Retrospectiva 2017

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Há duas formas de se olhar o ano de 2017 no Brasil pelas lentes da economia: foi um ano difícil, mas que marcou o fim da recessão. Entre alguns fatos do cenário nacional, destacamos:

– O fim da recessão de cerca de três anos, mas com indicadores reagindo de forma gradual;

– O desemprego fechou o ano em torno de 12,5%;

– A inflação, em patamar histórico, encerrou abaixo de 3%;

– O PIB, que reagiu em 2017, deve ficar em torno de 1%;

– O Banco Central reduziu consistentemente a Selic, fazendo os juros nominais chegarem ao menor nível no fim do ano, em 7%;

– O câmbio apresentou comportamento lateral ao longo do ano, sem grandes oscilações entre a mínima e a máxima, ao redor de R$ 3,30;

– Empacamos na Reforma da Previdência, prometida agora para 2018;  

– A polêmica Reforma Trabalhista foi aprovada, com a promessa de maior  flexibilidade e menor custo no mercado de trabalho. Um dos pontos foi o fim da contribuição sindical obrigatória.

E não há como não falar de política, que influenciou os mercados, sendo responsável pela alta volatilidade em vários momentos do ano:

– O áudio vazado de Joesley Batista, envolvendo o nome de Michel Temer;

– As denúncias e prisões no alto escalão, frutos da Lava Jato, com suas delações, e as polêmicas envolvendo ministro do STF;

– As divergências entre Legislativo e Judiciário;

– A decisão do STF, deixando que o Congresso decida sobre o afastamento de parlamentares;

– Saída de Rodrigo Janot, entrada de Raquel Dodge na Procuradoria Geral da República;

– Foi o ano das malas de dinheiro, bem como um apartamento “recheado”;

– O juiz Sérgio Moro condenou o ex-presidente Lula por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Marcado julgamento em segunda instância para janeiro;

– Na corrida pré-eleitoral, polarização entre Lula e Bolsonaro, que vem gerando ruídos no mercado;

 

Lá fora, destaques envolveram o primeiro ano do mandato do presidente americano Donald Trump.

– Mundo de olho na indicação do substituto da presidência do Fed (banco central americano) e na sua política de elevação de juros;

– Aprovada Reforma Tributária de Trump, com críticas por favorecimento a empresas e aos mais ricos;

– Montanha russa e especulações com o bitcoin;

– Polêmicas decisões de Trump na política interna e externa, envolvendo resultado das eleições, imigração e direitos humanos, entre outros;

– Petróleo recuperando maior patamar em mais de dois anos, com acordos da Opep;

– Atentados terroristas na Europa e EUA;

– Tensão com Coreia do Norte e seus testes nucleares.

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