Panorama Semanal de 2 a 6 de janeiro
Os primeiros destaques do ano foram relacionados ao cenário global. Dólar abaixo de R$ 3,20, valorização do petróleo e expectativa de alta nos juros americanos.
Em ata, os integrantes do Fed (o banco central dos Estados Unidos) sinalizaram que, mediante a projeção de que a economia americana cresça mais com as medidas prometidas por Donald Trump, o ritmo de elevação nos juros deve acelerar. Isso porque a inflação tende a ficar mais pressionada, levando o Fed a contê-la.
Dados positivos no mercado de trabalho dos EUA, com recuo nos pedidos de auxílio desemprego, também indicam um aquecimento na economia americana.
De qualquer modo, os investidores ainda cultivam incertezas quanto às medidas que serão realmente adotadas por Trump.
No Brasil, essa situação se refletiu diretamente no dólar, que encerrou o pregão desta quinta-feira em baixa de 0,65% frente ao real, cotado a R$ R$ 3,198. Com os juros brasileiros ainda elevados e a expectativa das reformas, o país atrai recursos de fora.
O Ibovespa fechou com valorização de 0,78% na quinta-feira. Pesou a alta de 0,36% no preço do barril do petróleo, com o comprometimento dos países em relação ao corte de produção acertado pela Opep. Nos EUA, no entanto, houve recuo nos estoques da commodity. Além do petróleo, a valorização na cotação do minério também favoreceu o mercado brasileiro.
No cenário interno, repercutiram as posses dos novos prefeitos e uma nova crise, de cunho social, a partir do massacre no presídio de Manaus.
Dados macroeconômicos fechados de 2016 também ganharam espaço na mídia na primeira semana de 2017. A balança comercial registrou saldo positivo de US$ 47,692 bilhões, um recorde.
Já o fluxo cambial ficou negativo em US$ 4,252 bilhões, de acordo com o Banco Central. Em 2015, o fluxo ficou positivo em US$ 9,414 bilhões.
A caderneta de poupança, por sua vez, teve no ano passado um volume de saques R$ 40 bilhões acima do volume de captações.
E, em novembro, segundo o IBGE, a produção industrial brasileira subiu ligeiramente, 0,2%. No acumulado do ano, porém, há um recuo de 7%. Os investidores preveem que dados como este podem acelerar a redução da Selic no país, para estimular a economia.
Obrigada, bom fim de semana e até o próximo Panorama Semanal.
*Dados atualizados até 05/01/2017 as 19:43h