Panorama Semanal de 31 de outubro a 4 de novembro
O cenário global deixou os mercados voláteis esta semana. Entre os principais fatos internacionais, estão a proximidade das eleições americanas, com uma reação do republicano Trump nas pesquisas; a manutenção, pelo Fed, da taxa de juros nos EUA; a cotação do petróleo em queda; a decisão, no Reino Unido, de que o Parlamento precisa aprovar o Brexit; dados da zona do euro e da atividade na China.
A aversão ao risco se impôs após Trump ficar, pela primeira vez, à frente de Hillary Clinton, segundo pesquisa da ABC News/Washington Post. Os mercados sentiram o baque, com as bolsas em queda. As eleições ocorrem no próximo dia 8, terça-feira.
Na quarta-feira, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) manteve as taxas de juros do país inalteradas entre 0,25% e 0,5%. Em comunicado, o Fed afirmou que vêm sendo fortalecidos os argumentos para subir a taxa, e isso elevou as expectativas de que o início do ciclo de alta comece a ocorrer em dezembro.
A cotação do petróleo caiu, mediante o impasse sobre um acordo na Opep para segurar a produção da commodity. O Brent ficou em torno de US$ 46 o barril.
No Reino Unido, a Alta Corte decidiu que o Parlamento precisa aprovar o Brexit, ou seja, a saída da União Europeia. A libra subiu, e o BC britânico manteve a taxa de juros. Na zona do euro, a taxa de desemprego permaneceu na casa dos 10%. E, na China, A atividade industrial cresceu acima do esperado em outubro.
No Brasil, destaque para o fluxo cambial, decorrente dos últimos dias de repatriação de recursos. Em outubro, a moeda americana recuou 1,94%. Já o Ibovespa se valorizou mais de 11% no mês passado, na quinta alta mensal consecutiva.
Nas contas públicas, más notícias. Com arrecadação em queda por causa do quadro recessivo, o setor público registrou um déficit de R$ 26 bilhões em setembro, no pior resultado já registrado. No acumulado do ano, o déficit supera R$ 85 bilhões. Em 12 meses, o buraco é de R$ 188 bilhões.
De acordo com o IBGE, a produção industrial brasileira cresceu 0,5% em setembro. Apesar do alívio, no ano o recuo é de 7,8%.
Já a balança comercial encerrou outubro com superávit de US$ 2,34 bilhões, no melhor resultado para meses de outubro desde 2011. No ano, o saldo também é recorde.
No âmbito da Lava Jato, a principal notícia é que o ex-ministro Palocci se tornou réu, com a aceitação, pelo juiz Moro, da denúncia do Ministério Público.
No pregão de quinta-feira, o Ibovespa, influenciado principalmente pelo mercado externo, encerrou em queda de 2,49%. Já a cotação do dólar fechou em R$ 3,236, com recuo de 0,15%.
Obrigada, bom fim de semana e até o próximo Panorama Semanal.
*Dados atualizados até 04/11/2016 às 09:52