Panorama Semanal de 29 de maio a 2 de junho

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Importantes indicadores econômicos divulgados esta semana dividiram espaço com o noticiário político, que ainda gera tensão no país.

O PIB do primeiro trimestre veio positivo, uma alta de 1%, após oito trimestres de queda, o que fez o país tecnicamente sair da recessão. A produção da indústria, por sua vez, registrou crescimento de 0,6% no mês de abril.

O Copom, do BC, decidiu cortar a Selic, taxa básica de juros do país em um ponto percentual, para 10,25% ao ano. A decisão, que revela um ritmo de corte menos acelerado, levou em conta o cenário político de incertezas. A inflação continua controlada. A taxa medida pelo IGP-M desacelerou para 0,93% em maio.

O percentual de desemprego no país, também divulgado esta semana, está em 13,6%. São cerca de 14 milhões de desempregados.

As discussões sobre as reformas estão em banho maria, com o cronograma empacado. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que não há “plano B” para a Reforma da Previdência. E o líder do governo no Senado, Romero Jucá, afirmou que não há chances de fatiamento da reforma. Já a votação do relatório da Reforma Trabalhista foi adiada para a próxima semana.

Em evento para investidores, o presidente Michel Temer afirmou que permanecerá no poder até o fim de 2018 e que deixará a “casa em ordem”. O comprometimento com o avanço das reformas foi reforçado no evento pelos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, além de nomes do PSDB, com mensagens de otimismo.

A troca no ministério da Justiça e a votação do texto da emenda por eleições diretas geraram repercussão.

Assumiu a pasta da Justiça o ministro Torquato Jardim. Sobre a investigação do envolvimento do presidente Temer no âmbito da Lava-Jato, Jardim disse que “investigação não é sentença de condenação”. O ministro Edson Fachin, do STF, autorizou a Polícia Federal a interrogar, por escrito, o presidente Temer.

E a proposta de emenda constitucional para eleições diretas – que ocorreria em caso de afastamento do presidente e do vice nos três primeiros anos de mandato – avançou na comissão do Senado, mas, para ser aprovada, terá que passar pelos plenários das duas casas.

Sobre o julgamento que pede a cassação da chapa Dilma-Temer, o ministro Gilmar Mendes, disse que não cabe ao TSE “resolver a crise política”. O caso deverá ser retomado na próxima terça-feira.

Rocha Loures, flagrado levando uma mala com R$ 500 mil de propina paga pela JBS, planeja fazer acordo de delação premiada, o que vem gerando mais expectativas em Brasília. O deputado está afastado do cargo e teve prisão solicitada.

O delator e dono da J&F, Joesley Batista, teve R$ 800 milhões bloqueados, devido à acusação por informação privilegiada. Ele teria se favorecido no mercado financeiro pouco antes de ter sua gravação com Temer divulgada.

No âmbito global, destaque para a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris sobre mudanças climáticas. Em decisão polêmica, o presidente Donald Trump prometeu negociar um retorno futuro ou um novo acordo climático “mais justo” para os americanos. Já a economia do país, de acordo com o “Livro Bege”, fala em expansão lenta e menor otimismo.

No pregão desta quinta-feira, o dólar fechou em alta de 0,32%, cotado a R$ 3,246. Já o Ibovespa registrou queda de 1,96%, aos 62.711 pontos.

Obrigada, bom fim de semana e até o próximo Panorama Semanal.

*Dados atualizados até o dia 02/6, às 11h.

 

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