A volatilidade, o corte nos juros e os destaques da semana
Panorama Semanal de 5 a 9 de fevereiro
Volatilidade nas bolsas americanas e na brasileira, corte na Selic e inflação baixa em janeiro foram alguns dos principais destaques da semana pré-carnavalesca.
Em Nova York, o índice Dow Jones despencou e zerou os ganhos do ano. Quedas recordes marcaram os pregões. A preocupação inflacionária, com uma possível alta acima do previsto nos juros do país, é uma das causas que explicam a forte volatilidade.
O movimento acabou influenciando os mercados globais, incluindo o brasileiro, apesar do cenário de recuperação econômica interno.
Por aqui, o Ibovespa teve forte queda no início da semana, se recuperou, mas fechou o pregão desta quinta-feira em baixa de 1,49%, aos 81.532 pontos. No mercado cambial, que sofreu intervenções do Banco Central ao longo da semana, o dólar encerrou a quinta-feira em leve alta de 0,12%, cotado a R$ 3,281.
Ainda nos EUA, foco também na posse de Jerome Powell à frente do Fed, o banco central do país. Powell tomou posse na segunda-feira, no lugar de Janet Yellen. Em seu discurso, reforçou a força do sistema financeiro americano e disse que o Fed continuará atento e pronto para eventuais riscos, atuando de modo independente.
O déficit comercial americano ganhou destaque. O rombo foi de US$ 53,1 bilhões em dezembro, de acordo com o Departamento de Comércio. No ano passado, o déficit foi de US$ 566 bilhões, o maior em nove anos.
Por aqui, inflação controlada e corte dos juros. O IPCA de janeiro ficou em 0,29%, a menor inflação para o mês desde 1994.
E o Banco Central cortou a Selic, para 6,75% ao ano. É o menor patamar desde que foi implementado o sistema de metas de inflação, em 1999. Daqui em diante, o movimento nos juros deve depender do andamento de fatores internos, como a aprovação da Reforma da Previdência, e do cenário global.
Assim como as eleições, a Reforma da Previdência se mantém no radar. A votação na Câmara agora está prevista para 28 de fevereiro, mas não há consenso nem apoio forte da base.
No cenário eleitoral, o nome de Luciano Huck voltou a circular como possível presidenciável, ligado ao PSDB.
A condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e as iniciativas de sua defesa para evitar a prisão, também foram assunto recorrente esta semana na imprensa. Ex-presidente do STF, Sepúlveda Pertence vai atuar na defesa de Lula.
Já o novo presidente do TSE, ministro Luiz Fux, afirmou, ao tomar posse, que político ficha-suja é “irregistrável”, e que condenado em 2ª instância não pode ser candidato.
Obrigada, bom carnaval e até o próximo Panorama Semanal.