5 Riscos que as Mulheres Correm ao não Investir

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Em março, quando comemoramos o Dia da Mulher, eu não poderia deixar de voltar ao meu tema de estudo preferido: mulheres e investimentos.  Neste post, vou pontuar os principais riscos que as mulheres correm quando não investem.

Antes, porém, vou apresentar alguns fatos sobre o assunto. Desde que comecei a me envolver com o assunto, há quase 20 anos, ainda não vi a participação das mulheres que investem aumentar de forma significativa. Na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) as mulheres nunca ultrapassaram a marca dos 25% do total de investidores. Na ÓRAMA, ainda são 15%.

Vários estudos confirmaram que tanto a biologia quanto a psicologia femininas contribuem para que sejamos bem sucedidas nos investimentos.  A explicação pelo baixo número de investidoras as mulheres era que elas não trabalhavam e poucas se formavam. No entanto, as mulheres conquistaram espaço no mercado de trabalho e já são mais de 50% nos cursos universitários e de especialização.  Então por que ainda são a minoria quando se trata dos investimentos?

Menos dinheiro para a aposentadoria

Se ao se aposentar você pretende viajar e curtir a vida, então uma boa reserva financeira é necessária. Com o teto atual das aposentadorias pagas pelo INSS em R$ 4.662, será difícil levar a vida dos sonhos.

Para viver confortavelmente ao se aposentar, é preciso ter um valor razoável aplicado em investimentos financeiros, tais como fundos de investimentos e títulos de renda fixa e até previdência privada. Um imóvel bem valorizado não garante esse privilégio.

Para ter um número como meta, multiplique por 12 os gastos mensais e divida pela taxa líquida anual dos investimentos. Para fazer uma estimativa bem conservadora eu utilizo a taxa de 2%. Mas para não desanimar, você pode usar 4%.

É melhor se planejar e investir ao longo dos anos do que se dar conta de que você terá que continuar trabalhando para conseguir manter o padrão de vida quando o tão desejado momento de pendurar as chuteiras estiver se aproximando.

Separação ou divórcio

Muitas mulheres confiam seus investimentos aos maridos ou companheiros. É claro que ninguém entra num relacionamento pensando quanto tempo ele vai durar ou quando ele vai acabar. Porém os dados advertem: mais de metade dos casamentos acabam.  Segundo estatísticas do Registro Civil 2011 divulgadas pelo IBGE, 56,5% dos casais se divorciam antes de completar 15 anos de união.

Deste modo, mesmo que sua relação seja sólida, é importante ter dinheiro investido em seu nome e conhecer a estratégia de investimento adotada. Converse mais sobre o assunto com seu par.

Quando ocorre uma separação e, sobretudo, se existem filhos envolvidos, a carga para a mulher aumenta. Ainda que o ex seja um pai extraordinário e ajude financeiramente, você vai sentir impactos na sua vida financeira.

Viver mais do que o cônjuge ou companheiro

Eu conheci muitas mulheres que quando os maridos faleceram, perderam o chão. Lembro do caso de uma senhora que não sabia nem como pagar a conta de luz e nem como preencher o cheque. Com a evolução do papel da mulher na sociedade, acho difícil que isso aconteça nos dias de hoje. Todavia, ainda conheço mulheres que não trabalham e são totalmente dependentes de seus maridos.

Conforme dados do IBGE de 2010, a expectativa de vida da mulher chega a 77,3 anos, o que significa que a mulher vive, em média, oitos anos a mais do que os homens. Lembrando que com a idade, os custos com saúde aumentam. Diante disso, conseguir algum grau de independência e conhecer as finanças e investimentos da família é importante.

Depender dos filhos ou netos

Nos Estados Unidos as mulheres morrem de medo de acabarem sem casa, perambulando pelas ruas da cidade com seus pertences em sacolas. Esse temor é conhecido como a Síndrome da Bag Lady. Aqui, esse sintoma não é comum. Talvez porque os laços familiares sejam mais fortes e, na pior das hipóteses as mulheres acabam morando com seus filhos, netos ou outro parente.

De qualquer maneira, as mulheres modernas não desejam se tornar dependente dos filhos ao se aposentar ou perder o emprego.

Perder emprego

Dada a atual situação de baixo crescimento econômico em que o país se encontra, com recessão já prognosticada, é esperado que o nível de desemprego se eleve. Temos visto nos jornais que muitas empresas estão demitindo.

Para perpassar momentos mais turbulentos, como a perda do trabalho, de maneira mais tranquila recomenda-se ter pelo menos seis salários investidos em produtos conservadores de fácil acesso. Você vai precisar de tempo e foco para pesquisar as agências de recolocação, mandar currículos e até fazer cursos de atualização.

 

Você corre algum dos riscos acima e ainda não tinha pensado sobre o assunto? O que vai fazer para não ficar vulnerável?

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