Mercado aguarda o IPCA de janeiro
NESTA MANHÃ
- Hoje o mercado aguarda o IPCA de janeiro (Exp: 0,35% | Órama: 0,37%), um dos últimos dados relevantes antes do feriado de Carnaval. Além disso, o Banco do Brasil (BBAS3) deve divulgar seu balanço do 4° trimestre ao longo do dia. No exterior, as atenções se voltam para o relatório de pedidos de seguro-desemprego e para discursos de banqueiros centrais.
- As bolsas na Ásia fecharam majoritariamente em alta, após mais um dia de recordes em Wall Street e antes de um feriado de uma semana na China. Assim, na China as bolsas ficaram positivas pelo terceiro pregão seguido, com o Xangai Composto subindo 1,28%, ainda sustentadas pelas promessas de apoio do regulador de mercado local. Em Hong Kong, o índice recuou 1,27% após ser puxado pelo tombo de Alibaba depois de um desapontamento com seu último balanço. Por fim, o Nikkei subiu 2,06%, atingindo o maior nível em 34 anos.
- As bolsas europeias operam majoritariamente em alta modesta, ensaiando recuperação de perdas de ontem (07), enquanto investidores digerem uma série de balanços da região. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 sobe 0,31%.
- Os futuros dos índices de ações de Wall Street sinalizam abertura mista do pregão.
- O rendimento do T-Note de 10 anos está em 4,11%.
- Os contratos futuros do Brent sobem 0,06%, a US$ 78,94 o barril.
- O ouro avança 0,03%, a US$ 2.035,63 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$ 45,5 mil.
AGENDA DO DIA
- 09:00 Brasil: IPCA (Jan) | Exp: 0,35% | Órama: 0,37%
- 10:30 Pedidos por Seguro-Desemprego
- 10:30 Discurso de Thomas Barkin, membro do Fed
- 11:15 Discurso de Frank Elderson, membro do Banco Central Europeu
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL
A reação do mercado ao nível de provisões e ao fraco lucro do Bradesco no quarto trimestre de 2023 derrubou as ações do banco (BBDC3: -13,02% | BBDC4: -15,90%), levando o Ibovespa ao terreno negativo na sessão. Nesse cenário, o índice fechou em queda de 0,36%, aos 129.949,90 pontos.
Os juros futuros fecharam a sessão entre a estabilidade e leve alta, acompanhando a piora vista no mercado de câmbio e o aumento da pressão na curva dos Treasuries.
Em pregão morno, o dólar à vista fechou com leve valorização de 0,12%, cotado a R$4,9680. O dia foi marcado por um sinal predominantemente de alta da moeda americana em relação às divisas emergentes, incluindo pares latino-americanos do real, e ao avanço moderado das taxas dos Treasuries.
EXTERIOR
As bolsas de Nova York fecharam em alta, com novos recordes de fechamento do Dow Jones e do S&P. Os papéis do banco NYCB subiram depois que a instituição tentou tranquilizar os investidores com a atualização de suas condições de liquidez. Assim, o Dow Jones fechou em alta de 0,40%, o S&P subiu 0,82% e o Nasdaq avançou 0,95%.
Os juros dos Treasuries tiveram uma sessão marcada por volatilidade acentuada, e terminaram a tarde em alta. Os yields oscilaram ao longo do dia em resposta a uma série de falas de dirigentes do Fed, à cautela com o setor bancário americano e a um leilão de títulos com forte demanda.
O euro avançou ante o dólar, diante de um dia de agenda de indicadores modesta, com investidores monitorando declarações de dirigentes dos principais bancos centrais. Assim, o índice DXY fechou em queda de 0,15%, aos 104,057 pontos.
INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL
As vendas no varejo restrito recuaram 1,3% em dezembro na comparação com novembro. O resultado veio abaixo do esperado (-0,2%), que tinha piso de -0,6% e teto de 0,4%. Na comparação com o mesmo período de 2022 houve expansão de 1,3%. Já as vendas no varejo ampliado (PMC-A), caíram 1,1% no mês, menor que a mediana das estimativas (0,4%), que tinha piso de -0,5% e teto de 1,8%. Na comparação com dezembro de 2022, o índice apresentou estabilidade. Para saber mais, leia o relatório completo aqui.
O setor público consolidado registrou um déficit primário de R$249,1 bilhões em 2023, 2,29% do PIB, ante um superávit de R$126 bilhões em 2022. O mês de dezembro teve um déficit de R$129,6 bilhões, com R$92,4 bilhões representando o pagamento de precatórios.
A balança comercial brasileira registrou superávit de US$6,5 bilhões em janeiro de 2024, saldo recorde para o mês desde que foi instituída a série histórica em 1997. O resultado é 185,6% maior do que o alcançado no mesmo período de 2023.
INDICADORES ECONÔMICOS DOS EUA
O déficit comercial dos Estados Unidos aumentou 0,5% em dezembro, para U$62,2 bilhões. O resultado veio em linha com as expectativas do mercado. No ano, o déficit comercial fechou em U$773,4 bilhões. Vale apontar também que, pela primeira vez em mais de 20 anos, o México ultrapassou a China como principal exportador de bens para os Estados Unidos, refletindo as tensões recentes entre os dois países e a tendência de near-shoring.
DISCURSOS DE BANQUEIROS CENTRAIS
O presidente do Fed de Richmond, Thomas Barkin, afirmou que a economia dos Estados Unidos continua forte, com um mercado de trabalho “ainda muito saudável”, o que é um argumento pela paciência antes de haver mudanças na política monetária. Além disso, o dirigente afirmou que é preciso ter certeza sobre se haverá mais pressão inflacionária adiante, antes de se começar a cortar os juros. (Broadcast)
A presidente do Fed de Boston, Susan Collins, comentou que os riscos ameaçando a atividade econômica dos Estados Unidos estão se equilibrando, enquanto o risco da inflação persistir acima de 2% reduziu consideravelmente. Assim, a dirigente considera que é possível reduzir os juros antes da inflação atingir a meta, desde que o Fed tenha evidências concretas de que os preços manterão tendência de queda. (Broadcast)
O presidente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, alertou que os dirigentes podem adiar cortes de juros caso o mercado de trabalho continue forte. Ademais, ele reiterou a postura dependente de dados do Fed, e afirmou que os dirigentes precisam ver dados favoráveis da inflação confirmando seu retorno à meta antes de considerarem alterar a política monetária. (Broadcast)
A diretora do Fed, Adriana Kugler, afirmou que em toda reunião do banco central americano pode haver mudança na política monetária. Questionada sobre uma possível mudança nas taxas já na próxima reunião, ela disse que não é possível afirmar agora se ocorrerá manutenção da política, pois ainda haverá divulgação de indicadores importantes até lá. (Broadcast)
POLÍTICA NO BRASIL
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que há indícios de irregularidades no Perse e que é preciso “botar ordem” no benefício. Dessa forma, a ideia do ministro é abrir os números ao Congresso e deixar claro que o valor do programa, estimado inicialmente em R$4 bilhões, já passa dos R$16 bilhões. (Folha)
O governo prometeu a aliados realizar o pagamento de R$2 bilhões em emendas parlamentares até o carnaval para aplacar a crise com a base aliada e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Os recursos são referentes ao orçamento do ano passado, mas que não foram quitados até 31 de dezembro e ficaram como “restos a pagar”. (Valor)
O Ministério da Fazenda espera arrecadar até R$10 bilhões com as mudanças anunciadas na última semana nos títulos incentivados LCI, LCA, CRI e CRA. Esse é o cálculo que foi feito internamente por técnicos da pasta. Parte dos recursos deve ser usada para compensar o aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda, com custo estimado em R$3 bilhões. (O Globo)
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