Dia de agenda robusta com discurso do Powell e dados econômicos importantes
NESTA MANHÃ
- A quarta-feira tem agenda robusta com destaque para discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, no Congresso dos Estados Unidos e de mais dois dirigentes do Banco Central americano. Ainda nos EUA, tem o Livro Bege, relatórios de emprego ADP e Jolts podem movimentar os mercados. No Brasil são esperados a produção industrial, nota do setor externo e balança comercial.
- As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta quarta-feira, enquanto investidores seguem atentos a desdobramentos da principal reunião anual de líderes chineses e aguardam comentários do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Jerome Powell.
- As bolsas europeias operam majoritariamente em alta modesta na manhã com uma agenda de indicadores e a fala de Powell no radar. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 avança 0,22%.
- Os futuros dos índices de ações americanas operam com leve viés de alta, após Wall Street registrar perdas de mais de 1% ontem.
- O rendimento do T-Note de 10 anos está em 4,16%.
- Os contratos futuros do Brent sobem 0,50%, a US$ 81,74 o barril.
- O ouro avança 0,11%, a US$ 2.130,28 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$ 68,37 mil.
AGENDA DO DIA
- 09:00 Brasil: Produção Industrial (Jan)
- 10:00 Brasil: Vendas de Veículos (Fev)
- 10:15 EUA: Variação de Empregos Privados ADP (Fev)
- 11:45 EUA: PMI ISM Não-Manufatura (Fev)
- 12:00 EUA: Depoimento de Powell, Presidente do Fed
- 12:00 EUA: Ofertas de Emprego JOLTs (Jan)
- 15:00 Brasil: Balança Comercial (Fev)
- 16:00 EUA: Livro Bege
- 17:15 EUA: Discurso de Neel Kashkari, membro do FOMC
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL
Um menor otimismo com as projeções para as big techs levou os índices americanos a perdas e acabou arrastando também o Ibovespa, que fechou em baixa de 0,19%, aos 128.098,11 pontos.
No mercado de juros, dados mais fracos que o esperado nos Estados Unidos se somaram a uma melhora da percepção fiscal e do cenário inflacionário brasileiro. Com isso, a precificação da Selic terminal voltou a cair abaixo de 9,50% com um leve recuo dos DIs ao longo de toda a curva.
No câmbio, por sua vez, a alta foi modesta, de 0,17%, com o dólar à vista sendo negociado a R$ 4,9557. Os agentes observam o desenrolar da cena política e optam por cautela também antes da agenda externa forte no restante da semana.
EXTERIOR
O setor de tecnologia acelerou as perdas em Nova York ontem (05), levando os principais índices acionários americanos a fortes recuos. Ao fim do dia, o S&P 500 caiu 1,02%, o Nasdaq Composite -1,65% e o Dow Jones registrou perdas de 1.04%
O movimento global das bolsas ocorreu mesmo com a queda dos juros também mundo afora. O vetor foram dados mais fracos que o esperado nos Estados Unidos, que podem diminuir a pressão por uma postura mais cautelosa do Federal Reserve no processo de afrouxamento monetário. O juro da T-note de 2 anos caíu a 4,547%, o da T-note de 10 anos recuava a 4,134% e o do T-bond de 30 anos baixava a 4,272%.
A conjuntura facilitou a escalada do ouro para perto de níveis históricos, fechando a US$ 2.141,90 a onça-troy na Comex. O metal quase quebrou o recorde de US$ 2.152,30 a onça-troy, estabelecido em dezembro de 2023.
No compasso de espera, o dólar oscilou perto da estabilidade, sem impulso, à espera de notícias mais importantes no restante da semana. O índice DXY, que mede a força da moeda americana ante seis rivais, fechou com queda de 0,03%.]
SUPER TERÇA
Segundo projeções, Donald Trump venceu em 14 dos 15 estados que realizaram primárias e caucuses nesta terça-feira (5). O dia, conhecido como Super Terça na política americana, distribui o grosso dos delegados da corrida pela nomeação de cada partido para a eleição de novembro. No campo republicano, estavam em jogo 865 delegados. (Folha).
INDICADORES ECONÔMICOS BRASIL
Os principais destaques do Relatório Focus divulgado ontem (05), foram as mudanças nas projeções para a inflação e atividade. A expectativa para a inflação deste ano oscilou para baixo, passando de 3,80% para 3,76%. Um mês antes, a mediana era de 3,81% No PIB, a mediana de 2024 foi de 1,75% para 1,77%, ante 1,60% de um mês atrás. Considerando apenas as 36 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para atividade no fim de 2024 seguiu em 1,80%.
POLÍTICA NO BRASIL
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira (05) que o governo encaminhará um projeto de lei com urgência constitucional para criar um Perse (Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos) mais enxuto. Em 2022, o Perse representou uma renúncia fiscal de R$ 10 bilhões e aumentou para R$ 13 bilhões em 2023. As medidas compensatórias para financiar a continuidade de um Perse enxuto e de contribuição previdenciária menor de municípios de até 142 mil habitantes serão vistas depois. A MP 1.202 de 2023 será mantida para votar as compensações tributárias. (Poder360)
A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira (05) a redução dos adicionais de cobrança do sistema de bandeiras tarifárias a partir de 1º de abril. A bandeira verde segue sem cobrança adicional. A bandeira amarela, quando acionada, terá um valor 36,9% inferior ao definido atualmente. As duas bandeiras vermelhas, patamares 1 e 2, terão os valores reduzidos em 31,3% e 19,6%, respectivamente. Ao final da discussão, os diretores também decidiram não adotar medida para garantir a cobertura de custos em eventos extremos por meio da bandeira tarifária. (Valor)
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), deve trocar o seu partido pelo PL (Partido Liberal) de Jair Bolsonaro (PL). Por ter o eleito o maior número de deputados, 99 em 2022, o PL tem o maior fundo partidário. (Poder360)
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