Panorama Semanal de 27 de fevereiro a 3 de março
Fim de carnaval. O ano pode, enfim, começar, no Brasil. Na primeira semana de março, além da Portela campeã, o destaque foi para as taxas de juros, aqui e nos EUA, e para o cenário político interno, com as delações da Odebrecht no TSE.
A ata do Banco Central sobre a reunião do Copom, quando a autoridade monetária cortou os juros em 0,75 ponto percentual, indicou que, com a inflação comportada, o ritmo de corte na Selic deve acelerar daqui pra frente.
Nos Estados Unidos, a direção dos juros é oposta, e as expectativas são de maior aperto monetário pelo Fed, já daqui a duas semanas. Principalmente, após discurso do presidente americano Donald Trump reforçando que dará estímulos fiscais, fará cortes de impostos e implementará o propalado plano de US$ 1 trilhão em infraestrutura.
Ao TSE, em processo sobre doação ilegal para a campanha que elegeu a chapa Dilma/Temer, Marcelo Odebrecht negou que o atual presidente tenha pedido doação eleitoral. Ele disse que houve repasse ao ministro Eliseu Padilha e que Dilma sabia sobre as doações. A ex-presidente nega. Como novos depoimentos previstos, o caso ainda terá repercussões nos próximos dias.
Para assumir o Ministério das Relações Exteriores, após a saída de José Serra do cargo, o presidente Michel Temer escolheu o tucano Aloysio Nunes.
Os mercados globais oscilaram entre o otimismo com o discurso de Trump, quando o Dow Jones ultrapassou os 21 mil pontos pela primeira vez, e as expectativas com os juros americanos, que impulsionaram uma alta do dólar.
No mercado cambial brasileiro, a moeda americana encerrou o pregão desta quinta-feira em alta de 1,87%, a R$ 3,153. O Ibovespa, após correção das bolsas americanas e influenciado pelo cenário político local, fechou em queda de 1,69%, aos 65.855 pontos.
Obrigada, bom fim de semana e até o próximo Panorama Semanal.
*Dados atualizados até 02/03/2017 as 21:45h.