Dólar em alta, planeje a sua viagem!
Os brasileiros que viajaram em julho gastaram 30% menos do que nas férias de julho do ano passado. Ainda assim, mesmo com menos dinheiro no bolso e com o dólar bastante caro, tem muita gente que não abre mão do merecido descanso.
Neste post, vou apresentar algumas estratégias de investimentos que podem ajudar você a guardar dinheiro para conseguir viajar nas próximas férias, mesmo nesse ambiente econômico desfavorável para os brasileiros.
Definir o valor necessário
Esta é a etapa mais difícil na tarefa de elaborar o plano financeiro para quem quer viajar. Principalmente se você não fez nenhuma viagem antes. Estimar os valores de hospedagem, alimentação e passeio sem base alguma é difícil.
O bom é que hoje há muitos sites e blogs especializados em viagens e que dão uma ideia do quanto gastar com estes itens.
Consultar uma agência de viagens também é uma forma de se obter as informações necessárias para definir o valor que vai ser preciso ter disponível para fazer a viagem desejada.
Aplicar em renda fixa para obter ganhos
Com a taxa de juros alta e muitas aplicações de renda fixa remunerando o dinheiro aplicado em mais de 1% líquido ao mês, é possível conseguir um bom impulso no caixa para a viagem.
Por exemplo, para uma viagem estimada em US$ 5.000, será preciso ter R$ 19.000, ao câmbio de R$/USD 3,80. Se for começar do zero, você deverá guardar R$ 3.060 por seis meses. Se esse valor for pesar demais no seu orçamento mensal, adie a viagem por mais seis meses. Aplicando em renda fixa com taxa de liquida de 1% ao mês, com R$ 1.500 por mês, você vai chegar ao valor de R$ 19.000 em um ano.
Mas aqui temos um problema: quanto mais longe ficar a data da viagem, maior o risco da cotação do dólar subir, pois o ciclo de alta dos juros nos Estados Unidos deve ser iniciado ainda este ano, e os fundamentos da nossa economia não sinalizam um fortalecimento do real, que ainda pode depreciar mais.
Proteger-se contra a oscilação cambial
Se proteger contra a desvalorização do real é uma preocupação que quem planeja uma viagem deve ter neste ambiente de volatilidade cambial.
No entanto, a proteção cambial é mais indicada para quem já tem o dinheiro disponível para a viagem, ou pelo menos parte dele. Nesse caso, aplicar em um fundo cambial é uma estratégia para garantir que parte dos recursos já estejam blindados contra uma forte desvalorização do real.
Pacotes e promoções
Em tempos de recessão, surgem muitas promoções de passagens e pacotes de viagens disponíveis para os mais diversos bolsos. Além de bons descontos, as agências de viagens ainda costumam oferecer opções de parcelamento.
Cabe a você pesquisar e acompanhar os jornais, revistas e sites especializados em viagens em busca das boas ofertas.
Dinheiro na carteira
Depois de pensar nas passagens, na hospedagem e até nos passeios, você ainda vai precisar converter algum dinheiro para levar para um lanche na rua, os souvenires ou o táxi.
Se você comprar o dólar ou carregar o cartão pré-pago (travel money) estará pagando a cotação do dólar turismo, que é sempre o mais caro, pois é o dólar negociado nas agências de câmbio e embute custos de transporte e seguro. A diferença de uma casa de câmbio para outra pode ser muito grande, por isso vale gastar um tempo para pesquisar e comparar as melhores taxas.
O dólar comercial costuma ser mais barato, pois é negociado apenas de forma eletrônica, em geral, utilizado nos contratos de importação e exportação. Ainda tem o dólar Ptax calculado pelo Banco Central que é a referência/média dos preços praticados pelas instituições que podem negociar dólar. O dólar paralelo é o valor negociado ilegalmente, sem autorização do Banco Central.
Boa viagem
Na teoria parece bem simples, mas sei que não é uma tarefa fácil, afinal a situação econômica pela qual o país vem passando tem afetado o orçamento de todos os brasileiros. Por isso, quem ainda quiser viajar, vai ter que ter muita disciplina e se empenhar em função deste objetivo.