Hora de recompor a carteira – os fundos multimercado
Acompanhar as mudanças na política monetária é fundamental para alocar seu dinheiro. No Brasil, com a nova equipe econômica, estamos num momento de expectativa de corte na taxa básica de juros, a Selic. Em cenários como o atual, alguns ativos, como os fundos multimercado, podem ser alternativas de investimento bastante interessantes.
O objetivo dos fundos multimercado é obter lucros a partir das variações de preços de ativos de renda fixa ou renda variável. Com acesso a todos os mercados, os gestores desses fundos estão atentos a conjunturas de transição, como a brasileira, e adaptam suas estratégias para que a carteira tenha a maior rentabilidade possível. Eles têm flexibilidade para ajuste e pensam no longo prazo. Não estão presos a “fórmulas mágicas” de ganhos.
Quando se trata de finanças, o brasileiro médio costuma ir na “onda” e acaba por investir olhando apenas para o passado, selecionando os ativos que renderam muito nos últimos meses. Mas, como rentabilidade passada não é garantia de ganho futuro, o ideal é perceber o que vem pela frente. Ou seja, justamente fugir das “fórmulas mágicas”. Por isso, os fundos multimercado são ativos interessantes agora.
A perspectiva no Brasil mudou: o mercado vislumbra uma queda na curva dos juros, com a maior confiança na retomada da economia e um custo menor de financiamento por parte das empresas.
“Em ciclos, assim, de baixa de juros, muitos fundos multimercado, sobretudo os de gestores qualificados, conseguem desempenhos bem acima do CDI”, diz a consultora de investimentos da Órama, Sandra Blanco, destacando a importância do replanejamento das carteiras de investimento de tempos em tempos, em função da conjuntura.
Há fundos multimercado de risco bem baixo, semelhantes à renda fixa, mas há também fundos com risco elevado, por isso é preciso estar atento na hora de investir, e adequar o planejamento a seus objetivos.
A plataforma da Órama oferece diversos fundos multimercado, como os abaixo, selecionados por Sandra Blanco:
Opportunity Total: fundo com o melhor desempenho nos últimos 36 meses, acumulou uma rentabilidade de 46,21%, enquanto o CDI acumulou no mesmo período 40,51% (dados até 29/07/2016). Com uma gestão ativa e cautelosa para manter o nível de risco moderado, extraiu retornos do mercado cambial, da bolsa americana (S&P), com os juros reais e nominais e até com as distorções dos preços das ações brasileiras.
Tem aplicação mínima de R$ 25 mil, mas está disponível também para o pequeno investidor através do fundo espelho Órama Opportunity Total com aplicação a partir de R$ 1 mil.
Garde D’Artagnan: com uma abordagem fundamentalista, tem o objetivo de atuar no mercado de juros e câmbio. Gerido por uma equipe com mais de 15 anos de experiência no mercado, é indicado para quem busca, além de rentabilidades superiores ao CDI, a preservação do seu capital. Rendeu nos últimos 24 meses 46,73% enquanto o CDI entregou no mesmo período 27,84% (dados até 29/07/2016).
Adam Macro: para investidores que têm interesse em diversificação global e buscam altos retornos no longo prazo. A principal vantagem é a flexibilidade que o gestor tem para escolher onde aplicar o dinheiro e o acesso aos vários mercados – juros, câmbio e ações – de forma a obter altos retornos. Está sob gestão de Marcio Appel, reconhecido pela sua experiência e os resultados obtidos à frente de um dos melhores e maiores fundos da indústria, o Safra Galileo. A aplicação mínima é de R$ 50 mil.