Mercado aguarda divulgação do PIB brasileiro do 3° trimestre
NESTA MANHÃ
- O mercado aguarda a divulgação do PIB brasileiro do 3° trimestre (Órama: -0,2% | Exp: -0,2%), que trará atualizações para as projeções da atividade econômica de 2023 e 2024. Além desse indicador, no exterior o destaque vai para a divulgação do JOLTs, que trará novas informações sobre o mercado de trabalho americano. Por fim, mas não menos importante, o dia conta com a publicação das estatísticas de crédito do BCB, além de PMIs do Brasil e EUA.
- As bolsas na Ásia tiveram pregão negativo. O Xangai Composto registrou baixa de 1,67%, diante de temores sobre o crescimento chinês, mesmo após medidas recentes do governo para apoiar o quadro. No Japão, o Nikkei caiu 1,37%, enquanto em Hong Kong o Hang Seng recuou 1,91%.
- As bolsas europeias operam sem sinal único. Mais cedo, o Banco Central Europeu divulgou uma entrevista na qual a dirigente Isabel Schnabel avalia como positivos os números recentes de inflação, embora não tenha descartado mais aperto, a depender dos próximos dados. Desse modo, o índice Stoxx Europe 600 sobe 0,11%.
- Os futuros dos índices de ações de Wall Street sinalizam queda na abertura do pregão.
- O rendimento do T-Note de 10 anos está em 4,24%.
- Os contratos futuros do Brent sobem 0,95%, a US$78,81 o barril.
- O ouro avança 0,01%, a US$2.029,49 a onça.
- O Bitcoin negocia a US$42,1 mil.
AGENDA DO DIA
- 08:30 Brasil: Dados de Crédito do Banco Central (Out)
- 09:00 Brasil: PIB do 3° Trimestre | Órama: -0,2% Tri/Tri | Expectativa: -0,2% Tri/Tri
- 10:00 Brasil: PMI de Serviços (Nov)
- 11:45 EUA: S&P PMI de Serviços (Nov)
- 12:00 EUA: ISM PMI de Não-Manufatura (Nov)
- 12:00 EUA: JOLTs (Out)
RESUMO DO FECHAMENTO ANTERIOR
BRASIL
O Ibovespa fechou em queda de 1,08%, aos 126.802,79 pontos. O índice lutou até o meio da tarde, mas não conseguiu preservar a linha dos 127 mil pontos, em dia de realização de lucros que se acumularam ao longo de novembro. Parte da queda pode ser explicada pelo recuo de Vale (VALE3: -2,25%) e Petrobras (PETR3: -1,96% e PETR4: -2,13%), diante do desempenho negativo do petróleo e do minério de ferro.
Os juros futuros confirmaram no fechamento da sessão o sinal de alta que prevaleceu durante toda sessão, influenciados pelo avanço dos rendimentos dos Treasuries e pela piora do câmbio. O ajuste global nas curvas refletiu a percepção de que as apostas sobre o ciclo de corte de juros nos EUA estavam muito otimistas.
O dólar à vista atingiu o maior nível de fechamento em mais de um mês, subindo 1,39%, cotado a R$4,9490. O dia foi marcado pelo fortalecimento da moeda americana e pelo avanço firme das taxas dos Treasuries. Segundo operadores, a agenda pesada da semana, com destaque para o Payroll na sexta (8), traz cautela aos mercados.
EXTERIOR
As bolsas de Nova York fecharam em queda, em possível realização de lucros após as altas recentes, pressionadas pelo avanço dos retornos dos Treasuries e pela revisão das perspectivas sobre o primeiro corte de juros do Fed. Assim, o Dow Jones fechou em queda de 0,11%, o S&P caiu 0,54% e o Nasdaq recuou 0,84%.
Os juros dos Treasuries corrigiram parte da retração observada na semana passada e avançaram. Economistas questionam a expectativa vigente no mercado por um agressivo relaxamento monetário do Fed ao longo do ano que vem.
O dólar subiu no exterior, enquanto economistas questionam a aposta majoritária no mercado em cortes de juros agressivos pelo Fed no ano que vem. O movimento corrige o sell-off da moeda observado na semana passada, quando falas dovish de dirigentes do Fed favoreceram expectativas mais amenas para a política monetária dos EUA. Nesse cenário, o índice DXY fechou em alta de 0,42%, aos 103,712 pontos.
INDICADORES ECONÔMICOS NO BRASIL
De acordo com o Boletim Focus, houveram mudanças nas projeções dos principais indicadores em todos os horizontes.
- Em 2023, a expectativa para o IPCA passou de 4,53% para 4,54%, enquanto em 2024 passou de 3,91% para 3,92%.
- Já em relação ao PIB, a expectativa para o crescimento recuou de 1,93% para 1,90% em 2025.
- No que diz respeito ao câmbio, este recuou de R$5,00 para R$4,99 em 2023, de R$5,05 para R$5,03 em 2024 e de R$5,18 para R$5,16 em 2026.
- Por fim, a projeção para a Taxa Selic recuou de 8,75% para 8,50% em 2025.
O Banco Central divulgou o resultado do balanço de pagamentos de outubro, que registrou um déficit de U$230 milhões nas transações correntes. O resultado é o menor para o mês desde 2006, um déficit muito menor do que o valor registrado no mesmo mês do ano passado: U$5,8 bilhões. No acumulado de 12 meses, o déficit é de U$34 bilhões, equivalente a 1,62% do PIB.
INDICADORES ECONÔMICOS NOS EUA
As encomendas à indústria dos Estados Unidos caíram 3,6%, ante setembro. O resultado veio abaixo do esperado pelo mercado, uma queda de 2,6%.
CHINA
A agência de rating Moody’s reafirmou a nota da China em A1 mas alterou a perspectiva de estável para negativa. A razão para a mudança, segundo a agência, se dá pelo nível de endividamento dos governos locais e das estatais, que dependerão de apoio do governo central diante da potencial piora do cenário fiscal. Essa foi a primeira mudança do rating chinês da Moody’s desde 2017. (Reuters)
POLÍTICA NO BRASIL
O deputado Luiz Fernando Faria (PSD-MG), relator da Medida Provisória (MP) que altera as regras de subvenção do ICMS, afirmou que irá propor em seu relatório aumentar para 80% o desconto máximo a ser dado às empresas em negociações de dívidas tributárias envolvendo o estoque não recolhido por elas nos últimos anos. Com o objetivo de destravar o andamento da matéria no Congresso, a Fazenda havia proposto um desconto de até 65% no estoque. (Folha)
O Mover, Programa Mobilidade Verde, a segunda etapa do Rota 2030, será anunciado na próxima semana e envolverá R$3 bilhões em incentivos fiscais para a indústria automotiva. O Mover entrará em vigor em 2024. Serão reduzidos impostos para as empresas que se comprometerem investir em pesquisa e desenvolvimento, além do programa fixar metas de redução de emissões para as companhias. (Valor)
Prestes a embarcar para Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) assinou um ato da Mesa Diretora da Casa no qual libera os parlamentares a registrarem presença de forma virtual nesta semana tanto no plenário quanto nas comissões. (Valor)
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