Panorama Semanal de 3 a 7 de outubro
Eleições, PEC dos gastos públicos, petróleo e, claro, desdobramentos da Lava-Jato. Esses foram alguns dos principais destaques da semana no noticiário.
A sensação de ressaca eleitoral, com grande parcela de abstenções, votos nulos e brancos em capitais importantes do país, foi dissipada com a percepção do mercado de que os resultados das urnas fortalecem a coligação que apoia o governo do presidente Michel Temer.
Ao longo da semana, importantes projetos avançaram no Congresso. Na quinta-feira, Comissão Especial da Câmara aprovou, por maioria, o texto base do relatório favorável à chamada PEC dos gastos públicos, fundamental para o ajuste fiscal. Depois que forem analisados todos os destaques da PEC, o texto segue para o plenário.
E, na Câmara, foi aprovada a nova lei para o pré-sal, sem a exigência de que a Petrobras entre com participação de, pelo menos, 30% em todos os projetos. A decisão é considerada boa para o setor.
De acordo com o FMI, as reformas que serão implementadas estão levando o Brasil para um terreno positivo.
No âmbito da Lava-Jato, o principal desdobramento veio na quinta-feira, quando o ministro Teori Zavascki, relator da operação no STF, determinou o desmembramento do principal inquérito, com a investigação de mais de 60 pessoas. A lista inclui o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que será investigado pela primeira vez por suspeita de participação em “organização criminosa”. Renan Calheiros e Eduardo Cunha também estão no alvo.
Em outra frente, a PF indiciou Lula por favorecer a construtora Odebrecht em Angola, envolvendo empréstimos do BNDES à empresa.
Na economia nacional, um dado negativo foi a queda de 3,8% da produção industrial em agosto, no pior resultado mensal desde janeiro de 2012. No acumulado deste ano, o recuo alcança mais de 8%.
Já a balança comercial ficou superavitária em US$ 3,8 bilhões em setembro, o melhor resultado para este mês em dez anos.
No Rio, o governo estadual suspendeu novos pagamentos a fornecedores, exceto dos das áreas de saúde, educação e segurança.
A greve dos bancários finalmente se encaminhou para um fim. Com a melhora da proposta de reajuste, após 31 dias, os bancários dos bancos privados de São Paulo e Rio voltam a trabalhar nesta sexta-feira. Os funcionários do Banco do Brasil também decidiram encerrar a paralisação, mas a Caixa optou por manter a greve.
No exterior, a alta da cotação do petróleo foi impulsionada pela queda dos estoques nos EUA pela quinta semana consecutiva.
Ainda nos EUA, os olhares se voltaram para o mercado de trabalho, um dos principais termômetros para o esperado início de alta na taxa de juros americana. Os dados são mistos. No mercado de trabalho privado, a criação de postos decepcionou. Já os pedidos de auxílio-desemprego caíram para o menor nível desde 1973. E, nesta sexta-feira, serão divulgados os números de emprego no país.
E, na Europa, segue a preocupação envolvendo o Deutsche Bank.
No pregão de quinta-feira, devido ao otimismo do cenário nacional, o dólar fechou estável, a R$ 3,2. Na Bovespa, ligeira alta de 0,64%, com destaque para as ações da Petrobras.
Obrigada, bom fim de semana e até o próximo Panorama Semanal.
*Dados atualizados até 07/10/2016 às 09h44min