Investimentos em Novembro de 2014
Novembro foi marcado pelos rumores sobre os nomes que iriam compor a equipe econômica do governo. Os mercados de juros, moedas e ações oscilaram de acordo com os boatos sobre as possíveis nomeações para o Ministério da Fazenda. O nome de Joaquim Levy agradou os agentes do mercado.
A Bolsa acabou recuperando as perdas que vinha acumulando durante o mês, de um mal-estar pós-eleição, com preços dos papéis muito depreciados, por isso, atrativos. A nomeação da nova equipe econômica foi interpretada como uma sinalização de que os problemas da economia começarão a ser acertados e a Bolsa começou a andar por antecipação. O Ibovespa subiu 0,18%. A alta é decorrente principalmente do desempenho das ações do setor financeiro que se beneficiam com a alta da taxa de juros e com a indicação de Joaquim Levy para ministro da Fazenda. As BDRs, ações de empresas estrangeiras negociadas na Bovespa, acompanharam a alta das bolsas estrangeiras e ainda foram impulsionadas pela valorização do dólar. Já as ações das empresas ligadas ao setor elétrico subiram por causa dos reajustes de tarifa autorizados pela a ANEEL em diversos estados.
A alta do Ibovespa poderia ter sido maior, no entanto foi contida pela forte desvalorização dos papéis da Petrobras, que caíram mais de 13% diante dos escândalos de fraude e corrupção envolvendo a companhia e também pela queda do preço do petróleo. A estatal, pela primeira vez, não entregou balanço no prazo estipulado pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários). As ações da Vale também se depreciaram diante da queda do preço do minério que cedeu frente aos dados de desaceleração da economia global, sobretudo com os dados da China.
Cenário externo
Europa e Ásia entregaram dados ruins no penúltimo mês do ano. Em resposta ao fraco desempenho, as principais economias destas regiões anunciaram programas de expansão de liquidez como maneira de reaquecer a economia. A economia americana divulgou dados mistos, mas os investidores têm visto com bons olhos o processo de recuperação do país que é considerado bom quando comparado ao de outras economias importantes.
A melhora relativa da economia americana contribuiu para a valorização do dólar, que subiu em relação às principais moedas do mundo. As bolsas americanas também subiram e atingiram novos recordes históricos. O S&P subiu 2,45%.
Os números do mês
O dólar registrou alta de 3,79% frente ao real. A variação do CDI foi de 0,84%. O rendimento da poupança foi de 0,55%. O Ibovespa subiu 0,18%.
Os Fundos Órama de destaque no mês
Diante do exposto acima, os Fundos Órama com melhor performance no mês foram:
Órama IP Participações < 3,67 >
O fundo Órama IP Participações foi o melhor da plataforma Órama no mês. O bom desempenho é resultado da alocação em BDRs, ações de empresas estrangeiras negociadas na Bovespa. Os destaques da carteira foram as BDRS de Amazon que subiram mais de 20% e Berkshire Hathaway (empresa do megainvestidor Warren Buffett), com de 9,62%. Wells Fargo subiu 4,68% e American Express, 5,53%.
Órama Pacífico Ações < 3,51 >
O bom resultado do fundo Órama Pacífico Ações é explicado pelas posições em ações do setor financeiro, como Itausa e Cielo, que subiram respectivamente 7,49% e 10,76% e Equatorial Energia que registrou alta de 10,98%.
Órama Studio < 2,93 >
O desempenho do fundo Órama Studio é explicado principalmente pela exposição do fundo no setor de consumo que registrou alta de 2,33% e financeiro, 5,04%.
Órama GAP Absoluto < 2,58 >
O fundo Órama Gap Absoluto ganhou em novembro com o as posições compradas em juros prefixados, para se ter uma ideia a variação do IMA-B, carteira teórica composta por NTN-Bs, subiu 2,14% . A estratégia com ações também adicionou rentabilidade ao Fundo.
Órama BNY Mellon ARX Income < 2,12 >
A rentabilidade do Fundo Órama BNY Mellon ARX Income no mês é atribuída à alta das ações do setor bancário como Itaú (6,28%) e Bradesco (7,44%) e também Frigorifico Marfrig (13,34%) e Suzano Papel e Celulose (6,46%).
Perspectivas para dezembro e recomendações para seus próximos investimentos
Os movimentos dos mercados vão depender das medidas tomadas pela nova equipe econômica, das indicações para o Tesouro e secretarias, o posicionamento da presidente e se a credibilidade vai ser reconquistada. No mercado externo, os investidores estão demonstrando menor aversão ao risco e a Bovespa ainda com preços atraentes, há boas oportunidades na Bolsa.
Para os investidores conservadores
Nos próximos meses aconselho os investidores conservadores a aplicar em produtos que acompanhem a alta da taxa de juros. Minhas recomendações são o Órama DI Tesouro Master, que aplica em LFTs, os títulos do Tesouro Direto que não admitem variações negativas e rendem mais quando a taxa de juros sobe. As Letras de Crédito, LCIs e LCAs, atreladas ao CDI também são uma opção para estes investidores.
Para os investidores moderados
Aos investidores com perfil de risco moderado, que buscam retornos acima da renda fixa no médio ou longo prazo, sugiro para as próximas aplicações os fundos Órama BTG Pactual Hedge Plus, Órama Opportunity Total e Órama GAP Absoluto.
Para os investidores agressivos
Os investidores com perfil de risco agressivo e com horizonte de investimento de longo prazo, cinco anos ou mais, podem aplicar nos fundos Órama JGP Equity, Órama Bogari Value e Órama STK Ações.
Bons investimentos e até o próximo mês.