Dados de inflação do Brasil e dos EUA movem os mercados hoje

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NESTA MANHÃ
  • Hoje o mercado dá atenção às divulgações do IPCA (Órama: 0,43% | Exp: 0,49%), no Brasil, e do CPI (Exp: 0,2%), nos Estados Unidos. O relatório americano é visto como fundamental para redefinir a trajetória do ciclo de corte de juros do país. 
  • As bolsas na Ásia fecharam em alta, após um dia positivo em Wall Street e em meio a esperanças renovadas de mais estímulos monetários na China. Assim, o Xangai Composto fechou em alta de 0,31%, o Hang Seng subiu 1,27% e o Nikkei avançou 1,77%.
  • As bolsas europeias operam em alta modesta, enquanto investidores aguardam dados da inflação do consumidor dos Estados Unidos, relatório que pode ajudar a redefinir a trajetória de cortes pelo Fed. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 sobe 0,52%.
  • Os futuros dos índices de ações de Wall Street sinalizam alta na abertura do pregão.
  • O rendimento do T-Note de 10 anos está em 3,99%.
  • Os contratos futuros do Brent sobem 1,39% a US$ 77,51 o barril.
  • O ouro avança 0,24%, a US$ 2.030,67 a onça.
  • O Bitcoin negocia a US$ 46,8 mil.
AGENDA DO DIA
  • 09:00 Brasil: IPCA (Dez) | Órama: 0,43% | Expectativa: 0,49%
  • 10:30 EUA: Índice de Preços ao Consumidor – CPI (Dez) | Expectativa: 0,2%
  • 10:30 EUA: Pedidos de Seguro-Desemprego
  • 14:40 EUA: Discurso de Thomas Barkin, dirigente do Fed
  • 15:00 EUA: Leilão de Treasuries de 30 anos
  • 22:30 China: Índice de Preços ao Consumidor – CPI (Dez)

RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL

Desta vez em sentido contrário ao de Nova York, o Ibovespa caiu 0,46%, cotado em 130.841,09 pontos. O dia foi marcado por variações contidas aqui e no exterior diante das expectativas em torno da divulgação do CPI americano hoje (11). 

Os juros futuros fecharam o pregão perto dos ajustes de terça (09), com os vértices mais curtos em alta e os mais longos em queda. 

O dólar à vista encerrou a sessão em queda de 0,30%, cotado a R$4,8920, devolvendo parte do avanço de 0,74% da sessão de terça (09). Segundo operadores, a cautela tem pautado os negócios em meio à espera pela divulgação do CPI americano, que pode levar a um rearranjo das apostas em torno da condução da política monetária americana.

EXTERIOR

As bolsas de Nova York fecharam em alta, com investidores em compasso de espera pelo CPI. Na reta final para a divulgação do dado, o mercado precifica 67% de chance para o início de cortes de juros em março. Diante disso, o Dow Jones fechou em alta de 0,45%, o S&P subiu 0,57% e o Nasdaq avançou 0,75%.

Os retornos longos dos Treasuries avançaram no fim da tarde, em compasso de espera para o índice de preços ao consumidor dos Estados Unidos. A escalada se intensificou depois que o presidente do Fed de Nova York, John Williams, defendeu a manutenção de uma política restritiva pelo Banco Central. 

O dólar caiu ante boa parte das moedas rivais, em uma jornada de ímpeto limitado na véspera da divulgação da inflação ao consumidor americano. Nesse contexto, o índice DXY recuou 0,20%, aos 102,362 pontos.

INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL

O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de dezembro de 2023, mostrou que para o fechamento de 2023, a produção de “Cereais, Leguminosas e Oleaginosas” registrou alta de 19,85% contra o desempenho de 2022. Para a safra agrícola de grão de 2024, a estimativa é de um recuo de 2,82% em relação à produção em 2023.  O total da produção equivale a uma safra de 306,4 milhões de toneladas para o ano, apenas 9 milhões de toneladas menor do que a de 2023, considerando que será um ano de El Niño e ano passado registrou safra recorde. Para saber mais, leia nosso relatório completo aqui.

DISCURSOS DE BANQUEIROS CENTRAIS

No Brasil, o diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, disse que o comitê está mais confiante sobre o modelo do Banco Central do que esteve em 2022. Sobre as sinalizações, comentou que esta tem sido na direção de duas reuniões à frente, mas evitou dar um horizonte para o patamar esperado para a Selic ao fim do ciclo. Sobre o mercado de trabalho, o dirigente frisou que o comitê segue acreditando que não há significativa pressão dos salários. Por fim, Guillen voltou a dizer que não há relação mecânica entre as decisões do Copom e o cenário internacional de juros. (Broadcast)

Nos Estados Unidos, o presidente do Fed de Nova York, John Williams, afirmou que o trabalho do banco central de retornar a inflação à meta de 2% ainda não terminou, e uma postura restritiva na política monetária é necessária para restaurar equilíbrio, visto que as perspectivas continuam incertas. (Broadcast)

De acordo com Isabel Schnabel, dirigente do Banco Central Europeu (BCE), a Zona do Euro deve alcançar a meta de inflação de 2% em 2025 e sem provocar recessão profunda. Nesse sentido, sinalizou que o BCE atuará cautelosamente em próximas decisões monetárias, seguindo sua postura data dependent. Além disso, Schnabel fez questão de afirmar que ainda é muito cedo para discutir cortes de juros, visto que ainda faltam dados adicionais que confirmem o processo de desinflação. (Broadcast)

POLÍTICA NO BRASIL

Ricardo Lewandowski aceitou o convite do presidente Lula para comandar o Ministério da Justiça e da Segurança Pública. O anúncio será oficializado hoje (11). No entanto, a posse do novo ministro ainda deve demorar e pode ser realizada apenas em fevereiro. (Poder360)

O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), reconheceu a possibilidade de o governo enviar um projeto de lei para tratar da reoneração dos 17 setores intensivos em mão de obra. Outra possibilidade, segundo ele, é a edição de uma nova medida provisória. Wagner conclui, por fim, que a atual MP não será devolvida pelo presidente do Congresso. (O Globo)

O Ministério da Fazenda criou um grupo de trabalho para acompanhar a temporalidade de processos administrativos fiscais (PAF) de elevado valor (acima de R$1 bilhão). O grupo exercerá atividades até o dia 30 de junho, podendo ser prorrogado. (Valor)

O presidente Lula sancionou, sem vetos, o projeto de lei que cria debêntures de infraestrutura por concessionárias de serviços públicos. A proposta foi aprovada no Congresso no fim do ano passado e é vista pelo governo como uma forma para alavancar a captação de recursos privados para obras de longo prazo. (Folha)

BITCOIN

A Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos, a SEC, aprovou ontem (10), os onze pedidos de gestoras para o lançamento de ETFs de bitcoin. Até então, o país não contava com nenhum fundo negociado em bolsa de preço à vista da criptomoeda. No entanto, em comunicado, o presidente da SEC, Gary Gensler, afirmou que “embora tenhamos aprovado a listagem e negociação de ETFs de bitcoin à vista, não aprovamos nem endossamos o bitcoin. (Exame/Valor)

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