Conselhos aos Jovens Investidores
Com a queda das ações de grandes empresas brasileiras nos últimos anos, muitos jovens estão saindo da Bolsa, conforme reportagem do jornal O Globo*. Desistindo da Bolsa, deixarão passar excelentes oportunidades e terão que se esforçar mais para maximizar os ganhos ao longo dos anos que estão pela frente. Na mesma matéria uma jovem investidora relata que perdeu metade do que aplicou em ações em 2010 e que agora aplicará na caderneta de poupança, não voltando mais a investir na Bolsa. Será que ela está agindo corretamente? O que eu diria a ela?
O horizonte de investimento tem que ser de longo prazo
Três anos é médio prazo; longo prazo é mais de cinco. Não dá para avaliar os resultados de investimento em ações antes disto. Bolsa é para investir o dinheiro que está acumulando para a aposentadoria ou a poupança dos filhos.
Nunca investir todo seu dinheiro em Bolsa
Comece com um percentual de 10%. 50% ou mais é só para quando você tiver experiência e mais recursos disponíveis. Nunca venda um carro ou um imóvel para aplicar em ações, mesmo diante de cenário favorável, pois qualquer desvalorização será motivo para uma histórica fatídica “perdi um carro (ou um apartamento) na Bolsa”.
Diversificar é mesmo muito importante
Nunca coloque todos os ovos na mesma cesta. Assim sendo, investir em fundos de ações é a melhor opção, pois uma diversificação eficiente só é alcançada por profissionais com qualificação, informação e tecnologia.
Defina um valor máximo de perda
Ganhar 10% num mês investindo em ações é possível assim como perder 10% ou 30% num ano. Definir a perda máxima ajuda a tomar decisões em momentos difíceis e evita perdas expressivas como a de 50% da jovem investidora. Quem opta por fundos de ações, no entanto, não precisa se preocupar, pois o gestor utiliza controles de risco e até mesmo stop loss (mecanismo que dispara uma ordem de venda quando um valor mínimo e predefinido é atingido).
Faça aportes regulares
Pode ser todo mês, trimestralmente ou a cada ano, mas somente as aplicações periódicas aceleram a recuperação e potencializam os ganhos.
Talvez, com exemplos, fique mais clara a diferença que faz a disciplina dos aportes, principalmente para os mais jovens. Três investidores aplicaram R$ 20 mil no início do ano de 2008 em produtos de risco, ações e fundos de ações, e todos tiveram uma perda significativa naquele ano, quando o Ibovespa caiu 41,22%. Porém, depois de cinco anos, estratégias diversas resultaram em retornos distintos, veja gráfico abaixo:
O investidor A realizou o prejuízo e migrou para caderneta de poupança e, assim como a jovem investidora, não quer mais saber de Bolsa. Decidiu que daquele momento em diante gastaria tudo o que ganhasse. Ao final do primeiro semestre de 2013, acumulava aproximadamente R$ 16 mil na poupança, ou seja, ainda perdia mais de 20% do valor aplicado.
O investidor B, manteve a calma e a disciplina, aplicando R$ 5 mil em ações todo ano, independentemente do cenário. Assim, ao final do primeiro semestre de 2013 acumulava R$ 36 mil, resultado melhor do que o obtido pelo investidor A. Perdas com investimento em ações só podem ser recuperadas investindo em ações.
Mas o investidor que obteve o melhor resultado foi o C, que investiu num bom fundo de ações e fez aportes de mais R$ 5 mil por ano. Ao final do primeiro semestre de 2013 acumulava mais de R$ 93 mil líquido de imposto de renda sobre os ganhos.
Portanto, jovem investidor, sempre há boas oportunidades no mercado de ações. O que você precisa para maximizar a rentabilidade dos seus investimentos é ter disciplina. Minha sugestão é que você conheça os Fundos de Ações da ÓRAMA e tire proveito do tempo que tem pele frente. Qualquer dúvida, entre em contato comigo através do canal Fale com a Sandra, no site da Órama.
* Você Investe de 29/07/2013, por Bruno Villas Boas.