Reunião ministerial convocada por Lula para hoje (18) deve tratar recente queda da avaliação do governo

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NESTA MANHÃ
  • Hoje o mercado reage à divulgação do Boletim Focus, que deve incorporar nas projeções para o PIB as surpresas dos dados de varejo e serviços observadas na semana passada. Além disso, será divulgado o IBC-Br (Exp: 0,65%), que encerrará a sequência dos principais indicadores de janeiro. Por fim, ministros da Esplanada se reúnem hoje a pedido de Lula para discutir recentes avaliações do governo.
  • As bolsas na Ásia fecharam em alta, após dados econômicos melhores do que o esperado da China e à espera da decisão de juros do Banco do Japão (BoJ). Assim, o Xangai Composto subiu 0,99%, puxado pelos dados de produção industrial, varejo e investimentos acima do previsto nos dois primeiros meses do ano. Ao mesmo tempo, o Hang Seng teve alta de 0,09% e o Nikkei avançou 2,67%, impulsionado por ações de eletrônicos e pelo setor imobiliário.
  • As bolsas europeias operam em leve alta, na esteira de dados melhores do que o esperado na China e à espera de revisão de números da inflação da Zona do Euro pela manhã de hoje (18). Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 sobe 0,11%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street abertura mista do pregão.
  • O rendimento do T-Note de 10 anos está em 4,31%.
  • Os contratos futuros do Brent sobem 0,80%, a US$ 85,43 o barril.
  • O ouro recua 0,04%, a US$ 2.155,10 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 68,9 mil.
AGENDA DO DIA
  • 08:00 Brasil: IGP-10 (Mar)
  • 08:25 Brasil: Boletim Focus 
  • 09:00 Brasil: IBC-Br (Jan) | Expectativa: 0,65%
  • 11:00 EUA: Índice NAHB do Setor Imobiliário (Mar)

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
MERCADOS NO BRASIL

O Ibovespa caiu, novamente pressionado pelas perdas da Vale (VALE3), na esteira do minério de ferro e de temores em torno de uma ingerência política do governo na mineradora. Além disso, o cenário macroeconômico também jogou contra o desempenho da Bolsa, uma vez que o mercado passa a ver uma chance maior de que o Fed corte menos juros no ano. Nesse sentido, o Ibovespa fechou em queda de 0,74%, cotado em 126.741,81 pontos. 

Os juros futuros fecharam a sexta (15) em alta. As taxas curtas e intermediárias responderam à nova leva de dados fortes de atividade e do mercado de trabalho, enquanto as longas foram influenciadas pelo exterior adverso. 

O dólar voltou a subir no mercado doméstico de câmbio, fechando em alta de 0,22%, cotado a R$4,9980. No cenário doméstico, a leva de indicadores positivos da economia brasileira poderia dar algum fôlego para o real, mas analistas apontam que o temor de que o governo Lula aumente gastos públicos para recuperar a popularidade e o imbróglio dos dividendos da Petrobras aumentaram a busca por proteção no dólar.

MERCADOS NO EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam em queda, enquanto os rendimentos dos Treasuries voltaram a subir em vários trechos da curva, após a divulgação de indicadores econômicos mistos. Além disso, opções associadas a mais de US$5 trilhões de ações, ETFs e índices tinham vencimento para sexta (15), fenômeno conhecido como triple witching, o que deixou os mercados sob maior risco de volatilidade. Nesse contexto, o Dow Jones fechou em queda de 0,49%, o S&P caiu 0,65% e o Nasdaq recuou 0,96%.

Os retornos dos Treasuries operavam mistos perto do fechamento das bolsas, com a ponta curta subindo após dados sobre o sentimento econômico americano indicarem recuo. Investidores também se preparam para a próxima decisão de política monetária do Fed, que ocorre na quarta (20), e será acompanhada de novas projeções econômicas. 

O dólar avançou ante outras moedas fortes, como o iene e a libra, oscilando perto da estabilidade em relação ao euro. Investidores acompanharam os indicadores mistos dos Estados Unidos e também os sinais para a política monetária. Assim, o índice DXY fechou em alta de 0,07%, aos 103,432 pontos.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

De acordo com a Pesquisa Mensal de Serviços, o volume de serviços prestados no país subiu 0,7% em janeiro, ante uma expectativa de recuo de 0,5% no mês. Segundo Rodrigo Lobo, gerente do IBGE responsável pela pesquisa, a alta foi favorecida pelo aumento de receitas de empresas que trabalham com livros didáticos, pela influência positiva do pagamento de precatórios para empresas de advocacia e pela queda dos preços de passagens aéreas para a receita das companhias do setor. (Valor)

O Brasil abriu 180.395 vagas de emprego formal em janeiro, segundo o Caged. Desse modo, o estoque de empregos teve uma variação positiva de 0,39% em relação ao mês anterior. (CNN)

INDICADORES ECONÔMICOS NO EXTERIOR

A produção industrial americana cresceu 0,1% em fevereiro, após queda de 0,5% em janeiro. O resultado veio mais fraco do que o previsto pelo mercado, que projetava alta de 0,3% em fevereiro.

POLÍTICA NO BRASIL

O governo Lula deve precisar fazer um bloqueio de R$5 bilhões a R$15 bilhões para evitar estouro no limite de despesas previsto no novo arcabouço fiscal. O bloqueio será necessário porque gastos obrigatórios com Previdência, Benefício de Prestação Continuada e Proagro estão crescendo. O valor definitivo ainda está em discussão dentro do governo, uma vez que os técnicos seguem atualizando as projeções. (Folha)

O governo vê com otimismo a possibilidade de o Congresso manter o veto no Orçamento aos R$5,6 bilhões das emendas de comissão dos parlamentares. A avaliação do Planalto é de que há chances de os argumentos sobre a necessidade de responsabilidade fiscal serem aceitos por grande parte dos plenários da Câmara e Senado quando o veto for a debate. (Folha)

A reunião ministerial convocada pelo presidente Lula para esta segunda (18) ocorre frente a uma sequência de pesquisas revelando a queda da avaliação do governo e pressionando uma reação do petista. Diante do quadro adverso, Lula cobrará mais resultados dos ministros, propostas de agendas futuras e pode propor a criação de uma força-tarefa para combater a epidemia de dengue. (Valor)

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