Dia é marcado por agenda esvaziada diante do feriado de Páscoa
NESTA MANHÃ
- Hoje, diante do feriado de Páscoa, que contribuiu para que não haja negociação em algumas bolsas, o dia conta apenas com a divulgação dos PMIs da Indústria no Brasil e nos Estados Unidos.
- As bolsas na Ásia fecharam sem direção única, à medida que dados animadores de manufatura impulsionaram as ações chinesas e uma pesquisa desfavorável de confiança pesou nos negócios em Tóquio. Assim, o Xangai Composto subiu 1,19%, enquanto o Nikkei recuou 1,40%. Em Hong Kong, não houve negociações no Hang Seng devido ao feriado da Páscoa.
- Na Europa, não houve pregão por conta do feriado de Páscoa.
- Os futuros dos índices de ações de Wall Street sinalizam alta na abertura do pregão.
- O rendimento do T-Note de 10 anos está em 4,19%.
- Os contratos futuros do Brent recuam 0,14%, a US$ 86,83 o barril.
- O ouro sobe 0,84%, a US$ 2.252,90 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$ 70 mil.
AGENDA DO DIA
- 10:00 Brasil: PMI Industrial S&P Global (Mar)
- 11:00 EUA: PMI Industrial (Mar)
- 19:50 EUA: Discurso de Lisa Cook, dirigente do Fed
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
MERCADOS NO BRASIL
Na quinta-feira (28) antes do feriado, o Ibovespa conseguiu subir 0,33% e fechar aos 128.106,10 pontos, impulsionado pelos ganhos da Petrobras (ON +2,46%, PN +2,22%), em linha com a valorização em torno de 2% do petróleo no exterior. A queda do índice de referência da B3 em março foi de 0,71% e no ano as perdas chegam a 4,53%.
O mercado de juros terminou a semana com viés de alta em toda a estrutura, embora o movimento seja comportado frente ao visto no câmbio e nos Treasuries. No último pregão, contudo, as variações foram mais contidas, visto que as taxas já haviam incorporado nos dias anteriores um cenário mais conservador. Assim, os indicadores do mercado de trabalho e o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) já não tinham mais espaço para ressoar nos preços.
O dólar à vista voltou a superar os R$ 5,00, subindo 0,72%, cotado a R$ 5,0150. nesta quinta-feira, (28). O dia foi marcado por nova onda de fortalecimento da moeda americana tanto em relação a divisas fortes quanto emergentes. O sentimento de cautela prevaleceu à medida que o mercado esperava os dados de inflação e falas de membros do FOMC na sexta, feriado em diversos países.
MERCADOS NO EXTERIOR
No último dia do primeiro trimestre, as bolsas de Nova York fecharam sem direção única, mas S&P 500 (0,11%) e Dow Jones (0,12%) renovaram máximas históricas, confirmando os ganhos de mais de 10% do S&P 500 nos três meses iniciais de 2024, o melhor trimestre desde 2019. Os resultados foram impulsionados pela euforia com o setor de inteligência artificial. Em meio a uma rodada de dados mistos, que teve queda maior do que o esperado do Índice PMI, e melhora do sentimento do consumidor, o Nasdaq recuou levemente 0,12%.
Em dia de operações reduzidas às vésperas do feriado de Páscoa e às vésperas do PCE do discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, os rendimentos dos Treasuries também fecharam sem um sentido único.
As expectativas por cortes de juros em junho continuaram impulsionando os preços do ouro, que renovou máxima de fechamento, ficando acima de US$ 2.240 por onça-troy. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrava alta de 0,19%, a 104,547 pontos. Em todo o trimestre atual, o DXY avançou 3,17%, e no mês de março a alta foi de 0,38%.
INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL
Sem surpresas, o Banco Central manteve inalteradas as suas projeções de inflação para 2024, 2025 e 2026, atualmente em 3,5%, 3,2% e 3,2%, respectivamente, segundo o Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado na quinta (28). Em comparação com o RTI de dezembro, a probabilidade de a inflação de 2024 exceder o limite superior da meta caiu de 24% para 19%, segundo o BC. Para 2025 e 2026, a autoridade monetária manteve inalteradas as probabilidades de estouro da meta, em 17%.
A taxa média de desemprego no Brasil subiu a 7,8% no trimestre encerrado em fevereiro, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (28). O resultado veio em linha com as expectativas do mercado, segundo levantamento da Reuters, que também esperava um crescimento de 7,8%.
INDICADORES ECONÔMICOS NO EXTERIOR
Na sexta (29) foi divulgado o PCE, índice de preços de gasto com consumo, que registrou variação mensal de 0,3% em fevereiro. O número veio abaixo dos 0,4% esperados pelo mercado. Enquanto isso, o núcleo do PCE registrou também alta de 0,3%, dessa vez em linha com a expectativa dos economistas.
O número de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos teve uma leve baixa de 2 mil na semana encerrada em 23 de março, a 210 mil. O resultado ficou acima da expectativa de analistas consultados pela FactSet, que previam 215 mil solicitações. O total de pedidos da semana anterior foi revisado para cima, de 210 mil para 212 mil.
O índice de gerentes de compras (PMI) dos Estados Unidos medido pelo ISM de Chicago caiu de 44,0 em fevereiro para 41,4 em março. O resultado deste mês veio abaixo da previsão de analistas consultados pela FactSet, que previam alta do indicador a 46,0. (Broadcast)
O índice de sentimento do consumidor nos Estados Unidos, elaborado pela Universidade de Michigan, avançou de 76,9 em fevereiro a 79,4 na leitura final de março. O resultado contrariou a leitura preliminar e as expectativas de analistas ouvidos pela FactSet, que previam recuo a 76,7 no período. (Broadcast)
Jerome Powell, presidente do Fed, discursou na sexta (29), trazendo uma mensagem de cautela ao afirmar que os dirigentes não veem como apropriado cortar taxas de juros até que conquistem confiança de que a inflação está em trajetória de queda sustentável. Além disso, reforçou que as decisões serão baseadas em dados, e não com base no calendário político americano. Por fim, Powell afirmou que não há qualquer razão para crer que o país está à beira de uma recessão, ainda que não descarte totalmente esse cenário para frente. Assim, disse que o FOMC está equilibrando a avaliação dos riscos nos “dois lados do mandato” (inflação e emprego), dando maior foco em manter o “emprego máximo” enquanto busca a meta de inflação. (Broadcast)
POLÍTICA NO BRASIL
A ministra do Planejamento, Simone Tebet, descartou qualquer discussão no governo sobre eventuais mudanças na meta fiscal até o meio do ano. Segundo ela, a meta de déficit zero mantida “pelo menos até o meio do ano”, quando o cenário poderia ser reavaliado. (O Globo)
Em um sinal claro de forte oposição ao texto protocolado pelo governo no Congresso, a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) apresentou ao ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, uma contraproposta para a desoneração da folha de pagamento das prefeituras, e incluiu outros pleitos na negociação. O documento prevê que o benefício previdenciário seja permanente e válido para todas as cidades, sem recorte populacional ou de receita, além de desejarem um parcelamento de até 25 anos nas dívidas com a Previdência. (Estadão)
O governo Lula quer fechar brechas usadas por investidores estrangeiros residentes em paraísos fiscais e detentores de criptoativos no Brasil para driblar o pagamento de Imposto de Renda (IR). As medidas serão incluídas no projeto de lei que altera a tributação das aplicações financeiras, anunciado por Haddad e que será enviado em breve ao Congresso. (Folha)
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