As atenções do mercado se voltam para a divulgação dos dados de inflação no Brasil e nos EUA

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NESTA MANHÃ
  • Hoje, as atenções do mercado se voltam para a divulgação dos dados de inflação no Brasil e nos EUA. Para o IPCA, a mediana das expectativas apontam para uma alta de 0,78% no mês de fevereiro. No caso do CPI, os analistas projetam avanço de 0,4% na comparação mensal e 3,1% na anual. 
  • As bolsas da Ásia fecharam majoritariamente em alta nesta terça-feira, à espera de novos dados de inflação dos EUA (CPI) que podem influenciar os planos do Federal Reservede quando começar a cortar juros.
  • As bolsas europeias operam no positivo na manhã desta terça-feira, após o desempenho misto de ontem, enquanto investidores digerem dados econômicos locais e aguardam novos números da inflação americana. Assim, o Stoxx Europe 600 sobe 0,29%.
  • Os índices futuros das bolsas de Nova York não apresentam direção definida, influenciados pela agenda de divulgação de resultados corporativos e também no aguardo do CPI.
  • O rendimento do T-Note de 10 anos está em 4,09%.
  • Os contratos futuros do Brent avançam 0,75%, a US$ 82,33 o barril.
  • O ouro recua 0,31% aos US$ 2.175,83 a onça.
  • O Bitcoin é negocido a US$ 73,2mil.
AGENDA DO DIA
  • 08:30  Brasil: Relatório Focus
  • 09:00 Brasil: Índice de Preços ao Consumidor – IPCA (fev)
  • 09:30 EUA: Índice de Preços ao Consumidor – CPI (fev)

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O Ibovespa reverteu a tendência de melhora e mergulhou em queda de 0,75% aos 126.123,56 pontos. O movimento acompanhou a virada das ações da Petrobras para o negativo, após a divulgação de uma entrevista concedida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao SBT. A queda de 5,41% do minério de ferro na bolsa de Dalian, na China, também penalizou o Ibovespa. Puxada pela commodity, Vale ON recuou 2,73%, com a notícia de que o conselho da empresa decidiu manter Eduardo Bartolomeo como CEO deixada em segundo plano pelo mercado. Outras mineradoras também fecharam no vermelho, a exemplo de Usiminas PNA (-4,60%) e CSN (-1,78%). 

Os juros futuros chegaram ao fim da tarde com viés de queda, acompanhando a virada do dólar para baixo e se descolando do viés de alta dos rendimentos dos Treasuries. A agenda de indicadores foi fraca, o que reforçou a atenção do mercado ao noticiário envolvendo a Petrobras e os riscos fiscais, antes dos dados de inflação no Brasil e nos Estados Unidos, amanhã. O dólar à vista fechou a sessão cotado a R$ 4,9784, em baixa de 0,05%

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam mistas, em um dia de agenda esvaziada no exterior na véspera da divulgação da inflação ao consumidor (CPI) nos EUA. O índice Dow Jones encerrou em alta de 0,12%, mas por outro lado, o S&P 500 caiu 0,11% e o Nasdaq desvalorizou 0,41%.

Os retornos dos Treasuries subiram ontem, na véspera da divulgação de dado inflação nos EUA.  O juro da ponta curta subiu mais acentuadamente do que a ponta longa, refletindo um reposicionamento dos mercados à medida que eles se ajustam para o CPI.

O dólar se fortaleceu ante a maioria das principais moedas, com exceção do iene, que era sustentado pelas apostas crescentes de que o Banco do Japão pode apertar sua política monetária ultra-acomodatícia após dados mostrarem que o país asiático escapou de uma recessão. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, fechou em alta de 0,15%.

POLÍTICA NO BRASIL

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira que a Petrobras precisa pensar nos brasileiros e não somente nos acionistas da empresa. Ele também afirmou que o governo precisa trabalhar para baixar os preços da energia e dos alimentos. A entrevista foi gravada na manhã de segunda-feira, antes da reunião com Prates, mas divulgada na parte da tarde. Após as falas de Lula, as ações da petroleira reverteram os ganhos que vinham tendo e fecharam o dia com quedas de 1,70% (ON) e 0,97% (PN). (Valor/Broadcast)

A Petrobras pode voltar atrás em sua decisão de não distribuir dividendos extraordinários relativos ao lucro de 2023. A reação negativa do mercado ao anúncio feito na última quinta-feira (07) e a necessidade de recursos para cumprir a meta fiscal neste ano podem fazer o governo optar por um meio termo. Nesta segunda, Jean Paul Prates, presidente da empresa, afirmou que a assembleia do dia 25 de abril também pode ter um entendimento diferente do conselho sobre os dividendos. Em entrevista à Reuters, ele disse que a possibilidade de distribuição de 50% dos dividendos extraordinários possíveis ainda está na mesa. (Poder360)

Em uma tentativa de acalmar os ânimos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu, em Brasília, com os ministros das Minas e Energia, Alexandre Silveira, da Fazenda, Fernando Haddad, e da Casa Civil, Rui Costa, além do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. Em redes sociais, Lula elogiou a reunião com os ministros e Prates sem fazer referência à crise. Depois da reunião, Haddad afirmou que a retenção dos dividendos da Petrobras em reserva não compromete o resultado primário do governo central. Segundo o ministro, “No Orçamento da União, constam dividendos ordinários. Fazenda não fez Orçamento [de 2024] contando com dividendos extraordinários”. (Valor)

O presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo, deve ficar no cargo até dezembro deste ano.  Na reunião do conselho de administração, na sexta-feira (8), os conselheiros discutiram em detalhes as características que o novo CEO precisará ter. “O perfil do futuro presidente terá de ser de um executivo que transite bem em todas as áreas de mineração e que dialogue bem com as autoridades”. Outra fonte acrescentou: “O conselho [da empresa] vai cercar o processo.” Espera-se assim limitar novas investidas políticas sobre a Vale. (Valor)

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