A poucos metros das eleições: cenários e análises

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Agosto marca a intensificação da corrida eleitoral, aqueles últimos 500 metros em que os competidores já enxergam a linha de chegada. Ainda não estamos no sprint final, normalmente entre os primeiro e segundo turnos, mas a disputa está claramente mais acirrada. O tom quente das entrevistas dos candidatos na imprensa e as polêmicas suscitadas nas redes sociais comprovam a virada de chave.

O novo governo terá enormes desafios concretos pela frente, mas, por ora, o que mais tem mexido com os indicadores e o mercado é justamente o componente abstrato. Expectativas, rumores e incertezas rodeiam o cenário eleitoral.

 Nesse meio de trajeto, a economia não pode se dar ao luxo de parar. O economista da Órama, Alexandre Espirito Santo, fez algumas análises da conjuntura. Vamos a elas:

JUROS – A Taxa Selic deve ser mantida em 6,5% ao ano nesta reunião de agosto do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC. E deve permanecer nesse patamar até o fim do ano. Já para 2019, a taxa vai depender de quem será o novo presidente do país e, consequentemente, de quem vai capitanear o Banco Central. É precipitado fazer previsões.

REFORMISTAS OU NÃO – Nestas eleições, mais do que a velha divisão entre direita e esquerda, o mercado está avaliando candidatos pró-reformistas ou antirreformistas, já que o país precisa de reformas em diversas áreas. Se vencer um reformista, deve haver quedas moderadas de juros e câmbio em 2019. Se vencer um não reformista, a volatilidade será maior, e serão necessárias elevações, eventualmente significativas, na taxa de juros, especialmente se o câmbio desvalorizar para além de R$ 4,50.

LULA – A tendência é que se cumpra a Lei da Ficha Limpa e que Lula não participe do processo eleitoral, mas, na pouco provável hipótese de o TSE aceitar sua participação nas eleições, deve haver um estresse expressivo em bolsa, juros e câmbio.

CENÁRIO EXTERNO – Dois fatores lá fora afetam, em maior ou menor escala, a economia brasileira. O principal deles é a aceleração da mudança na política monetária do FED, o banco central americano. A alta nos juros dos EUA mexe com o fluxo de capitais de forma intensa. Já a “guerra comercial” de Donald Trump, bem como sua postura sobre o comportamento do FED e as questões geopolíticas em que se envolve (Putin, Otan, Brexit, Irã) também trazem muitos ruídos, mas tendem a impactar a economia brasileira em menor escala que a alta dos juros americanos.

 

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