Reunião de Lula com ministros para tratar da Petrobras é destaque do dia

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NESTA MANHÃ
  • Hoje, em dia de agenda esvaziada, o mercado acompanha atentamente a reunião do presidente Lula e ministros para tratar dos imbróglios recentes referentes à Petrobras. No exterior, o discurso de Neel Kashkari, dirigente do Fed, é o destaque. 
  • As bolsas na Ásia fecharam majoritariamente em alta, após Wall Street encerrar a última semana com um rali, na esteira de dados surpreendentemente fortes do mercado de trabalho americano. Assim, o Hang Seng subiu 0,05%, o Nikkei avançou 0,91% e, na contramão, o Xangai Composto recuou 0,72%.
  • Na Europa, as bolsas operam majoritariamente em alta, em uma semana que trará a decisão de juros do Banco Central Europeu e novos dados da inflação dos EUA. Nesse cenário, o Stoxx 600 sobe 0,21%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street sinalizam abertura mista do pregão.
  • O rendimento do T-Note de 10 anos está em 4,44%.
  • Os contratos futuros do Brent recuam 0,63%, a US$ 89,56 o barril.
  • O ouro sobe 0,47%, a US$ 2.340,82 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 73,6 mil.
AGENDA DO DIA
  • 10:30   Brasil:  Produção e Vendas de Veículos (Mar)
  • 20:00   EUA: Discurso de Neel Kashkari, membro do FOMC 

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
MERCADOS NO BRASIL

O noticiário da sexta-feira (05) espelhou uma semana agitada para os negócios aqui e lá fora, com predomínio do tom conservador nos negócios. Com o mercado de trabalho americano ainda bastante aquecido, incerteza sobre início do ciclo de corte de juros nos EUA e as dúvidas sobre o futuro da presidência Petrobras, o Ibovespa fechou em baixa de 0,50%, aos 126.795,41.

Os juros futuros ampliaram o ritmo de alta. Além do avanço dos yields dos Treasuries e do dólar, as taxas locais foram afetadas por dados fiscais ruins, pela alta do petróleo, assim como os ruídos envolvendo a Petrobras, que continuam respingando também na renda fixa. Nos momentos de maior estresse da sessão, a curva chegou a projetar Selic terminal de 10% e encerra a semana com ganho de quase 25 pontos-base na inclinação da curva.

O dólar à vista se firmou na alta, em sintonia com o fortalecimento global da moeda americana e encerrou a sessão de sexta-feira (05), subindo 0,28%, cotado a R$ 5,0650.

MERCADOS NO EXTERIOR

As bolsas de Nova York ampliaram os ganhos na sexta (05), deixando de lado o payroll acima da média e comentários de membros do Federal Reserve sobre eles aumentaram as dúvidas sobre quando terá início o corte de juros americanos. Assim, o  índice Dow Jones subiu 0,80%, o S&P 500 ganhou 1,11% e o Nasdaq avançou 1,24%. Na semana, no entanto, as referências perderam 2,27%, 0,95% e 0,80%, respectivamente.

Os conflitos geopolíticos permaneceram no radar, sem muitas atualizações. O mercado ainda se move de olho na probabilidade de um ataque iraniano a Israel, e isto elevou os preços do ouro a novos recordes históricos. O mesmo impulsionou os preços do petróleo Brent, que voltou a ficar acima dos US$ 91 pelo barril.

Em meio ao cenário de cautela, os rendimentos dos Treasuries se mantiveram em alta robusta. Com isso, o retorno da T-note de 2 anos subia a 4,745%; o juro da T-note de 10 anos tinha alta a 4,396%; e o do T-bond de 30 anos subia a 4,551%. A ferramenta do CME Group, inclusive, passou a projetar início do ciclo de queda somente em julho.

O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou alta de 0,17%, a 104,298 pontos, mas teve queda de 0,24% na comparação semanal.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

O resultado primário do setor público consolidado foi deficitário em R$48,7 bilhões em fevereiro, ante déficit de R$26,5 bilhões no mesmo mês de 2023. O chefe do departamento de estatísticas do BC, Fernando Rocha, explica que o resultado de fevereiro foi influenciado negativamente pela antecipação do pagamento de precatórios no montante de R$ 29,4 bilhões. Rocha disse que esse resultado não afetará a dinâmica do ano porque em 2023 houve um pagamento de precatório em maio.

INDICADORES ECONÔMICOS NO EXTERIOR

O payroll, publicado pelo Departamento do Trabalho dos EUA, aponta a criação de 303 mil empregos em março, em termos líquidos. O resultado ficou bem acima do teto das expectativas de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, que variavam de 150 mil a 245 mil postos de trabalho, com mediana de 200 mil. A taxa de desemprego no país recuou para 3,8% em março, ante 3,9% em fevereiro. A previsão era de que a taxa permaneceria em 3,9% no mês passado. Em março, o salário médio por hora teve alta de 0,35% em relação a fevereiro, ou US$ 0,12, a US$ 34,69, variação que ficou um pouco acima da projeção do mercado, de 0,30%. Na comparação anual, houve ganho salarial de 4,14% no último mês, levemente superior à previsão de 4,10%.

FALAS DE DIRIGENTES DO FED

A diretora do Federal Reserve (Fed), Michelle Bowman, comentou que seu cenário-base não inclui altas nos juros há alguns meses, mas disse que, eventualmente, o quadro na economia ainda poderia justificar essa elevação. Para Bowman, há incertezas em relação ao nível neutro de juros, que pode estar mais alto depois da pandemia. “Se for esse o caso, serão eventualmente apropriados menos cortes nas taxas para devolver a orientação da nossa política monetária a um nível neutro”, explicou. (Broadcast)

POLÍTICA NO BRASIL

O presidente Lula convocou ontem (07) uma reunião para tratar da Petrobras no Palácio da Alvorada. Os ministros da Fazenda, Casa Civil, Minas e Energia e o Secretário de Comunicação foram chamados para o encontro. As discussões em torno do tema devem se intensificar nos próximos dias, uma vez que faltam pouco mais de duas semanas para a eleição do conselho de administração da companhia, marcada para ser realizada no dia 25 de abril. (Valor)

O cenário de queda de popularidade e de crises internas do governo têm acuado a equipe do presidente Lula, que demora, por exemplo, para formalizar a apresentação dos projetos de regulamentação da reforma tributária. À revelia do Ministério da Fazenda, as frentes parlamentares já apresentaram três propostas para garantir seus interesses e digitais no regramento do imposto seletivo, na desoneração da cesta básica  nos contratos de longo prazo. Enquanto isso, a equipe econômica ainda não enviou nenhuma proposta. (Estadão)

O pagamento integral dos dividendos pela Petrobras pode ajudar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a garantir um espaço fiscal adicional no Orçamento de cerca de R$ 50 bilhões de despesas até o final do governo. Se o pagamento dos R$ 43, 9 bilhões de dividendos for integral, o ministro Haddad reforça o caixa em R$ 12,59 bilhões, a tempo de conseguir condições favoráveis de receita para poder usufruir do aumento de cerca de R$ 15,7 bilhões em despesas autorizado pelo novo arcabouço fiscal a partir de maio. Como a elevação do espaço fiscal é permanente no orçamento, Lula garante mais R$ 50 bilhões para gastos em investimentos em três anos (2024 a 2026). Sobre esse valor incide a correção do IPCA e o crescimento real dos gastos. O tema é considerado estratégico porque a regra prevista no arcabouço é específica para 2024. Se o governo não aproveitar as condições para fazer neste ano, perde a oportunidade. (Folha)

O governo quer tributar as grandes empresas de tecnologia, as chamadas “big techs”, ainda este ano, e discute quatro formas de taxação (O Globo):

  • O pagamento pelo uso de rede de telefonia (Fair Share);
  • A criação de uma contribuição para o jornalismo;
  • A cobrança de uma taxa de vídeo “on demand”; 
  • A aplicação de um imposto sobre a renda junto com a regulamentação da reforma tributária.
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