Extensão do prazo para entrega do Orçamento federal americano deve mover exterior
NESTA MANHÃ
- Hoje o mercado aguarda a divulgação do IBC-Br, encerrando os dados de atividade de novembro de 2023. No exterior, além dos indicadores de confiança e do setor imobiliário, o mercado reage à extensão do prazo para entrega do Orçamento federal americano.
- As bolsas na Ásia fecharam sem direção única, com ações de chips ainda beneficiadas por resultados e projeções da Taiwan Semiconductor Manufacturing Co (TSMC), maior empresa do mundo no ramo. Assim, o Xangai Composto recuou 0,47%, o Hang Seng caiu 0,54% e, na contramão, o Nikkei subiu 1,40%.
- As bolsas europeias operam majoritariamente em alta, ampliando ganhos do pregão anterior, mas o saldo da semana tende a ser negativo em meio a incertezas sobre a perspectiva dos juros globais. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 sobe 0,13%.
- Os futuros dos índices de ações de Wall Street sinalizam alta na abertura do pregão.
- O rendimento do T-Note de 10 anos está em 4,14%.
- Os contratos futuros do Brent sobem 0,55%, a US$ 79,08 o barril.
- O ouro avança 0,38%, a US$ 2.030,77 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$ 41,8 mil.
AGENDA DO DIA
- 09:00 Brasil: IBC-Br (Nov)
- 12:00 EUA: Venda de Casas Existentes (Dez)
- 12:00 EUA: Índice de Confiança do Consumidor (Dez)
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL
O Ibovespa seguiu em queda pelo terceiro dia consecutivo, sem força para sustentar recuperação mesmo com o favorecimento proporcionado pelas bolsas de Nova York. Nesse sentido, o índice fechou em queda de 0,94%, aos 127.315,74 pontos.
Os juros futuros fecharam o dia próximos dos ajustes, mas novamente com viés de baixa ao longo da curva. Mais uma vez, ficaram descolados das taxas americanas, que em sua maioria avançaram.
O dólar à vista encerrou o dia cotado em R$4,9320, com alta de 0,04%. Operadores observam que, após a alta de 1,22% na terça, o dólar mostrou fôlego mais restrito nas últimas duas sessões. Essas movimentações sugerem mais um realinhamento ao comportamento da moeda americana lá fora do que um aumento da percepção de risco doméstico, apesar das dúvidas que rondam o quadro fiscal.
EXTERIOR
As bolsas de Nova York fecharam em alta, com o Nasdaq liderando o movimento após as ações de tecnologia ganharem força. A Apple disparou após ganhar recomendação de compra pelo Bank of America, enquanto a Boeing surfou em nova encomenda de aeronaves para buscar recuperação das perdas recentes. Ao fim do pregão, o Dow Jones subiu 0,54%, o S&P avançou 0,88% e o Nasdaq fechou em alta de 1,35%.
Os juros dos Treasuries avançaram no trecho de longo prazo da curva, após novos sinais de que o Fed abrirá o ciclo de relaxamento monetário depois do que o mercado precifica atualmente. Ao mesmo tempo, o índice DXY registrou alta de 0,08%, cotado em 103,536 pontos.
INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA
As licenças para construção de casas unifamiliares subiram 1,7% em dezembro, alcançando a marca de 994 mil unidades. O setor imobiliário segue sendo pressionado por uma escassez no estoque de casas e custos elevados de empréstimos, o que tem dificultado a venda de casas usadas.
Foram registrados 187 mil pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos na semana encerrada em 13/01. O resultado desapontou as expectativas, que projetavam 207 mil pedidos, e é o número mais baixo observado desde setembro de 2022.
O índice de atividade da Filadélfia subiu de -12,8 pontos em dezembro para -10,6 pontos em janeiro. A leitura veio abaixo do consenso do mercado, que previa -7 pontos para o mês.
DISCURSOS DE BANQUEIROS CENTRAIS
O presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, afirmou que adiantou sua projeção para normalização nos juros do Banco Central Americano do quarto para o terceiro trimestre deste ano. Além disso, acrescentou que se as surpresas para baixo nos dados da inflação continuarem, ficará confortável em defender uma normalização mais cedo do que no terceiro trimestre. (Broadcast)
ORÇAMENTO AMERICANO
A Câmara dos Representantes dos EUA aprovou o projeto de lei que estende o prazo para a entrega do Orçamento federal norte-americano até março. O decreto provisório foi enviado ao presidente Joe Biden para aprovação final da lei. (Poder360)
POLÍTICA NO BRASIL
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou que a pasta vai analisar nos próximos dias as estimativas de arrecadação com as medidas aprovadas pelo Congresso no ano passado a fim de propor possíveis vetos ao Orçamento de 2024. De acordo com a ministra, o Ministério tem até o dia 22 de janeiro para mandar qualquer veto à LOA. (Valor)
A área econômica do governo Lula estuda criar um teto para o desconto de despesas médicas no Imposto de Renda da Pessoa Física. O tema é sensível politicamente, mas técnicos do governo avaliam que a falta de um limite acaba privilegiando contribuintes com renda mais alta. (Folha)
A renúncia fiscal só com a desoneração custará R$12,26 bilhões ao governo em 2024. O cálculo é do Ministério da Fazenda e foi divulgado ontem (18), em um relatório. O número não considera a perda de arrecadação com a redução de alíquota da contribuição previdenciária dos municípios de até 142 mil habitantes, que foi aprovada no Congresso. Além disso, o Ministério da Fazenda afirmou que o valor não está previsto no Orçamento, sendo necessárias novas fontes de receita para compensar a perda. (Poder360)
De acordo com Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, a conclusão das obras da refinaria Abreu e Lima vai custar à Petrobras entre R$6 e R$8 bilhões. O valor final depende ainda da conclusão das licitações. (Folha)
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