Divulgação de Pesquisa Mensal da Indústria e Relatório de Emprego ADP são os principais eventos do dia
NESTA MANHÃ
- Hoje a atenção se volta para a divulgação da Pesquisa Mensal da Indústria, no Brasil, com expectativa de alta de 0,3%. No exterior, o foco se dá no relatório de emprego ADP e no discurso do presidente do Fed no início da tarde.
- As bolsas na Ásia fecharam em baixa, seguindo o comportamento de Wall Street, que teve ontem seu pior desempenho diário em semanas, em meio à preocupações com a trajetória de juros dos Estados Unidos. Nesse sentido, o Xangai Composto registrou queda de 0,18%, o Hang Seng recuou 1,22% e o Nikkei caiu 0,97%.
- Na Europa, as bolsas europeias operam sem direção única, enquanto investidores digerem os últimos dados de inflação da Zona do Euro, que vieram abaixo do esperado e melhoram as chances de que o Banco Central Europeu sinta confiança de reduzir juros nos próximos meses. Assim, o Stoxx 600 registra queda de 0,01%.
- Os futuros dos índices de ações de Wall Street sinalizam queda na abertura do pregão.
- O rendimento do T-Note de 10 anos está em 4,36%.
- Os contratos futuros do Brent recuam 0,14%, a US$ 88,49 o barril.
- O ouro recua 0,33%, a US$ 2.272,87 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$ 67,4 mil.
AGENDA DO DIA
- 09:00 Brasil: Produção Industrial (Fev) | Expectativa: 0,3%
- 09:15 EUA: Variação de Empregos Privados ADP (Mar)
- 10:00 Brasil: PMI do Setor de Serviços S&P Global (Mar)
- 10:45 EUA: PMI do Setor de Serviços (Mar)
- 11:00 EUA: PMI ISM Não-Manufatura (Mar)
- 13:10 EUA: Discurso de Powell, Presidente do Fed
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
MERCADOS NO BRASIL
Tensões geopolíticas e dados fortes da China impulsionaram o preço do petróleo e do minério de ferro, de modo que Petrobras (ON +2,72% e PN +2,58%) e Vale (ON +1,18%) registraram altas significativas. Assim, o índice brasileiro se descolou das bolsas internacionais e o Ibovespa terminou o dia aos 127.548,52 pontos, valorização de 0,44%.
Os juros futuros abriram em linha com o aumento dos rendimentos dos treasuries, refletindo também o incômodo com a questão fiscal doméstica. O impasse em torno da reoneração da folha dos municípios inspira certa cautela, pelo potencial peso de até R$ 10 bilhões por ano nos cofres da União.
No câmbio, a demanda por proteção cambial no segmento futuro, em razão de fatores técnicos e ruídos políticos, quase anulou o efeito da intervenção do Banco Central com venda de 1 bilhão de swap cambial adicional e da baixa do dólar no exterior. A moeda americana à vista terminou praticamente estável, aos R$ 5,0580 (-0,02%).
MERCADOS NO EXTERIOR
Em Nova York, os principais índices caíram forte, diante de dados de emprego e indústria que apontaram contínua solidez da economia americana, o que somado aos discursos de dirigentes do Fed, consolidou a percepção de que o FOMC não terá pressa em cortar os juros. Assim, o Dow Jones recuou 1%, S&P 500 -0,72% e o registrou perdas de 0,95%.
A cautela do Fed impulsionou mais uma vez os yields dos Treasuries de prazo mais longo, com o rendimento da T-note de 10 anos atingindo na máxima o nível psicológico de 4,4%, algo que não acontecia desde novembro de 2023.
Nesse cenário, o índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, fechou em baixa de 0,19%, a 104,816 pontos.
INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL
A mediana das projeções do mercado para o crescimento da economia brasileira em 2024 voltou a subir pela 7ª semana consecutiva, de 1,85% para 1,89%, segundo o Relatório Focus, do Banco Central (BC). Destaque positivo também para as estimativas para o resultado primário (% do PIB) que melhorou de um déficit de 0,75% para um resultado negativo de 0,70%.
Em fevereiro de 2024, os preços da indústria variaram 0,06% frente a janeiro de 2024, o primeiro resultado positivo nesse indicador após três meses no campo negativo. Nessa comparação, 14 das 24 atividades industriais tiveram variações positivas de preços. O acumulado no ano foi de -0,18%, enquanto o acumulado em 12 meses ficou em -5,16%. Em fevereiro de 2023, o IPP havia sido de -0,29%. O Índice de Preços ao Produtor (IPP) das Indústrias Extrativas e de Transformação mede os preços de produtos “na porta de fábrica”, sem impostos e fretes, e abrange as grandes categorias econômicas. (IBGE)
INDICADORES ECONÔMICOS NO EXTERIOR
A abertura de postos de trabalho nos Estados Unidos (JOLTS) avançou de 8,748 milhões em janeiro a 8,756 milhões em fevereiro, informou o Departamento do Trabalho americano. Analistas ouvidos pela FactSet previam 8,770 milhões.
FALAS DE DIRIGENTES DO FED
As presidentes do Federal Reserve (Fed) em São Francisco, Mary Daly, e em Cleveland, Loretta Mester, discursaram na tarde de ontem (02). Daly disse que não vê urgência para reduzir as taxas, e que concorda com a visão de três cortes até o fim do ano, a depender de como a inflação se comporta. Mester, por sua vez, destacou que tem sim visto progresso na redução da inflação, mas disse que o número permanece muito acima do ideal. A visão geral do mercado, então, permaneceu inalterada segundo o monitoramento do CME Group, que vê o primeiro corte em junho e redução de 75 pontos-base até fim do ano (Broadcast)
POLÍTICA NO BRASIL
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse nesta terça-feira (02) que a retirada da reoneração da folha de pagamentos dos municípios com até 156 mil habitantes da MP (medida provisória) 1.202 de 2023 não é um “ato de irresponsabilidade fiscal”. A fala se deu depois de o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defender um pacto para reequilibrar as contas públicas. Mais cedo, Haddad e o líder do Governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), negaram que foram comunicados antecipadamente sobre a decisão de Pacheco. Agora, o presidente do Senado afirmou que avisou o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, antes de tomar a atitude. (Poder360)
A ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou que está na mesa a rediscussão da meta fiscal de 2024 e 2025. Em relação a este ano, ela explicou que a reavaliação é feita “mês a mês”. Sobre a meta do ano que vem, disse que vai depender, principalmente, das medidas de receita. (Valor)
O Ministério de Minas e Energia decidiu acrescentar na medida provisória (MP) que pretende garantir a redução de até 4% na conta de luz a extensão de subsídios que acabam impactando diretamente as tarifas de energia e são pagos pelos consumidores. A minuta do texto estende por 36 meses o prazo para que projetos de geração de energia renovável com subsídios do governo entrem em operação no país. A MP está em discussão no governo e, segundo o ministro Alexandre Silveira, será publicada na próxima semana. (O Globo)
O governo federal dará desconto de até 80% nas dívidas do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) decorrentes do abatimento, na base de cálculo desses tributos, de subvenções para custeio concedidas por governos estaduais. As empresas que utilizaram esses benefícios poderão aderir a um programa de autorregularização da Receita Federal que será aberto no próximo dia 10. (Valor)
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