Com agenda esvaziada, atenção se volta para Brasília e resultados corporativos

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NESTA MANHÃ
  • Hoje, diante da agenda econômica esvaziada, o pregão deve ser direcionado pelas discussões políticas em Brasília e pela continuação dos resultados corporativos no Brasil e no exterior. 
  • As bolsas na Ásia fecharam majoritariamente em alta, após Wall Street vivenciar um rali com o robusto balanço da Nvidia, fabricante de chips americana. Assim, o Xangai Composto subiu 0,55%, o Hang Seng recuou 0,10% e, no Japão, o Nikkei não teve pregão diante de um feriado no país
  • As bolsas europeias operam sem direção única, após o recorde do Stoxx 600 ontem (22), enquanto investidores digerem mais balanços corporativos e dados da Alemanha. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 sobe 0,06%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street sinalizam abertura mista do pregão.
  • O rendimento do T-Note de 10 anos está em 4,34%.
  • Os contratos futuros do Brent caem 1,12%, a US$ 81,77 o barril.
  • O ouro recua 0,17%, a US$ 2.021,02 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 51,8 mil.
AGENDA DO DIA
  • 09:00 Brasil: Índice de Confiança do Consumidor (Fev)
  • 10:00 Europa: Discurso de Isabel Schnabel, dirigente do Banco Central Europeu

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

O Ibovespa estendeu a série positiva pela sexta sessão, ao subir 0,16%, aos 130.240,55 pontos. A performance do índice foi contida pelo desempenho de Petrobras (PETR3: +0,07% | PETR4: -0,75%), na contramão dos preços do petróleo no pregão, e pelo desempenho de grandes bancos. Um dos pesos sobre as ações da Petrobras foi a divulgação da decisão do Carf, que manteve a cobrança de R$9,2 bilhões contra a empresa.

Os juros futuros fecharam a sessão em alta, mais definida nos vencimentos longos, configurando à curva algum ganho de inclinação. O ambiente internacional novamente prevaleceu sobre a dinâmica do mercado, mas teve a influência limitada pelas perspectivas mais positivas para o cenário fiscal doméstico, após dado da arrecadação acima da mediana das expectativas. 

O dólar à vista fechou em alta de 0,30%, a R$4,9530, em dia marcado pela desvalorização de divisas emergentes, em especial latino-americanas, pressionadas pelo avanço das taxas dos Treasuries no curto prazo

EXTERIOR

As bolsas de Nova York subiram e marcaram novas máximas históricas, puxadas por ações do setor de tecnologia, na esteira de resultados robustos da Nvidia no quarto trimestre mais fortes do que o esperado. Dessa forma, o Dow Jones subiu 1,18%, o S&P avançou 2,11% e o Nasdaq fechou em alta de 2,96%.

Os retornos dos Treasuries fecharam mistos, após subirem boa parte do dia, com o rendimento do T-Note de 2 anos voltando a ficar acima de 4,7%,  e o dos títulos mais longos recuando. 

O dólar oscilou perto da estabilidade ante outras moedas principais em geral, como o euro, mas com a libra em alta. Investidores avaliavam indicadores dos dois lados do Atlântico e também a ata da última reunião do Banco Central Europeu. Dessa forma, o índice DXY fechou em queda de 0,05%, aos 103,957 pontos.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

O Boletim Focus teve poucas alterações nos principais indicadores. 

  • Houve um recuo da inflação projetada para 2024, indo de 3,82% para 3,81%, e uma alta do esperado para 2025, indo de 3,51% para 3,52%. 
  • Além disso, houve uma revisão para cima da projeção para o PIB de 2024, subindo de 1,60% para 1,68%. 
  • Por fim, houve um ajuste nas expectativas para o câmbio, que subiu de R$4,92 para R$4,93.

A arrecadação federal somou R$280,64 bilhões no mês de janeiro, o maior valor para o mês na série histórica. O resultado representou uma alta real de 6,67% em relação ao mesmo período do ano passado. Além disso, o número veio acima da mediana das expectativas do mercado, que previam arrecadação de R$277 bilhões.

INDICADORES ECONÔMICOS NO EXTERIOR

Os pedidos de seguro-desemprego nos EUA totalizaram 201 mil na semana encerrada no dia 17/02. O resultado veio abaixo dos 216 mil esperado por analistas do mercado. 

De acordo com o S&P Global, a prévia do PMI de serviços registrou uma queda de 1,2 pontos, indo de 52,5 para 51,3 pontos. O esperado por analistas era um recuo para 52,0. Ao mesmo tempo, o PMI industrial subiu de 50,7 para 51,5 pontos, uma alta de 0,8 pontos, ante a expectativa de um recuo de 0,5 pontos.

De acordo com a ata do Banco Central Europeu, os dirigentes enxergam que é preciso ver maior progresso na desinflação para considerarem cortes na taxa básica de juros. Dessa forma, os membros consideraram que o risco de corte de juros “antes da hora” é maior do que o risco de um corte “atrasado”. Além disso, o comitê sinalizou que deve atualizar as projeções de inflação e atividade em março.

DISCURSOS DE BANQUEIROS CENTRAIS

De acordo com Patrick Harker, presidente do Fed da Filadélfia, um corte de juros na reunião de maio é improvável, mas ainda está na mesa. Apesar de não votar no Fomc este ano, Harker aposta que os juros serão cortados em 75 ou 50 bps este ano, a depender dos dados futuros. (Broadcast)

A diretora do Fed, Lisa Cook, afirmou que ainda precisa de mais confiança para votar pela redução dos juros. Segundo ela, os riscos altistas para a inflação têm entrado em um melhor equilíbrio, e é questão de tempo até que haja maior segurança no processo de desinflação sustentável. (Broadcast)

POLÍTICA NO BRASIL

A Medida Provisória que reonera a folha de pagamentos deve continuar em vigor para ajudar a reduzir o tamanho do contingenciamento no relatório bimestral que será divulgado em 22 de março. Segundo integrantes da equipe econômica, uma MP revogadora comprometeria os cálculos para avaliação bimestral do Orçamento. (Folha)

Pressionado pelo Congresso, o governo aceitou cumprir o calendário de pagamento de emendas que estava previsto na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024 e foi vetado pelo presidente Lula. A decisão ocorreu com o objetivo de melhorar as relações com o Legislativo e facilitar a aprovação das propostas do Executivo. (Valor)

O presidente Lula recebeu no Palácio da Alvorada o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e líderes de partidos aliados para discutir o início dos trabalhos no Legislativo e aprovação de pautas de interesse do governo. De acordo com o líder do PSB na Câmara, Gervásio Maia, o chefe do Executivo disse que irá se envolver mais diretamente na articulação política do governo. (Poder360).

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