Mercado aguarda a divulgação da ata da última reunião de política monetária do Fomc
NESTA MANHÃ
- Hoje, os destaques mais relevantes se dão no exterior, com a divulgação da ata da última reunião de política monetária do Fomc e do Relatório JOLTs, que trará novas atualizações sobre a situação do mercado de trabalho americano.
- As bolsas na Ásia fecharam majoritariamente em baixa, com ações na Coreia do Sul e em Taiwan liderando as perdas após o Barclays rebaixar sua recomendação para Apple, pressionando os fornecedores da empresa na ásia. Nesse contexto, o Xangai Composto subiu 0,17% e o Hang Seng recuou 0,85%. No Japão, no entanto, não houve negociação devido a um feriado.
- As bolsas europeias assumiram viés de baixa, depois de mostrarem bastante volatilidade desde a abertura dos negócios, à espera de indicações sobre a futura trajetória dos juros nos EUA. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 recua 0,30%.
- Os futuros dos índices de ações de Wall Street sinalizam queda na abertura do pregão.
- O rendimento do T-Note de 10 anos está em 3,97%.
- Os contratos futuros do Brent caem 0,53%, a US$75,46 o barril.
- O ouro recua 0,13%, a US$2.056,31 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$46,3 mil.
AGENDA DO DIA
- 08:30 Brasil: Conta Corrente (Nov)
- 10:30 EUA: Discurso de Thomas Barkin, dirigente do Fed
- 12:00 EUA: PMI ISM de Manufatura (Dez)
- 12:00 EUA: JOLTs (Nov)
- 16:00 EUA: Ata do Fomc
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL
O Ibovespa iniciou o ano em baixa, em um pregão marcado pela realização de lucros, após ter renovado máximas históricas de fechamento em sete das últimas dez sessões de 2023. Desse modo, o índice fechou o dia recuando 1,11%, aos 132.696,63 pontos.
Apesar da escalada do dólar e do avanço firme do retorno dos Treasuries, os juros futuros mantiveram alta moderada, sem fôlego para renovar máximas. Operadores ressaltaram que a liquidez foi reduzida durante a sessão, com muitas tesourarias relevantes operando ainda em marcha lenta.
A aversão a risco no primeiro pregão do ano deu impulso ao dólar, que fechou o dia em alta de 1,30%, cotado em R$4,9160. A preocupação com a possibilidade de uma desaceleração global mais forte, até mesmo de recessão, levou a moeda americana à maior cotação desde 15 de dezembro.
EXTERIOR
As bolsas de Nova York fecharam na maioria em baixa, com destaque para a queda acima de 1% do Nasdaq, em dia de fortes recuos das empresas de tecnologia. As perspectivas para cortes de taxas pelo Fed foram ponderadas, o que impulsionou os juros dos Treasuries, pressionando o mercado acionário. Dessa forma, o Dow Jones subiu 0,07%, o S&P caiu 0,57% e o Nasdaq recuou 1,63%.
Os retornos dos Treasuries avançaram, em quadro de ajustes no mercado sobre os próximos passos do Fed. Na véspera da divulgação da ata da mais recente reunião do Fomc, uma perspectiva de trajetória um pouco menos dovish ao longo do ano influiu sobre o mercado.
O dólar se valorizou, em um movimento impulsionado por indicadores modestos da Europa e também pelo avanço dos retornos dos Treasuries. Assim, o índice DXY fechou em alta de 0,85%, aos 102,200 pontos.
INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL
O PMI industrial do Brasil caiu de 49,4 pontos em novembro, para 48,4 pontos em dezembro. Este foi o 4° mês consecutivo de queda. De acordo com o relatório, a maior parte da queda se deu por uma redução da demanda.
O Boletim Focus trouxe poucas atualizações dos principais indicadores. Houve uma redução das expectativas para a inflação de 2024, que foi de 3,91% para 3,90%, e um recuo do câmbio esperado para 2025, que saiu de R$5,05 para R$5,03.
INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA
O PMI industrial dos Estados Unidos recuou de 49,4 em novembro para 47,9 pontos em dezembro, abaixo da prévia que havia sinalizado redução para 48,2 pontos. Segundo o documento, grande parte do declínio se deu por uma redução dos pedidos e das vendas.
POLÍTICA NO BRASIL
O presidente Lula sancionou, com vetos, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024. Entre os trechos rejeitados, está o calendário definido pelo Congresso para a execução das emendas parlamentares. O cronograma busca aumentar o controle do Legislativo sobre o ritmo dos pagamentos dos recursos. Dessa forma, o Parlamento promete reagir com a eventual derrubada dos vetos. (Valor)
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) decidirá, a partir da próxima semana, o que fazer com a Medida Provisória 1202, que anula um projeto aprovado pelo Congresso que estendeu até 2027 a desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia. Ele convocará uma reunião de líderes da Casa para decidir se devolve ao Executivo a MP. (O Globo)
Os novos indicados pelo governo Lula, Paulo Picchetti e Rodrigo Teixeira assinaram ontem (02) os termos de posse como diretores do Banco Central. A mudança ocorre em meio ao desgaste provocado pela mobilização dos servidores do BC, que desde julho fazem operação-padrão e decidiram realizar uma paralisação de 24 horas no dia 11/01. (Folha)
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