esfera, uma declaração do presidente americano acabou influenciando o preço do petróleo. Trump, pelo Twitter, cobrou da Opep redução nas cotações, dizendo que o apoio do país é fundamental para garantir alguma estabilidade no Oriente Médio.
Ainda nos EUA, repercutiram os dados sobre os pedidos de seguro desemprego, que caíram pela terceira semana consecutiva, para o menor nível ao longo dos últimos 48 anos.
No Brasil, pesquisa Datafolha divulgada na quinta-feira mostrou Jair Bolsonaro em primeiro, registrando 28% das intenções de voto, com Fernando Haddad e Ciro Gomes empatados tecnicamente em segundo.
Uma possível volta da CPMF, em eventual governo Bolsonaro, gerou polêmica nas redes sociais, opondo, aparentemente, o candidato a seu “guru” Paulo Guedes.
Bolsonaro continua internado e, após duas semanas desde que foi esfaqueado, a Polícia Federal pediu mais prazo para apresentar o relatório sobre o caso. A PF ainda não teria encontrado sinais de que o agressor agiu com ou a mando de outras pessoas.
Entre os indicadores econômicos divulgados esta semana, está a geração de 110 mil empregos no mercado formal de trabalho no mês de agosto, de acordo com Caged, do Ministério do Trabalho.
E o Supremo decidiu que a Caixa Econômica deve pagar aos correntistas do FGTS as diferenças causadas por planos econômicos.
No pregão desta quinta-feira, o dólar deu um refresco e fechou cotado a R$ 4,079, em queda de 1,25% devido à decisão da China de reduzir tarifas de vários países. Já o Ibovespa encerrou quase estável (-0,067%), em 78.116 pontos, influenciado negativamente pela queda do preço do barril do petróleo e o cenário político interno e, positivamente pelas altas dos mercados globais.
Obrigada, bom fim de semana e até o próximo Panorama Semanal.
*Dados atualizados até o dia 21/9, às 9h.