Relatório Trimestral de Inflação e PIB americano são os destaques do dia
NESTA MANHÃ
- Hoje o mercado, no Brasil, aguarda a divulgação do Relatório Trimestral de Inflação e da PNAD referente ao mês de fevereiro. Ao mesmo tempo, no exterior as expectativas giram em torno da divulgação da nova estimativa do PIB americano.
- As bolsas na Ásia fecharam sem direção única, com as chinesas sendo beneficiadas por uma melhora do sentimento, e a de Tóquio pressionada por ações negociadas ex-dividendo. Nesse cenário, o Xangai Composto subiu 0,59%, o Hang Seng avançou 0,91% e o Nikkei caiu 1,46%.
- Na Europa, as bolsas operam mistas, após ganhos recentes. No geral, investidores acompanham o noticiário corporativo e a divulgação de indicadores econômicos dos EUA ao longo do dia. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 sobe 0,26%.
- Os futuros dos índices de ações de Wall Street sinalizam queda na abertura do pregão.
- O rendimento do T-Note de 10 anos está em 4,22%.
- Os contratos futuros do Brent sobem 0,82%, a US$ 86,11 o barril.
- O ouro sobe 0,77%, a US$ 2.211,26 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$ 71,4 mil.
AGENDA DO DIA
- 08:00 Brasil: Relatório Trimestral de Inflação
- 09:00 Brasil: Taxa de Desemprego no Brasil (Fev)
- 09:30 EUA: PIB dos EUA – 4° tri
- 09:30 EUA: Pedidos Iniciais por Seguro-Desemprego
- 10:45 EUA: PMI de Chicago (Mar)
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
MERCADOS NO BRASIL
No penúltimo pregão do trimestre, o Ibovespa que vinha de quatro quedas consecutivas, arriscou um movimento um pouco mais forte e encerrou o dia com alta de 0,65%, aos 127.690,62 pontos.
O dado forte de geração de 306 mil vagas em fevereiro foi amortecido pela queda real dos salários de admissão, fazendo com que seu impacto nos preços de mercado ficasse limitado. Assim, os juros futuros chegam ao fim da tarde perto dos ajustes anteriores.
No mercado câmbio, o dólar teve um leve viés de baixa, aos R$ 4,9793 (-0,07%), em uma sessão de oscilações em margens estreitas às vésperas da divulgação do Relatório de Inflação, que será seguido de coletiva com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
MERCADOS NO EXTERIOR
Em Wall Street, as bolsas de Nova York ganharam fôlego nos últimos minutos da sessão, abrindo espaço para que o S&P 500 fechasse em máxima histórica subindo 0,86%. O índice Dow Jones e o Nasdaq também registraram ganhos de 1,22% e 0,51%, respectivamente. O bom desempenho das ações de tecnologia e dos grandes bancos explicam boa parte do movimento de ontem.
Os retornos dos Treasuries sofreram uma pressão adicional, após o Tesouro americano anunciar resultado de leilão de títulos com forte demanda. O juro da T-note de 2 anos caía a 4,568%; o da T-note de 10 anos recuava a 4,187%; e o do T-bond de 30 anos tinha baixa a 4,348%.
Já o dólar tinha comportamento misto ante rivais, e, entre emergentes, o destaque era o peso mexicano, que saltou ao maior patamar em quase 9 anos ante a moeda americano. O índice DXY (que mede a força do dólar ante seis rivais) fechou com alta de 0,05%.
INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou uma variação de -0,47% em março, demonstrando uma suavização em relação ao mês anterior, quando apresentou uma queda de 0,52%. Com esse resultado, o índice acumula queda de -0,91% no ano e de -4,26% nos últimos 12 meses. A variação de preços ficou exatamente no piso das estimativas de 24 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data, que até alta de 0,06%, com mediana de queda de 0,25%.
O Brasil abriu 306.111 vagas de emprego formal em fevereiro, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quarta-feira (27) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), acima da mediana de 230 mil postos apontada pelo Valor Data. Os cinco grandes grupamentos de atividades econômicas registraram saldos positivos no mês, destaque para o setor de Serviços (+193.127) e indústria (+54.448). A construção (+35.053), o comércio (+19.724) e agropecuária (+3.759) também tiveram saldos positivos de empregos no mês. Contudo, o salário médio real de admissão no mês foi de R$2.082,79, com uma diminuição de (-2,4%) em comparação com o valor de janeiro (R$2.133,21).
INDICADORES ECONÔMICOS NO EXTERIOR
Os estoques de petróleo nos Estados Unidos cresceram 3,165 milhões de barris, a 448,207 milhões de barris, na semana encerrada no dia 22, informou ontem (27) o Departamento de Energia (DoE). Analistas ouvidos pelo Wall Street Journal previam queda de 1,2 milhão de barris. (Broadcast)
POLÍTICA NO BRASIL
O governo Lula formalizou suas propostas para a redução do Perse e da desoneração da folha de salários dos municípios. O Ministério da Fazenda quer cortar o número de atividades econômicas beneficiadas pelo Perse de 44 para 12 e, mesmo para as que ficarem, diminuir gradualmente a redução de impostos até 2026. Além disso, serão excluídas todas as empresas com faturamento acima de R$78 milhões. Em relação à folha dos municípios, o governo pretende limitar o benefício às cidades com até 50 mil residentes (hoje o benefício se estende para as cidades com até 156,2 mil habitantes) e receita líquida per capita de até R$3.895. (Valor)
O ministro Fernando Haddad afirmou que o governo do Rio de Janeiro discute a transferência da dívida da Petrobras para a União em negociação para reduzir os juros da dívida dos estados. Haddad citou a proposta como um dos arranjos que podem ser escolhidos pelos estados nas negociações com o governo Lula. (Folha)
O governo pretende enviar ao Congresso Nacional um projeto com uma série de medidas que visam incentivar o mercado de renda variável. Entre as propostas, está reduzir de 20% para 15% a alíquota cobrada nas operações de day-trade. A ideia é igualar com o valor do tributo sobre as operações de maior prazo. (O Globo)
O ministro Fernando Haddad vai anunciar na próxima semana a criação de um mercado secundário de títulos imobiliários. A ideia é fazer com que as prestações que um banco receberia pelo financiamento de um imóvel com garantia sejam transformadas em títulos e que esses recebíveis possam ser negociados no mercado. (Folha)
A Câmara dos Deputados adiou a votação de projetos ontem (27), um dia antes do início das férias informais, que vão até 8 de abril. Entre as votações adiadas, estavam as do PL (projeto de lei) que volta com a obrigação do seguro DPVAT (Danos Pessoais por Veículos Automotores Terrestres) e do PDL (Projeto de Decreto Legislativo) que retoma a exigência de vistos a turistas dos Estados Unidos, Canadá e Austrália. Os dois projetos, de interesse do governo, ficarão para depois do feriado prolongado. (Poder360)
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