Discursos de dirigentes do Fed e relatório JOLTs são os destaques do dia

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NESTA MANHÃ
  • Hoje o mercado acompanha os discursos de dirigentes do Fed e a divulgação do relatório JOLTs, no exterior. No Brasil, a expectativa é pela divulgação do Boletim Focus
  • As bolsas na Ásia fecharam mistas, com ganhos liderados por Hong Kong em meio ao entusiasmo com a estreia da Xiaomi no mercado de veículos elétricos. Na volta do feriado de Páscoa, o índice Hang Seng subiu 2,36%, enquanto o Xangai Composto registrou recuo de 0,08% e o Nikkei teve alta de 0,09%.
  • Na Europa, as bolsas europeias iniciaram o 2° trimestre em alta, mantendo o tom positivo dos primeiros três meses de 2024. Nesse cenário, investidores monitoram uma série de dados econômicos da região em busca de indícios de quando poderão vir os primeiros cortes do Banco Central Europeu e do Banco da Inglaterra.  
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street sinalizam queda na abertura do pregão.
  • O rendimento do T-Note de 10 anos está em 4,35%.
  • Os contratos futuros do Brent recuam 0,14%, a US$ 87,83 o barril.
  • O ouro sobe 0,47%, a US$ 2.261,51 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 67 mil.
AGENDA DO DIA
  • 08:25   Brasil: Relatório Focus
  • 09:00   Brasil: Índice de Preços ao Produtor – IPP (Fev)
  • 11:00   EUA: Ofertas de Emprego JOLTs (Fev)
  • 11:10   EUA: Discurso de Bowman, Membro do FOMC 
  • 13:00   EUA: Discurso de Williams, membro do FOMC 
  • 13:05   EUA: Discurso de Mester, membro do FOMC 
  • 14:30   EUA: Discurso de Daly, Membro do FOMC 

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
MERCADOS NO BRASIL

Na volta do feriado, a cautela prevaleceu sobre os mercados globais e o Ibovespa interrompeu a sequência de duas recuperações e voltou a fechar abaixo dos 127 mil pontos. Nesta abertura de abril, o índice caiu 0,87%, a 126.990,45 pontos. Dados fortes da indústria dos Estados Unidos divulgados ontem, somados à fala cautelosa do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, na última sexta-feira, 29, lançam dúvidas sobre a magnitude de eventual ciclo de cortes de juros neste ano nos EUA.

A disparada do retorno dos Treasuries e o aumento da pressão no câmbio acabaram por afetar principalmente os vértices longos que chegaram a abrir 12 bps. Com a ponta curta praticamente estável, a curva de juros doméstica ganhou inclinação no fim do dia.

O dólar à vista no Brasil iniciou a semana em forte alta de  0,88%, cotado a R$5,0590, acompanhando a onda de valorização da moeda americana no exterior.

MERCADOS NO EXTERIOR

O aumento das tensões geopolíticas no Oriente Médio se somaram aos dados mais fortes do PMI americano e aos eventos de sexta (PCE e discurso do Jerome Powell) levando a um pregão no qual a cautela prevaleceu. Assim, o índice Dow Jones recuou 0,60% e  S&P 500 caiu 0,20%. O Nasdaq, por sua vez,  subiu 0,11%, puxado pelo setor de AI.

O ataque israelense ao consulado iraniano na cidade de Damasco, na Síria, impulsionou os preços do ouro, que renovou máxima histórica,  e elevou o petróleo ao maior nível desde outubro. Com a incerteza da guerra novamente no radar, e com a visão de que o ciclo de flexibilização pode não ser tão forte como o esperado, os retornos dos Treasuries avançaram. 

Na mesma linha, o índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou alta de 0,45%, a 105,019 pontos.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

O índice de gerentes de compras (PMI) que mede a atividade industrial do Brasil caiu para 53,6 na leitura com ajuste sazonal de março, após marcar 54,1 em fevereiro.  Apesar do recuo, o índice se mantém acima dos 50 pontos, o que indica crescimento do setor, na margem. A leitura de março ficou novamente acima da média de longo prazo da série (50,6), conforme destacou a S&P em nota.

INDICADORES ECONÔMICOS NO EXTERIOR

O índice de atividade industrial dos Estados Unidos elaborado pelo Instituto para Gestão da Oferta (ISM) subiu de 47,8 em fevereiro para 50,3 em março. Com isso, o indicador entra em território de expansão (isto é, acima de 50,0) pela primeira vez desde setembro de 2022, disse o ISM. O resultado também ficou acima das projeções de analistas ouvidos pela FactSet, que esperavam um avanço menor, a 48,5.  A percepção de aquecimento da economia americana vem em momento no qual o mercado tem se posicionado para início do processo de cortes dos juros americanos em junho.

GEOPOLÍTICA

Um ataque aéreo israelense destruiu o consulado do Irã na Síria, matou dois generais iranianos e outros cinco militares, nesta segunda-feira (01). O ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amir-Abdollahian, disse em uma ligação com seu colega sírio, que o governo iraniano considera Israel responsável pelas consequências do ataque ao consulado do Irã em Damasco. O ataque pode significar uma escalada surpreendente do conflito no Oriente Médio que colocaria Israel contra o Irã e seus aliados. (CNN / Broadcast)

POLÍTICA NO BRASIL

A Comissão de Sistematização criada pelo Ministério da Fazenda para tratar dos projetos de lei que regulamentarão a reforma tributária do consumo concluiu seus trabalhos na quinta (28). Agora a secretaria extraordinária liderada por Bernard Appy trabalha na finalização dos textos. A expectativa é que os projetos não cheguem ao Congresso antes do dia 15, data com que a Casa chefiada por Arthur Lira (PP-AL) tem trabalhado. (Valor)

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, sugeriu ao presidente Lula e ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o uso de recursos do Orçamento Geral da União, para baratear a conta de luz dos consumidores. Além disso, o ministro disse que o governo avalia o uso de recursos de leilões de petróleo para minimizar os impactos. (O Globo)

O presidente do Senado decidiu derrubar a reoneração da folha de pagamento dos municípios, prevista para valer a partir de ontem (1). A MP 1.202 previa que a alíquota de contribuição previdenciária das prefeituras aumentaria de 8% para 20%. Em despacho, Pacheco prorrogou a MP por mais 60 dias, mas decidiu que o dispositivo específico sobre os municípios não será prorrogado, defendendo que a medida deve ser proposta via projeto de lei. (Estadão)

O STF adiou o julgamento dos chamados embargos de declaração da revisão da vida toda, que permitia a aposentados e pensionistas do INSS incluir salários antigos nos cálculos de seus benefícios para aumentar a renda mensal. A sessão para analisar os embargos seria nesta quarta (03). (Folha)

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