Mercado foca em dados de atividade dos Estados Unidos diante da agenda doméstica esvaziada
NESTA MANHÃ
- Hoje, com a agenda doméstica esvaziada e a previsão de retomada do plenário do Congresso Nacional a partir de segunda (19), o mercado acompanha os dados do exterior, com destaque para os de Produção Industrial e Vendas do Varejo dos Estados Unidos.
- As bolsas na Ásia fecharam o dia majoritariamente em alta, depois de Wall Street reverter ontem (14) parte das perdas que havia sofrido um dia antes. O Xangai Composto não teve pregão, diante do feriado de ano novo lunar. O Hang Seng subiu 0,41% e o Nikkei avançou 1,21%, renovando a máxima do índice.
- As bolsas europeias operam sem direção única, na esteira de uma série de balanços da região, dados mostrando que o Reino Unido entrou em recessão e novas projeções para o crescimento e inflação da Zona do Euro. Nesse sentido, o índice Stoxx Europe 600 sobe 0,57%.
- Os futuros dos índices de ações de Wall Street sinalizam alta na abertura do pregão.
- O rendimento do T-Note de 10 anos está em 4,23%.
- Os contratos futuros do Brent caem 0,12%, a US$ 80,89 o barril.
- O ouro avança 0,23%, a US$ 1.996,40 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$ 53,1 mil.
AGENDA DO DIA
- 08:25 Brasil: Boletim Focus
- 09:00 Europa: Discurso de Phillip Lane, dirigente do Banco Central Europeu
- 10:30 EUA: Pedidos de Seguro-Desemprego
- 10:30 EUA: Vendas no Varejo (Jan)
- 10:30 EUA: Índice de Manufatura do Fed da Filadélfia (Fev)
- 11:15 EUA: Produção Industrial (Jan)
- 15:15 EUA: Discurso de Christopher Waller, dirigente do Fed
- 21:00 EUA: Discurso de Raphael Bostic, dirigente do Fed
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL
O Ibovespa retomou em baixa os negócios ontem, na Quarta-feira de Cinzas, em sessão mais curta na qual procurou se alinhar ao ajuste do dia anterior nos mercados do exterior. Assim, o índice fechou em baixa de 0,79%, aos 127.018,29 pontos.
Os juros futuros terminaram a sessão em alta generalizada, mais pronunciada nos vértices longos. Na volta do feriado, o ganho de inclinação para a curva local foi determinado por um ajuste ao movimento de ontem no exterior, de avanço nas taxas dos Treasuries após a inflação ao consumidor ter reforçado a ideia de postergação do início do ciclo de cortes de juros pelo Fed.
O dólar à vista apresentou leve alta na sessão, em um ajuste à deterioração dos ativos de risco ontem, quando a inflação ao consumidor dos EUA acima do esperado promoveu um rearranjo das apostas para o início do ciclo de corte de juros no país. Nesse sentido, a moeda americana subiu 0,22%, cotada a R$4,9720.
EXTERIOR
As bolsas de Nova York fecharam em alta, em uma recuperação parcial das perdas da sessão de terça (13), quando a inflação do consumidor americano acima do esperado foi gatilho para os investidores realizarem lucros. Desse modo, o Dow Jones subiu 0,39%, o S&P ganhou 0,96% e o Nasdaq fechou em alta de 1,30%.
Os juros dos Treasuries recuaram e recompuseram parte do salto registrado na véspera, quando o dado de inflação mais forte que o esperado afastou para junho as apostas para o início do relaxamento monetário no país.
O dólar desvalorizou ante as principais moedas, em uma acomodação após a alta de terça (13). A moeda perdeu força inclusive ante o iene, após relatos de advertências de autoridades do Japão, que consideram indesejável a recente depreciação da moeda japonesa. Dessa forma, o índice DXY fechou em queda de 0,23%, aos 104,723 pontos.
INDICADORES ECONÔMICOS DOS ESTADOS UNIDOS
Na terça (13), foi divulgado do índice de inflação americano. Na base mensal, o indicador subiu 0,3% em janeiro, ante o 0,2% esperado pelo mercado. No acumulado de 12 meses, o resultado foi de 3,1%, ante a expectativa de 2,9%.
DISCURSOS DE BANQUEIROS CENTRAIS
O vice-presidente do Fed, Michael Barr, afirmou que ainda é muito cedo para concluir se os Estados Unidos alcançarão o “pouso suave”. Em discurso, o dirigente ressaltou que o mês de janeiro foi muito forte tanto para a inflação quanto para o mercado de trabalho. Para ele, os dados mostram que a retomada da inflação à meta será um processo acidentado. (Broadcast)
O presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee, minimizou o dado de inflação do consumidor mais forte do que o esperado nos Estados Unidos. Em evento, o dirigente argumentou que seria inadequado se ater ao indicador de apenas um mês. Além disso, Goolsbee, que não vota nas reuniões do FOMC deste ano, afirmou que está “totalmente claro” que a inflação está caindo nos Estados Unidos. (Broadcast)
POLÍTICA NO BRASIL
O ex-presidente do Senado Federal e ex-ministro das Comunicações no primeiro governo Lula, o deputado Eunício Oliveira (MDB-CE) tenta se posicionar como alternativa governista para a disputa da presidência da Câmara dos Deputados em 2025. Oliveira tem conversado com integrantes do governo e partidos de esquerda para defender que esse grupo tenha um candidato próprio na eleição, a fim de evitar que os governistas fiquem “reféns” do Centrão. (Valor)
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, ganhou força após ser escolhido pelo presidente Lula como novo elo do governo com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). O gesto de Lula ocorre em meio à elevação das críticas nos bastidores ao ministro. (Folha)
Depois do café da manhã entre o presidente Lula e Arthur Lira (PP-AL) na semana passada, a equipe presidencial acredita em “jogo zerado” entre os dois, e avalia que o Congresso vai retomar seus trabalhos na próxima segunda (19) num clima mais tranquilo. Aliados do presidente da Câmara dos Deputados concordam, mas desde que o governo realmente passe a cumprir seus acordos. Alguns deles imediatamente. (G1)
De acordo com o presidente da Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, estaria “mal-informado”, uma vez que o custo do Perse seria de R$6 bilhões ao invés dos R$17 bilhões relatados pelo governo. (UOL)
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