Prejuízo nos investimentos? O que fazer?
Quando investimos, temos como objetivo principal valorizar o capital aplicado, isto é, ganhar dinheiro com o dinheiro. Seja para manter o poder de compra da reserva para emergências, viabilizar a compra de um objeto de desejo, realizar um sonho ou acumular para a aposentadoria, buscamos lucros que sejam acima da inflação, superiores ao CDI e, de preferência, expressivos.
Só que para atingir resultados assim é preciso correr riscos, e investimentos mais arriscados oscilam invariavelmente. Como rentabilidades negativas podem ocorrer por diversos motivos, é essencial entender o que está acontecendo antes de tomar um decisão precipitada e realizar prejuízos.
Fechamos o primeiro semestre do ano. Após um trimestre bastante positivo para os investimentos, o segundo apresentou variações negativas nas principais classes de ativos: juros, câmbio e bolsa. Como superar os períodos desfavoráveis e continuar o plano de investimentos para obter lucros no médio e longo prazos?
A precificação é constante
Os ajustes nos preços dos ativos podem ocorrer após uma forte valorização ou expressiva depreciação. Nesses casos, a realização de lucro ou a aquisição mais barata podem estar refletindo uma correção técnica, ou seja, quando os agentes operam para aproveitar as distorções ocorridas após fortes movimentos de venda ou de compra.
É por isso que é sempre recomendável olhar com maior cautela para ativos que se valorizaram muito ou buscar aproveitar os preços com maiores descontos após fortes quedas.
Porém, os ajustes podem ocorrer por choques econômicos, mudanças de expectativas e humor do mercado. Entendendo os motivos é mais fácil aceitar os novos patamares de preços e calibrar os novos retornos esperados.
Tendência
Os preços podem se valorizar (ou depreciar) por períodos longos. Isso ocorre quando os fundamentos econômicos sustentam os níveis de preços dos ativos, como por exemplo a alta da bolsa americana em ambiente de juros baixos para estimular a recuperação da atividade econômica.
Quando a tendência é confirmada, sucessivos movimentos podem garantir bons ganhos. As tendências podem ser de curto, médio ou longo prazo e ainda de alta ou de baixa. No entanto, nem esses lucros ocorrem de forma linear e crescente. Correções técnicas, adversidades e humor dos agentes vão se manifestar com frequência tirando algum sossego do investidor.
Correlações
Importante notar ainda que existem correlações entre os ativos. Estas podem ser positivas, quando os ativos se movem na mesma direção, ou negativas, quando se movem em direções opostas.
Em geral, a correlação da taxa de juros de um país é positiva em relação à sua moeda, ou seja, se a taxa de juros está em alta, a tendência de sua moeda é se apreciar. Já com a bolsa, a taxa de juros apresenta correlação negativa. A bolsa perde a atratividade quando os juros estão em alta.
No entanto, é preciso levar em consideração as características internas de cada país que podem enfraquecer ou mudar essas relações.
Decisões racionais
Concluindo, investir não é só escolher uma cesta de ativos para aplicar e, pronto, os bons resultados estarão garantidos.
Em momentos complexos, como o atual, quando as opções que escolhemos são colocadas em xeque, se não analisarmos a situação com racionalidade, podemos tomar decisões que nos levam à realização de prejuízo.
Buscar dados e orientação é fundamental para entender se o retorno não satisfatório de seu investimento é uma variação pontual, de curto prazo, ou se essa variação é persistente. Só assim você terá condições de decidir se vai manter o investimento ou não.
Se, depois disso, a sua conclusão for realmente a de resgatar o dinheiro, faça um ajuste na sua estratégia, sempre de acordo com o seu perfil de investidor. O mercado financeiro hoje está repleto de opções e produtos com potencial de gerar bons lucros.
Está com dúvidas sobre os seus investimentos? Entre em contato com nossa equipe que está preparada para atender às suas questões e sabe quais os produtos são mais adequados ao seu perfil.